Pedro Miguel de Matos Serra Ramos Licenciatura em Silvicultura no Instituto Superior de Agronomia, na especialidade de Produção Florestal e Pós-Graduação – Curso Aberto de Gestão e Avaliação de Projectos para Executivos ministrado pela Universidade Católica Portuguesa – Programa Dislogo.
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Henrique da Silva |
Fala-se hoje muito de biodiversidade e ainda bem que assim é. Os biólogos têm sabido dar o devido relevo a este importantíssimo tema. O mesmo não tem acontecido com a geodiversidade, palavra ainda ausente no discurso oficial, apesar de, não é demais lembrar, a geodiversidade constituir o suporte de toda a biodiversidade.
Numa primeira aproximação, geodiversidade pode ser entendida como o conjunto de todas as ocorrências de natureza geológica, com destaque para rochas, minerais e fósseis (testemunhos de uma biodiversidade passada), dobras e falhas, grutas naturais e galerias de minas, relevos e depressões terrestres e submarinas, vulcões, etc.
Em condições favoráveis, os agentes físicos, químicos e biológicos, existentes à superfície do planeta, alteram a capa externa das rochas, condição necessária ao nascimento do solo, definido como um corpo natural, complexo e dinâmico, constituído por elementos minerais e orgânicos, caracterizado por uma vida vegetal e animal própria, sujeito à circulação do ar e da água e que funciona como receptor e redistribuidor de energia solar.
Entidade presente na imensa maioria das terras emersas, na interface da litosfera com a atmosfera e a biosfera, o solo estabelece, assim, a fronteira entre a geodiversidade e a biodiversidade. Sem solos não haveria prados, charnecas, tundras ou florestas, nem hortas, searas, montados ou olivais, nem toda a biodiversidade animal que nos rodeia.
Parte da atmosfera que nos assegura a vida é o resultado de uma interacção constante e contínua entre todas as plantas que nos rodeiam. É por isso que dizemos que os parques arborizados, no interior das cidades, são os seus pulmões. E é por isso que lutamos pela defesa das estepes e pradarias, das turfeiras boreais e de todas as florestas, de todas as latitudes e altitudes, das quentes e húmidas, como a amazónica, à taiga canadiana e siberiana, pois são elas que fabricam a parte mais importante do ar que respiramos.
Odete Manuela Sequeira de Melo, licenciada em Geografia – Ramo Educacional, em 1997, e Mestre em Geografia – Dinâmicas Espaciais e Ordenamento do Território, em 2000, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. |
Kim Martinez is the Senior Director for K-12 Education at the National Wildlife Federation located in Reston, Virginia. She is the National Operator for Eco-Schools USA and oversees the development and delivery of Eco-Schools and Schoolyard Habitat programs in more than 10,000 schools nationally. Kim is an advisor for the North American Association for Environmental Education, serving as a 360ee advisor and co-author of the Excellence in Environmental Education: Guidelines for Learning (K-12). She also sits on the advisory committee for the U.S. Green Building Council’s National Green Schools Conference. |
Sílvia de Oliveira Curso técnico de recursos Naturais. Direção Departamento Escolar na empresa parceira nas compras Publicas- Max One: Projeto de incentivo ao consumo sustentável, nas compras públicas, por parte de Escolas, Municípios e Freguesias. A Max One pretende ser o parceiro privilegiado de Eco-Escolas, Municípios e Freguesias, aparecendo como parceiro de marcas com consciência sustentável, bem como solução de transição de produtos de utilização única para reutilizáveis ecológicos. O projeto envolve uma proximidade, de forma a desenhar as melhores soluções para cada parceiro. |
Por Paulo Cardoso
Uma Eco-Escola deve apostar na inovação e sensibilização, dentro de sala de aula e fora de sala de aula envolvendo toda a comunidade escolar e local. Este Programa deve envolver toda a comunidade nas suas atividades, fomentar parcerias para facilitar a comunicação e execução de ações e conseguir sensibilizar da melhor forma. Uma Eco-Escola que se inscreve pelo primeiro ano deve transmitir à comunidade do que se trata o Programa, compreender os problemas em que deve intervir e elaborar um forte Plano de Ação promovendo a participação de todos. Tudo isto através de cartazes, ações de sensibilização como palestras e debates, intervenções em sala de aula e trabalho no terreno.
Paulo Alexandre Dias Cardoso |
Por Rafael Pepê
Este projeto fala-nos sobre as migrações dos grous- comuns (Grous-Grous), outros animais e aves migratórias e de como se orientam na sua viagem até Campo Maior. As migrações são fundamentais para a sobrevivência de muitas espécies que seguem o seu instinto natural. Devido a capacidades únicas e singulares de navegação as aves migratórias em particular conseguem efectuar deslocações incríveis na procura de melhores condições de vida. Hoje, em pleno sec. XXI, o Homem continua a migrar, ele próprio na procura de melhores condições de vida. As aves como o Grou-comum, fazem movimentos pendulares magníficos, superando a cordilheira Alpina em grupos bem coordenados em com esforço de equipa! É um espectáculo único.
Os grous são aves migratórias que vêm dos países do norte da Europa (Escandinávia, Norte da Alemanha e Finlândia) para Campo Maior passando por vários locais como Galhocanta (Espanha) onde descansam e se separam em grupos mais pequenos. Os grupos mais audazes deslocam-se para oeste, sendo um dos pontos mais a oeste da sua rota, Campo Maior. Procuram o inverno moderado e as nossas bolotas ricas em amido para se alimentarem.
Sou o Rafael Araújo Pepê, tenho 12 anos e sou aluno do 7º ano na Escola Secundária de Campo Maior e do Centro Educativo Alice Nabeiro desde os 3 anos. Fui selecionado em 2016, pela RTP para representar Portugal no programa da Eurovisão “Eu consigo fazer…”, através do desafio empreendedor “Ter ideias para mudar o mundo” e o programa Eco-Escolas desenvolvidos no CEAN. O projeto “Instinto natural”, é uma oportunidade para ajudar a nossa terra a trazer turistas à Aldeia de Ouguela podendo a observação de aves atrair pessoas que gostariam de ver esta espécie dos seus países após a migração de inverno. Realizei ao longo de dois anos caminhadas, percursos interpretativos, observação do Grou na sua invernada, animação para grupos de idosos e ainda apresentações nas nossas escolas desde o pré-escolar ao secundário, para sensibilizar outras pessoas para a importância desta espécie, das migrações e ainda para o seu potencial enquanto evidência das alterações climáticas. No decorrer deste projeto angariei fundos para me auto- financiar e apresentei o projeto a diversos colaboradores de forma a envolver as entidades e apoios fundamentais. Depois dum longo percurso de investigação e empreendedorismo ambiental consegui viajar à Suécia e observar, estudar e divulgar o Grou comum como agente de ligação entre povos e culturas. Sou ainda praticante federado de Judo e fui vencedor do Congresso Nacional Cientistas em Ação em 2017. Desenvolvi ao longo dos últimos anos diversos projetos na área das ciências experimentais e biologia com destaque para a investigação sobre espécies invasoras em Campo Maior, o projeto sobre as forças de newton com recurso a carrinhos de rolamentos e ainda uma investigação sobre pontes de esparguete e as forças de tração e compressão. Gosto de desportos de aventura e caminhar na natureza e na montanha, atividade que realizo desde bebé quando percorria caminhos às costas da minha família. |
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