Biodiversidade: Preservar e Regenerar | Trabalhos

Escola Básica e Secundária de S. João da Madeira (São João da Madeira)

Escalão: Escalão 2 - Escolas do 2º e 3º Ciclo

Ação realizada:
Espaço Escolar Livre de Invasoras

Breve descrição da ação:
As espécies invasoras são atualmente consideradas uma das grandes ameaças ao bem-estar ambiental e económico do planeta, pois afetam a biodiversidade dos ecossistemas e podem levar à extinção de espécies autóctones. Estas são oriundas de outras regiões geográficas que conseguem reproduzir.se pelos seus próprios meios e aumentar muita a sua distribuição no território, chegando mesmo a inibir o desenvolvimento das nossas espécies. Muitas espécies invasoras tornam-se pragas ou infestantes, provocam prejuízos na agricultura, na pecuária e ma silvicultura e dificultam a gestão das áreas protegidas.
Na Escola Básica e Secundária de São João da madeira, encontramos no nosso “Jardim Botânico” duas espécies invasoras, os Jarros (Zantedeschia aethiopica) e os Penachos ou Plumas (Cortaderia selloana). A população de Jarros encontra-se junto às zonas limítrofes, muradas, ocupando uma área aproximada de 5 a 10 m2 e os dois Penachos em locais distintos no recinto escolar, um em frente ao bloco C e outro em frente ao bloco B.
Assim, ao longo deste ano letivo e, tendo em conta os conteúdos programáticos de Ciências Naturais para alunos do 8º ano, em parceria com a Câmara de São João da Madeira e a Universidade Católica do Porto, desenvolveram-se um conjunto de ações de monitorização e vigilância de forma a evitar a propagação descontrolada destas espécies vegetais e futuros problemas de invasão.

Intervenientes:
- Coordenadora da Eco-Escolas e docente de Ciências Naturais, Ana Sá
- Docentes de TIC, Adosinda Lima e Mónica Andrade e Diretoras de Turma do 8ºD, Olinda Ferreira e do 8ºE, Carla Teixeira.
- Turmas do 8ºD e 8ºE;
- Engenheira Vera Neves (Câmara Municipal de SJM);
- Técnica Paisagística, Drª Marta Seabra (Câmara Municipal de SJM)
- Drª Conceição Almeida e Mafalda Mourão (Universidade Católica do Porto)

Data de realização:
- Palestra/Sessão de Esclarecimento: 26 de novembro 2021 - Saída de Campo e identificação/localização das espécies invasoras na EB2,3 – 26 de novembro 2021 - Planificação da atividade de eliminação/controlo das invasoras – 16 de março 2022 - Extração/Elim

Local de realização:
Escola Básica e Secundária de São João da Madeira

Importância da implementação da ação para a biodiversidade local:
A Escola Básica e Secundária de São João da Madeira encontra-se no interior de um verdadeiro e autêntico Jardim Botânico. Apresenta uma biodiversidade vegetal arbórea, arbustiva, herbácea entre outras. Nos espaços circundantes encontram-se árvores de grande porte, ciprestes, cedros, castanheiros, plátanos, azevinhos, pinheiros, loureiros, árvore de Júpiter, ginjeiras, árvores fruto, tílias, freixos, liquidâmbar, carvalhos, entre outras. Espécies arbustivas, tais como, sarça ardente, lírios, azáleas, bucho, hortênsias, entre outras.
Nos jardins interiores dos blocos, encontramos jardins bem cuidados com uma variedade de espécies, como, avenca, fetos, roseiras, girassóis, árvores de fruto, várias espécies de suculentas e catos, gramíneas, roseiras, asteráceas, entre muitas outras.
Foi na sequência da apreciação e contemplação dessa biodiversidade vegetal que sentiu-se a necessidade de verificar se na nossa escola encontraríamos alguma espécie invasora. As invasoras são espécies trazidas pelo Homem de outras regiões da Terra. São espécies que não apresentando aqui nenhuma que a controle, e sendo resistente e de fácil disseminação, propaga-se rapidamente e invade o espaço das espécies autóctones o que desequilibra o nosso ecossistema. A sua presença é prejudicial e põe em causa a nossa flora autóctone.

Descrição das várias etapas de desenvolvimento da ação/ metodologia utilizada:
Para aprender a identificar estas plantas, e reconhece-las como problemáticas, no dia 26 de novembro para as duas turmas do 8º ano, assistiram a uma realizou-se a sessão de sensibilização e esclarecimento, por elementos da Universidade Católica do Porto e técnicos da Câmara Municipal, sobre as espécies vegetais invasoras em Portugal. No mesmo dia realizaram uma saída de campo pelos espaços verdes da escola para identificação e localização das referidas espécies com recurso a um mapa da escola. Utilizou-se um guião de identificação (Guião Prático para a Identificação de Espécies Invasoras em Portugal, Hélia Marchante e outros e no mapa da escola e fez-se a sinalização das referidas espécies.
No dia 16 de março, a docente de Ciências Naturais, Ana Sá reuniu-se via Teams com os elementos da Universidade Católica e da Câmara, para planificar e estabelecer linhas de ação, levantamento das necessidades, recursos e material necessário para proceder à eliminação/controlo das invasoras.
No dia 1 de abril as turmas do 8ºD e 8ºE na aula de Ciências Naturais realizaram a extração/eliminação/controle dos Jarros e Penacho mais pequeno. No Penacho maior cortaram-se as florescências e aguarda-se pela colaboração de técnicos da Câmara para a extração da planta completa.
No mês de maio em articulação com a disciplina de TIC os alunos realização vários vídeos com recurso ao Canva.

Registo fotográfico das principais etapas do projeto:

Descrição dos principais resultados obtidos e impactes da ação:
- Alunos sensibilizados e alertados para o impacte causado pelas espécies invasoras:
- Envolvimento de vários intervenientes, nomeadamente, Universidade Católica do Porto, Câmara, Eco-Escolas e professores;
- Eliminação dos Jarros e Penacho, realizada pelos próprios alunos, em contexto escolar.
- Diversificação de metodologias promotoras do desenvolvimento de competências e aprendizagens essenciais em Ciências Naturais e TIC

Fontes de pesquisa consultadas para planeamento, desenvolvimento e implementação do projeto:
- Guia Prático para a Identificação de Plantas Invasoras em Portugal, Hélia Marchante entre outras;
- Manual escolar do 8º ano de Ciências Naturais, Descobrir a Terra, da Areal Editores,
- Ferramentas digitais: Flora on, iNaturalist

Articulação do trabalho com os conteúdos curriculares:
Na Disciplina de Ciências Naturais faz parte da planificação as seguintes aprendizagens essenciais:
• Discutir causas e consequências da alteração dos ecossistemas, justificando a importância do equilíbrio dinâmico dos ecossistemas e do modo como a sua gestão pode contribuir para alcançar as metas de um desenvolvimento sustentável.
• Discutir opções para a conservação dos ecossistemas e o seu contributo para as necessidades humanas, bem como a importância da ciência e da tecnologia na sua conservação.
• Distinguir catástrofes de origem natural de catástrofe de origem antrópica, identificando as causas das principais catástrofes de origem antrópica e valorizando saberes de outras disciplinas.
• Explicar o modo como a poluição, a desflorestação, os incêndios e as invasões biológicas podem afetar os ecossistemas. Interpretar a influência de alguns agentes poluentes nos ecossistemas, partindo de problemáticas locais ou regionais e analisando criticamente os resultados obtidos.
Na Disciplina de TIC e no Domínio, Criar e inovar, desenvolveram-se as seguintes competências:
• Explorar ideias, desenvolver e produzir artefactos digitais (Vídeo) criativos, recorrendo a estratégias e ferramentas digitais de apoio à criatividade (Canva).
• Produzir artefactos digitais criativos, de forma autónoma e responsável, e de acordo com os projetos desenhados.
• Fomentar o desenvolvimento de projetos, em articulação com outras áreas disciplinares e ou domínios das TIC, projetos da escola, instituições nacionais.

Breve mensagem de sensibilização (tipo slogan) do projeto:
A nossa Escola encontra-se inserida num autêntico Jardim Botânico. Cheio de espécies arbóreas centenárias, arbustos variados, espécies exóticas, ervas aromáticas, árvores de fruto, suculentas e muitas outras que embelezam os nossos jardins, nas quatro estações do ano. É nosso dever cuidar, preservar e regenerar. As populações de invasoras aqui identificadas ainda são poucas e, por isso, ainda vamos a tempo para fazer o seu controlo, eliminando-as o quanto antes. Queremos o nosso Jardim Botânico livre de invasoras.

Link do vídeo:

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