Biodiversidade: Preservar e Regenerar | Trabalhos 2022/23

Escola Básica e Secundária Dr. Serafim Leite (São João da Madeira)

Escalão: Escalão 2 - Escolas do 2º e 3º Ciclo

Ação realizada:
Escola livre de invasoras

Breve descrição da ação:
Esta iniciativa vem na sequência da participação, de alunos e professores da escola, pelo segundo ano consecutivo, no projeto RELI. O projeto RELI – Recreio Escolar Livre de Invasoras é desenvolvido no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, em colaboração com o Projeto Educativo da Câmara Municipal de S. João da Madeira (PEM) e o CRE.Porto.
Pretendeu-se capacitar os alunos sobre a extensa lista de espécies invasoras existente em Portugal e erradicar o jardim da escola destas espécies, preservando assim a biodiversidade autóctone existente.

Intervenientes:
Alunos de 8.º ano (turmas A, B e C) e seus professores de Ciências Naturais; membros da equipa técnica do CRE.Porto, acompanhados por uma representante do Município de S. João da Madeira

Data de realização:
23 a 27 de janeiro - formação e mapeamento; Semana da Terra (17 a 21 abril) – controle de erva das pampas, jarros, azedas e alho bravo; monitorização das austrálias; 13 junho – controle de erva das pampas e austrálias.

Local de realização:
Escola (sala de aula e jardim)

Importância da implementação da ação para a biodiversidade local:
Dar-se continuidade ao trabalho desenvolvido no ano letivo anterior no sentido de identificar, controlar e monitorizar as espécies de plantas invasoras existentes no jardim da escola por forma a que este fique progressivamente mais livre das mesmas e mais rico em espécies autóctones, promotoras, estas últimas, da biodiversidade local. Sabemos que as espécies invasoras competem pelos mesmos recursos que a biodiversidade nativa e, devido à sua grande autonomia no que diz respeito à reprodução e dispersão, são capazes de dominar completamente o jardim, acarretando alguns problemas. A sua completa erradicação é bastante difícil, contudo, a monitorização e controlo continuados, no tempo, permitirão minimizar a sua presença e os seus prejuízos na biodiversidade.

Descrição das várias etapas de desenvolvimento da ação/ metodologia utilizada:
Na semana de 23 a 27 de janeiro os alunos do 8.º ano, turmas A, B e C usufruíram de uma formação sobre espécies invasoras e depois, já no espaço exterior, procederam à observação, identificação e mapeamento das espécies presentes nos jardins da escola.
Observou-se com contentamento uma diferença enorme, em relação ao ano anterior, na expansão da erva das pampas. Contudo registaram-se 3 indivíduos que rebentaram e um exemplar maior, junto ao gradeamento, numa zona que esteve interdita devido a obras. Nos diversos canteiros com jardim, não cultivado, existiam grandes aglomerados de jarros, alho bravo e azedas. Registou-se também a necessidade de monitorizar uma área onde existiam austrálias devido a uma intervenção recente com maquinaria pesada pelos jardineiros da Câmara. Posteriormente os alunos fizeram trabalhos de pesquisa e construíram cartões de identidade de diversas espécies invasoras existentes em Portugal.
Na Semana da Terra (17 a 21 de abril) procedeu-se ao arranque manual de um exemplar jovem de erva das pampas, e à “limpeza” das diversas áreas de azedas, alho bravo e jarros. Procedeu-se ainda à atualização do mapa da escola com identificação dos locais já controlados.
Na manhã do próximo dia 13 de junho, final do ano letivo, está calendarizada a remoção dos restantes exemplares de erva das pampas e verificação do estado de crescimento das austrálias. Vamos experimentar se ao arrancar as jovens austrálias sai a totalidade da raiz e nesse caso procederemos ao seu controle. Mas se existir muita resistência ou a planta quebrar, iremos aguardar e reavaliar no próximo ano letivo.
A elaboração do poster sobre a atividade foi um pouco apressada já que outras ações em prol da biodiversidade foram levadas a cabo pelas turmas de 8.º ano (plogging, recolha de lixo na praia, identificação de espécies num dos parques da cidade, projeto rios,….) e comprometeram o tempo disponível para essa tarefa.

Registo fotográfico das principais etapas do projeto:

Descrição dos principais resultados obtidos e impactes da ação:
Como já foi referido os alunos adquiriram competências no que diz respeito às espécies invasoras, identificação, formas de controlo e impacto nos ecossistemas. Os alunos foram ainda cidadãos ativos na monitorização do jardim da escola e no controle das invasoras que, este ano, surgiram. Com a continuidade do trabalho, em próximos anos, iremos conseguir erradicar as invasoras e assim promover a biodiversidade no espaço exterior da escola.

Fontes de pesquisa consultadas para planeamento, desenvolvimento e implementação do projeto:
Projeto RELI - Monitorização e controlo de Invasoras da Serafim Leite do ano letivo anterior.
Guias práticos para a identificação de plantas invasoras em Portugal
https://invasoras.pt/
https://www.100milarvores.pt/2023/04/escolas-de-s-joao-da-madeira-sem-invasoras.html

Articulação do trabalho com os conteúdos curriculares:
O projeto permitiu articular os conteúdos lecionados nas aulas de Ciências Naturais, nomeadamente sobre a dinâmica e sustentabilidade dos ecossistemas, com áreas como cidadania ativa e novas tecnologias

Breve mensagem de sensibilização (tipo slogan) do projeto:
Biodiversidade ... o segredo está em eliminar as espécies invasoras!

Póster digital (PDF):