António Marcos Galopim de Carvalho; nasceu em Évora, em 1931. É licenciado em Ciências Geológicas pela Universidade de Lisboa (1959), doutorado em Sedimentologia (3ème cycle), em Paris (Sorbonne, 1964) e em Geologia pela Universidade de Lisboa (1969) e agregação em 1975. Jubilou-se como professor catedrático, em 2001.
Durante as quatro décadas de docência na Faculdade de Ciências de Lisboa, entre 1961 e 2001, assegurou o ensino prático de Cristalografia, Mineralogia, Geologia, Geomorfologia, Paleontologia, Petrografia, Sedimentar, Sedimentologia, Geologia de Portugal, Jazigos Minerais não Metálicos e as regências teóricas de Mineralogia e Geologia Gerais, Geologia, Geomorfologia, Geologia de Portugal, Petrografia Sedimentar, Sedimentologia, Jazigos Minerais não Metálicos,
Entre 1965 e 1981 leccionou no Instituto de Geografia da Faculdade de Letras de Lisboa, onde criou e dirigiu um laboratório de Sedimentologia.
Como professor convidado, leccionou Sedimentologia na Universidade dos Açores, de 1990 a 1993, Geologia de Portugal na Universidade do Algarve, de 1996 a 1998, e Mineralogia e Geologia na Cooperativa Arco, na década de 1990.
Dirigiu dois (2) projectos de investigação na área da Paleontologia e Paleobiologia dos Dinossáurios e oito (8) na área da Geologia Marinha (em colaboração com António Ribeiro e Alveirinho Dias) com vários mestrados e cerca de uma quinzena de doutoramentos.
Foi director do Museu Mineralógico e Geológico da Universidade de Lisboa (1983-1993) e do Museu Nacional de História Natural (MNHN) da mesma universidade (1993-2003).
Foi colaborador, a título gracioso, dos Serviços Geológicos de Portugal, na feitura de Cartas Geológicas de Portugal, na escala 1:50 000 (Castelo Branco, Castro Verde, Évora, Monte Trigo, Moura, Ponte de Sor, Santiago do Cacém, Sines, e Tomar) e do Serviço de Fomento Mineiro, na prospecção e estudo de areias siliciosas e de argilas especiais (bentonite e palygorskite).
Assinou cerca de duzentos e cinquenta títulos entre artigos científicos, de divulgação e de opinião.
Foi o responsável científico das exposições:
- Dinossáurios Regressam em Lisboa, em 1992, no MNHN;
- A Forma dos Minerais, em 1992, no MNHN;
- 65 Milhões de anos depois – um regresso, em 1994, no Porto, promovida pela Faculdade de Ciências do Porto;
- Insectões – réplicas ampliadas robotizadas, em 1994-95, no MNHN;
- Cristais da Mina da Panasqueira, em 1996-99, no MNHN;
- Tudo sobre Dinossáurios, desde 1998, no MNHN;
- Meteoritos caídos em Portugal, em 1999, no Fórum Municipal de Ourique;
- Minerais do Planeta, em 1999, em Ponta Delgada e Angra do Heroísmo;
- Minerais: Identificar e Classificar, desde 2001, no MNHN;
- Carnívoros – Dinossáurios de novo em Lisboa, em 2003, no MNHN;
- Gobisaurus – Dinossáurios da Mongólia, em 2004, na Torre Vasco da Gama, Parque das Nações, em Lisboa;
- Dinossauromania, no Museu do Brinquedo, Sintra, em 2004/2005, em colaboração com a Dr.ª Gabriela Cavaco;
- Plumas e Dinossáurios, em 2005, no MNHN;
- O calcário, na Ciência, na Tecnologia e na Arte, em 2005, no Museu da Pedra, em Cantanhede.
- Dinossáurios regressam a Cantanhede, em 2007, no Museu da Pedra, em Cantanhede.
- T.Rex. quando as galinhas tinham dentes, No Pavilhão do Conhecimento, Ciência Viva, em 2012.
Foi responsável científico pela produção de três filmes em vídeo, da Universidade Aberta, sobre temas de Geologia, Sedimentologia e Estratigrafia; de dois relativos às exposições “Dinossáurios em Lisboa”, “Dinossáurios da China”; e de um referente ao “Monumento Natural com Pegadas de Dinossáurio da Serra d’Aire” (PNSAC) e, ainda, pelo CD Rom “Carnívoros (do MNHN).Tem colaborado com várias editoras (Assírio e Alvim, Caminho, Editorial Notícias, Editores Reunidos, Inquérito, Grupo Fórum, Planeta de Agostini, Texto Editora) em obras no domínio das suas competências, assim como em séries de divulgação científica exibidas nas televisões nacionais.Como membro da comunidade científica nacional e a convite de Sua Excelência o Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, fez parte da comitiva presidencial na Visita de Estado ao Brasil, em Setembro de 1997.Nas últimas décadas tem desenvolvido actividade no sentido da salvaguarda e valorização do Património Geológico e Paleontológico Nacional, de cujas acções acabaram por ser salvas as grandes jazidas de Icnofósseis de Dinossáurios de Pego Longo (Carenque), da Serra d’Aire e do cabo Espichel (Pedra da Mua e Lagosteiros) e, entre outros, vários geomonumentos em Lisboa, Setúbal (Pedra Furada), Évora (S. Bento) e Viseu (Monte de Santa Luzia – Museu do Quartzo) este galardoado com o Prémio Nacional do Ambiente, em 1997.Foi membro da Comissão Nacional da UNESCO, na década de 90: na Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI); no International Geological Correlation Program (IGCP); e na Secção especializada “Ciência”.Proferiu conferências, participou em colóquios e orientou debates, num número que ronda as duas centenas e meia, por todo o país (nas universidades, em escolas, bibliotecas municipais, associações várias) e no estrangeiro, em Luanda, Paris, Bruxelas, Hannover, Toronto e Drumheller (Canadá), Macau e Rio de Janeiro, numa actividade em que continua activo.Participou em exposições de pintura (óleo e aguarela), desenho e escultura em Évora, Vendas Novas, Lisboa (Casa do Alentejo) e Cantanhede (Museu da Pedra).Em 1985, a Escola EBI de Colares, deu o nome de Galopim de Carvalho à Sala de Ciências Naturais.
Por Despacho do Secretário de Estado da Administração Escolar, de 21-05-99, a Escola de Pego Longo (Carenque, Sintra) passou a chamar-se Escola Básica 2+3 Professor Galopim de Carvalho. O Artº 16 da Lei 30/2002 designa-o como patrono do Agrupamento de Jardins de Infância e Escolas Professor Galopim de Carvalho, de Queluz.
Criou em Viseu e continua a acompanhar o Museu do Quartzo, inaugurado em 2012, que por deliberação da Câmara Municipal de Viseu, tomou o nome de “Centro de Interpretação Galopim de Carvalho”
Em 2013 foi designado patrono da Escola Básica Galopim de Carvalho, em Évora.
Em 2014, a Escola Básica André Soares, de Braga, deu o nome de Galopim de Carvalho à Sala de Ciências Naturais.Como livros dirigidos aos ensinos secundário e superior e à divulgação científica publicou:
- 1965 – Sedimentologia aplicada à Geomorfologia, edição policopiada do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa.
- 1971 – Briozoários do Terciário Português, edição do Centro de Estudos de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
- 1977-78 – Geologia, Vols. I, II e III, edição do Ministério da Educação (Ano Propedêutico).
- 1980 – Geologia, Volume I – A Terra, em colaboração com G. Pereira, J. Brandão, O. Vau e P. Baptista, Livraria Popular Francisco Franco, Lisboa.
- 1981 – Geologia, Vol. II – Geodinâmica, em colaboração com G. Pereira, J. Brandão, O. Vau e P. Baptista, Livraria Popular Francisco Franco, Lisboa.
- 1989 – Dinossáurios, edição da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, Colecção Natura.
- 1991 – A Vida e Morte dos Dinossáurios, em colaboração com Nuno Galopim de Carvalho, Gradiva.
- 1991 – Geologia do Arquipélago da Madeira, em colaboração com J. Brandão, edição do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa.
- 1994 – Dinossáurios e a Batalha de Carenque, Editorial Notícias.
- 1995 – Mineralogia e Cristalografia, edição da Universidade Aberta.
- 1996 – Morfogénese e Sedimentogénese, edição da Universidade Aberta.
- 1997 – Petrogénese e Orogénese, edição da Universidade Aberta.
- 2000 – Guadiana Antes de Alqueva, edição da Direcção Geral do Ambiente, Évora.
- 2000 – Introdução ao Estudo dos Minerais, com uma 2ª edição em 2002, Âncora Editora.
- 2002 – Introdução ao Estudo do Magmatismo e das Rochas Magmáticas, Âncora Editora.
- 2002 – Dinossáurios – Uma Nova Visão, em colaboração com J. P. Barata e Vanda Santos, Âncora Editora.
- 2003 – Geologia Sedimentar, Volume I, Sedimentogénese, Âncora Editora.
- 2004 – Geologia Sedimentar, Volume II, Sedimentologia, Âncora Editora.
- 2006 – Geologia Sedimentar, Volume III, Rochas Sedimentares, Âncora Editora.
- 2007 – Como Bola Colorida, Âncora Editora.
- 2008 – Contos da Dona Terra, em colaboração com M. H. Henriques e M. J. Moreno. Comissão Nacional da UNESCO e C.M. de Cascais. Soc. Industrial Gráfica.
- 2011 – Dicionário de Geologia, Âncora Editora
- 2012 – Era uma vez…com Ciência, Âncora Editora.
- 2013 – Conversas com os Reis de Portugal, Âncora Editora
- 2014 – Evolução do Pensamento Geológico, nos contextos filosófico, religioso, social e político da Europa. Âncora Editora.
- 2015 – As Pedras e as Palavras, Âncora Editora
- 2017 – O Avô e os Netos falam de Geologia, Âncora Editora.
Em preparação – Geotoponímia.No domínio da literatura de ficção publicou:
- 1993 – “O Cheiro da Madeira”, Editorial Notícias, mais duas edições em 1995 e 2002, Âncora Editora.
- 1995 – “O Preço da Borrega”, Editorial Notícias.
- 1997 – “Os Homens Não Tapam as Orelhas”, Editorial Notícias.
- 2002 – “Com Poejos e Outras Ervas”, Âncora Editora, reeditado pelo Círculo de Leitores, em 2004.
- 2008 – “Fora de Portas, Memórias e Reflexões”, Âncora Edito
- 2015 – “O Macaco, os Amigos e as Bananas” (infantil), Âncora Editora
- 2017 – “Évora, anos 30 e 40” (em preparação)
- 2017 – “Sabores do Alentejo e Conversas à Mistura”, (em preparação)
Organizações a que pertenceu ou pertence:
- Vice-presidente da Federação Portuguesa das Associações e Sociedades Científicas
- Presidente da Liga dos Amigos do MNHN.
- Sócio Fundador da Associação Portuguesa de Geólogos, em 1991.
- Vice-presidente da Sociedade Geológica de Portugal.
- Presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais.
- Sócio Efectivo da Sociedade Portuguesa de Escritores.
- Membro do “Grupo de Trabalho para o Património Paleontológico” do Ministério da Ciência e Tecnologia.
- Consultor científico na área da Geologia da National Geographic, edição portuguesa.
- Membro do Conselho Geral da Fundação Alentejo Terra Mãe.
- Membro da Confraria Gastronómica do Alentejo.
- Membro da Comissão para o Ano Internacional do Planeta Terra, da UNESCO.
- Sócio honorário da Associação para o Estudo e Promoção das artes Culinárias “As Idades dos Sabores.”
- Membro da Associação de Escritores do Alentejo ASSESTA
Foi distinguido com:
- 1994 – Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada (Artes, Letras e Ciências).
- 1994 – Prémio Bordalo da Ciência.
- 1995 – Prémio Conservação da Natureza (Quercus).
- 1995 – Diploma de Mérito (Profissional do Ano – Ciência) do Rotary Club de Lisboa.
- 1996 – Medalha de Prata da Vila de Sintra.
- 1997 – Prémio Nacional do Ambiente (Autarquias).
- 2000 – Medalha de Ouro da Cidade de Évora.
- 2003 – Prémio Prestígio “Mais Alentejo” (Ciência).
- 2006 – Prémio APOM (Melhor Personalidade na Área da Museologia).
- 2008 – Medalha de Ouro do Município de Ourém.
- 2016 – Medalha Municipal de Mérito Científico, da Câmara Municipal de Lisboa
- 2017 – Prémio “Idoso activo” da Sociedade Portuguesa de Psicogerontologia.
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