Biodiversidade: Preservar e Regenerar | Trabalhos 2022/23
Escola Secundária Pinheiro e Rosa (Faro)
Escalão: Escalão 3 - Secundário, Profissional e Superior
Ação realizada:
Remoção de invasoras na ESPR
Breve descrição da ação:
No dia 12 de outubro de 2022 , os alunos do Curso Profissional de Técnico de Proteção Civil dinamizaram uma ação de remoção de várias espécies de plantas invasoras existentes nos espaços exteriores da escola. As espécies removidas foram: Arundo donax(Cana Comum);Acacia mimosa (Acácia);Carpobrotus edulis (Chorão);Cortadeira selloana (Erva das Pampas); Pinnesetum setaceum (Plumas).
Esta atividade contou com a colaboração dos serviços da Câmara Municipal de Faro em articulação com a Direção do Agrupamento. Este projeto de intervenção faz parte de uma Prova de Aptidão Profissional de um aluno do 3ºano do Curso Profissional de Técnico de Proteção Civil que inventariou as plantas invasoras no concelho de Faro.
Intervenientes:
Alunos do Curso Profissional de Técnico de Proteção Civil (CPTPC - 1º e 3ºanos).
Serviços da Câmara Municipal de Faro.
Direção do Agrupamento
Data de realização:
12 de outubro de 2022
Local de realização:
Espaços exteriores da Escola Secundária Pinheiro e Rosa.
Importância da implementação da ação para a biodiversidade local:
Esta atividade teve extrema importância para a biodiversidade local, uma vez que a rápida disseminação e alastramento das espécies invasoras pelas áreas exteriores, impede o crescimento e desenvolvimento das outras espécies existentes no espaço escolar tais como: Amendoeira brava; Sobreiro: Oliveira, Damasqueiro; Pimenteira -bastarda; Jacarandá: casuarina; cipreste; loendreiro; pinheiro -bravo; hibiscus entre outras. O funcionamento e equilíbrio do ecossistema do jardim da escola apresentava-se assim muito alterado, apresentando-se o solo cada vez mais empobrecido em termos minerais e hídricos.
Descrição das várias etapas de desenvolvimento da ação/ metodologia utilizada:
Para o desenvolvimento deste projeto de intervenção, a turma do 3ºAno de CPTPC e em particular o aluno que dedicou a sua PAP à problemática das invasoras no concelho de Faro, articularam de uma forma estreita com a equipa de professores afetos ao Programa Eco-Escolas (com horas do seu horário para dinamização do Programa na Escola) que apoiaram em termos científicos e metodológicos esta intervenção.
1ª etapa - Reconhecimento do espaço exterior e identificação das espécies invasoras (parceria com a Engenheira Paula Vaz da APA e do professor José António Saraiva Monteiro da UALG);
2ª etapa - Pesquisa sobre as espécies invasoras identificadas, seus perigos para os ecossistemas, formas de as erradicar;
3ª etapa - Sinalização das espécies invasoras no espaço exterior;
4ª etapa - Intervenção direta na remoção das invasoras, em particular da Erva das Pampas e seu devido acondicionamento que foram encerradas em sacos com água para promover o apodrecimento das suas sementes. Em momento algum foram misturadas com os resíduos orgânicos removidos;
5ª etapa - Discussão acerca do grau de sucesso da ação desenvolvida;
6ª etapa - Definição das estratégias de intervenção futuras.
7ª etapa - Elaboração do poster de divulgação da intervenção.
Registo fotográfico das principais etapas do projeto:
Descrição dos principais resultados obtidos e impactes da ação:
Esta 1ª remoção, embora não tivesse erradicado por completo todas as espécies invasoras, foi um bom contributo para o reequilíbrio das outras espécies. Posteriormente, os serviços de manutenção dos espaços exteriores da Câmara Municipal de Faro têm dado continuidade a esta ação. O ecossistema está a recuperar aos poucos.
Os alunos envolvidos e a comunidade escolar de uma forma geral ficaram sensibilizados e informados acerca da problemática das plantas invasoras. Esta ação contribuiu sem dúvida para um maior conhecimento das plantas invasoras e sua identificação. Neste sentido, podemos referir o caso da Erva das Pampas, bastante apreciada pela comunidade em geral, que a utiliza como ornamento, desconhecendo as suas potencialidades invasoras e os seus impactes na vegetação autóctone. Os alunos ficaram a conhecer a forma correta de remoção desta invasora e os cuidados a ter na eliminação dos resíduos da mesma.
Fontes de pesquisa consultadas para planeamento, desenvolvimento e implementação do projeto:
Informações/Conhecimentos prestados pela Equipa Eco-Escola, Agência Portuguesa do Ambiente (APA) na pessoa da Engenheira Paula Vaz, Universidade do Algarve (UALG) na pessoa do professor Doutor José António Saraiva Monteiro;
Sites consultados :
invasoras.pt
florestas.pt
apambiente.pt
Articulação do trabalho com os conteúdos curriculares:
A atividade de remoção das plantas invasoras nos espaços exteriores da escola insere-se nos conteúdo curriculares da disciplina de Meio Ambiente e Proteção Civil. Esta disciplina inclui duas "Unidades de Formação de Curta Duração" (UFCD) : Ecologia Geral (50 horas) e Ordenamento do Território e Proteção Civil (25 horas).
A disciplina "Ecologia Geral" inclui conteúdos como : ecossistemas; estrutura e dinâmica das populações; perturbações no equilíbrio dos ecossistemas; medidas conducentes à sustentabilidade dos ecossistemas; recursos naturais. O conhecimento adquirido nesta UFCD, constituíram os pré-requisitos essenciais para a compreensão da problemática das plantas invasoras no equilíbrio dos ecossistemas que nos rodeiam.
A disciplina de " Ordenamento do Território e Proteção Civil" inclui conteúdos como: conceitos essenciais de ordenamento e dinâmicas territoriais; riscos naturais e ordenamento do território; estatutos de proteção da natureza. O conhecimento adquirido nesta UFCD, constituiu o motor para a necessidade/dever de intervenção na proteção de uma área natural que constitui o dia-a-dia de centenas de alunos que frequentam a escola e que frequentam os espaços exteriores da escola de uma forma muito assídua.
Nesta disciplina de "Meio Ambiente e Proteção Civil" adquirem-se competências que foram muito úteis na elaboração deste projeto de intervenção de remoção de invasoras, tais como:
Mobilização de diferentes fontes de informação geográfica na construção de respostas para os problemas
investigados, incluindo mapas, diagramas, globos, fotografia aérea e TIC (por exemplo, Google Earth, Google Maps, entre outras);
Recolha, tratamento e interpretação de informação variada e mobilização da mesma na construção de respostas para os problemas estudados;
Representação gráfica, cartográfica da informação proveniente de trabalho de campo (observação direta) e diferentes fontes documentais (observação indireta) e mobilização da informação na elaboração de respostas para os problemas estudados;
Investigação de problemas associados aos recursos hídricos e ao clima, de planeamento e ordenamento do território, ancorados em guiões de trabalho.
Aplicação do conhecimento geográfico, o pensamento espacial e as metodologias de estudo do território.
Breve mensagem de sensibilização (tipo slogan) do projeto:
PLANTAS INVASORAS SÃO PARA ELIMINAR,
SEMPRE QUE DESCOBRIRES UMA PLANTA INVASORA NÃO A DEIXES REINAR
Póster digital (PDF):