Biodiversidade: Preservar e Regenerar | Trabalhos 2022/23

Escola Básica e Secundária Michel Giacometti (Sesimbra)

Escalão: Escalão 2 - Escolas do 2º e 3º Ciclo

Ação realizada:
Limpeza de um terreno, instalação de um charco, instalação de uma horta, local para compostagem, colocação de caixas-ninho e hotel de insetos, remoção de invasoras.

Breve descrição da ação:
No âmbito do projeto da escola, que consiste em identificar problemas existentes no espaço escolar e recuperar os mesmos, foi efetuada a limpeza de um terreno pertencente à própria escola e que estava ao abandono. Esta limpeza consistiu na remoção de lixo e ervas que lá existiam. Posteriormente foi possível a criação de condições propícias para a implementação de um charco e respetiva biodiversidade.

Intervenientes:
Foram envolvidas várias turmas da escola, dos três ciclos existentes na escola (segundo, terceiro e secundário), nomeadamente alunos do CAA, no âmbito da Ciência Viva e no âmbito de várias disciplinas e respetivos conteúdos programáticos. Para além dos alunos e respetivos professores foi solicitada a colaboração de técnicos da Associação Anime.

Data de realização:
De Janeiro de 2023 até ao momento (Junho de 2023)

Local de realização:
Escola Secundária Michel Giacometti - Terreno anexo ao bloco D

Importância da implementação da ação para a biodiversidade local:
O aspeto primordial deste conjunto de pequenas ações, é sensibilizar a comunidade educativa para a importância da preservação da biodiversidade e recuperação dos espaços físicos da escola.

Descrição das várias etapas de desenvolvimento da ação/ metodologia utilizada:
Spot de Biodiversidade
Em janeiro 2023 iniciou-se a criação do spot de biodiversidade que está mencionado no projeto como “Ecossistema Michel Giacometti” e conta com a orientação científica e pedagógica da ANIME e do Projeto Há Vida na Quinta. Esta atividade foi feita por etapas nos meses de janeiro, fevereiro, março e atualmente, abril é a parte da manutenção do espaço. Este espaço conta com um charco, estufa, canteiro das hortícolas, sebe de arbustos e plantação de espécies autóctones. Colaboraram alunos de turmas do 5ª ao 12ºano e professores de várias disciplinas.
16 de janeiro: Neste espaço, a vegetação autóctone vai aliar-se às espécies para consumo humano e a diferentes espécies animais auxiliares, para trazer para o espaço escolar (e para o espaço urbano envolvente) muitos dos benefícios da biodiversidade. Os trabalhos de hoje, centraram-se na identificação das espécies existentes no espaço, na sua seleção e no planeamento e organização deste spot, tal como os alunos da Escola o imaginam. Hoje, os trabalhos desenvolveram-se com o 10.º D.
8 de fevereiro: Com a ajuda dos alunos de 10º ano das turmas de ciências e tecnologias iniciou-se a limpeza do terreno para criar condições para a instalação de espécies vegetais e animais nativas.
O envolvimento destes alunos foi extraordinário, contribuindo com empenho em todas as tarefas.
16 fevereiro: Hoje foi o dia de preparar o solo dos talhões da horta pedagógica, recorrendo ao composto, reposicionar o compostor e limpar grande parte da área com a remoção dos resíduos que estavam presentes. Foram recrutados os alunos do 10.ºB, que não se fizeram rogados, e deitaram, literalmente, mãos ao trabalho que havia para fazer: De facto, a motivação é uma das maiores forças motrizes para a mudança!
24 fevereiro: Foi dia de iniciar a colonização do charco, com espécies vegetais, que estarão na base da cadeia alimentar daquele ecossistema. Nem a água fria nem os pés gelados impediram ou dificultaram a tarefa. Mas os trabalhos foram mais além, com a preparação de alguns abrigos para os animais amigos dos jardins e das hortas, com a limpeza do terreno, a remoção das plantas infetantes e a seleção das espécies de auxiliares a manter, com a mistura de estrume de cavalo no solo, a plantação de alho-francês nos talhões da horta, a transplantação de morangueiros. Contámos coma ajuda dos alunos do 10º ano que mostraram que o que (n)os move é mesmo a transformação do espaço exterior escolar num laboratório vivo, num jardim aprazível, numa sala de aula sem paredes.
27 fevereiro: Embora a sua área de estudos sejam as Artes, os alunos do 11ºG não se fizeram rogados, arregaçaram as mangas e preparam os caminhos, continuaram a preparação do solo dos talhões da horta e a colonização do charco com espécies autóctones. Além deste contributo precioso, estes aceitaram ainda o desafio de pensarem e apresentarem propostas para enriquecerem o espaço, do ponto de vista artístico e estético.
15 março: Hoje foi dia de plantação de alfaces, courgettes, tomates, beringelas, pimentos, cebola roxa e espinafre, mas também à estacaria de alfazemas e à plantação de murtas e giestas.
Os trabalhos incluíram ainda a bordadura do charco, com a plantação de mais hortelãs, e a rega das plantas novas e já existentes. Contámos com a ajuda dos alunos do 5.º B e 5.º D, e da parte da tarde, o 8.ºB
16 março:Desta vez, foram recrutados os alunos do 5.º A e C, que meteram mãos à obra e completaram as plantações nos talhões da horta, fizeram estacaria de alecrim e murta e, ainda, sementeiras, para que, no próximo ano letivo, não faltem plantas para continuar a cuidar do espaço exterior escolar!
Nesta manhã não faltou dedicação, boa disposição, mas também muita descoberta!
24 março: Hoje contámos com a ajuda do 12.º B e da Unidade de Ensino Especial. Foram plantadas salvias, pilriteiros, pascoinhas, folhados, gilbardeiras, madressilva e murtas, e beldroegas. Não foram esquecidas as outras tarefas essenciais no Spot de Biodiversidade, como o arranjo dos caminhos e a rega.
O charco foi alvo de atenção especial com o início da colonização animal. Foram introduzidos girinos de rã-verde e nifas de libelinhas, que vão contribuir para controlar uma eventual sobrepopulação de mosquitos.
17 de abril workshop construção de abrigos: Dia de workshop para os alunos das turmas de 8º ano. Construíram-se hotéis de Insetos, para abrigarem dois grupos de polinizadores – as borboletas abelhas solitárias – e dois grupos de predadores de pragas – as joaninhas e as crisopas -, mas também Abrigos para Anfíbios e Répteis para controlarem algumas das pragas urbanas (voadoras e rastejantes).
Claro que há manutenção do espaço, por isso, realizaram-se tarefas como regar, prender os feijoeiros aos tutores, nivelar a água do charco.
17 de Maio: o Clube Ciência Viva da Escola Michel Giacometti esteve no SPOT de BIODIVERSIDADE em parceria com o Projeto Há Vida na Quinta . Os alunos de 7.º ano foram desafiados a darem uma «mãozinha» aos morcegos que queremos fixar no interior da freguesia…..Prenderam- se os abrigos aos postes, fizeram-se os buracos e fixaram-se os postes. Foram redefinidas as caldeiras, regadas todas as plantas e, para evitar maiores perdas de água nestes dias quentes, fez-se o respetivo empalhamento. A propósito da semana sobre as plantas invasoras, ainda foram eliminados alguns dos pés de espanta-lobos (Ailanthus altissima). É uma maravilha ver que na escola todos estão empenhados na melhoria do espaço exterior, no meio desta atividade toda, foi ainda possível colaborar na requalificação de canteiros, que serão dedicados a espécies aromáticas e outras autóctones.

Registo fotográfico das principais etapas do projeto:

Descrição dos principais resultados obtidos e impactes da ação:
Melhoria de um dos espaços exteriores da escola que é um "spot" de biodiversidade e local de interesse por parte de todos, que o podem visitar e cuidar livremente e de forma autónoma. Permite ainda a recolha de alguns alimentos. Todos os alunos que passaram pelo local, para trabalhar, criam laços com o próprio espaço e pretendem voltar.

Fontes de pesquisa consultadas para planeamento, desenvolvimento e implementação do projeto:
Técnicos da associação Anime

Articulação do trabalho com os conteúdos curriculares:
Sempre que possível foi feita a articulação com os diferentes professores das diferentes disciplinas nos diversos conteúdos programáticos.

Breve mensagem de sensibilização (tipo slogan) do projeto:
A escola é o que queremos que seja!

Póster digital (PDF):