Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (Setúbal)
Fotografias do trabalho realizado:
Grelha de monitorização dos resíduos com os resultados:
Memória descritiva:
“O nosso contributo é muito pouco…” – desabafarão alguns, honestamente, respaldados na ciência dos números, na frieza dos resultados; outros, carentes de aconchego para uma irresponsabilidade proverbial, o mesmo proclamarão, agora e sempre, para afagar a consciência pesada, para apressar o sono retemperador, que tarda em chegar, para esconder e adiar a hecatombe pressagiada.
“Mas quem o desvaloriza é louco!” – retorquirão outros, retorquimos nós, imbuídos de um espírito transformador, pedagógico, embarcados nas caravelas de Gama ou Cabral, corajosos na afrontação do Adamastor, ousados nas asas lusíadas do Camões, discípulos de Ptolomeu e do heliocentrismo de Copérnico, em suma, professores.
E recolhemos papel; e recolhemos plástico. E construímos o contraste entre o “nada fazer” e o “fazer tudo” a que cada um cabe, independentemente de quem este seja. Puxemos o filme atrás:
- Sebastião sujava tudo, tudo; Sebastião consumia tudo sem esmorecer; Sebastião ficou sujo e barrigudo; e depois rendeu-se ao “tem de ser”! – talvez a quadra não reze, exactamente, assim, mas a história da nossa civilização pode acabar deste jeito, com todos a folgar e a cantarolar, a fingir e a consumir, a mistificar e a postergar.
Talvez não possamos mudar o mundo; talvez o mundo não possamos mudar. Mas, se o mundo girar, e, assim convictos, convictos nos mudarmos, quem sabe se ao voltar o sol, após a noite medonha e longa nos atormentar, não podemos trocar-lhe as voltas, “ainda o dia é uma criança”.
Assim pensamos, em seu jeito agimos. E por cá nos encontramos!