Infancoop CRL (Caldas da Rainha)
1 - Ponto de Partida/Diagnóstico
1.1 - Identifique os principais aspetos que carecem de intervenção/melhoria no espaço exterior da escola (pontos fracos):
Zona exterior da escola (entrada) com fraca diversidade de espécies e pouca utilização por parte da comunidade escolar (alunos, professores, encarregados de educação e restante equipa) aliado ao fraco conhecimento sobre a flora alimentícia convencional, mas sobretudo não convencional.
1.2 - Identifique os aspetos que devem ser mantidos ou potenciados no espaço exterior da escola (pontos fortes):
Os aspetos que queremos manter são os canteiros existentes ao longo da entrada da escola. Têm um bom espaço para cultivar algumas espécies e ser um local de partilha de saberes entre alunos e pais.
Pretende-se também complementar este espaço com a horta existente no recreio do 1.º Ciclo, a horta foi reabilitada no âmbito das Hortas Bio no ano letivo de 2023/2024. Pretende-se que volte a ser um lugar de partilha de saberes e de fomentação pelo gosto de cultivar o que comemos.
1.3 - Indique a área do espaço exterior da escola (m²):
3000
1.4 - Indique a área do espaço exterior a intervencionar (m²):
150
2 - Descrição do Projeto
2.1 - Indique a principal intervenção a realizar relacionando-a com os problemas que pretendem resolver:
O foco principal desta intervenção é aumentar o conhecimento sobre plantas, especialmente sobre as plantas alimentícias não convencionais, normalmente negligenciadas, e utilizar essas mesmas plantas na confeção de refeições na nossa escola. O objetivo é que a nossa comunidade escolar reconheça diferentes espécies comestíveis, que saibam distinguir algumas espécies, como por exemplo; urtigas e beldroegas.
Serão colocadas infografias junto de cada planta (nome da planta, fotografia, benefícios para a saúde e algumas sugestões como deve ser consumida). Este trabalho irá ser desenvolvido no âmbito da disciplina de Estudo do Meio e Projetos. Após a criação das infografias, iremos testar com os funcionários da escola, especialmente da cantina e pedir a colaboração das famílias para saber se é necessário melhorar ou acrescentar mais informações. Estas informações irão ser disponibilizadas no site para que este conhecimento possa ser partilhado com toda a comunidade.
O espaço à entrada da escola é ignorado e pretende-se que seja um espaço potenciador de aprendizagens e de um recurso importante a ser usado na nossa cantina.
No sentido de preservar os espaços será criada uma mini cerca para proteger as plantas e um caminho para se poder circular.
No recreio do 1.º Ciclo, pretende-se que a horta não seja esquecida e abandonada, sendo um recurso disponível para ser usado pelos alunos durante os intervalos.
Queremos melhorar a área exterior da nossa escola. Transformar a nossa escola, sonhar e viver o paisagismo comestível!
2.2 - A intervenção é de carater temporário ou permanente?
A intervenção é de caracter permanente, no entanto, serão adicionadas e integradas diferentes espécies conforme as partilhas recolhidas na pesquisa e na colaboração com o zootécnico Cláudio Olivier.
Explicite:
Pretende-se com este projeto capacitar as crianças com conhecimentos que lhes sejam úteis em situações adversas, onde os alimentos poderão vir a ser um bem escasso e onde o conhecimento sobre plantas alimentícias não convencionais será uma possibilidade de alimento.
2.5 - Identifique as principais medidas de manutenção previstas no espaço intervencionado, referindo o papel dos alunos:
Os alunos, com apoio e supervisão dos professores e ajudantes, irão proceder à manutenção deste espaço: rega, remoção de espécies invasoras, plantação de espécies sugeridas pela comunidade.
Na horta, será realizado um trabalho diário, onde todos os intervalos serão potenciadores de aprendizagens e uma oportunidade para poder fazer observações autonomamente, tendo apoio dos adultos sempre que seja solicitado.
2.6 - Explique sucintamente de que forma e em que fase(s) o projeto irá promover o envolvimento da comunidade escolar e dos alunos em particular:
O projeto irá contar com a disponibilidade e conhecimento do zootécnico Cláudio Olivier, um elemento da nossa comunidade que trabalha diretamente com a Câmara Municipal em projetos de compostagem e regeneração florestal.
Teremos oportunidade de debater ideias e convidar os nossos parceiros da Associação Pato e Centro Educativo do Paul de Tornada, disponibilidade manifestada no 1.º Conselho Eco-Escolas de 2024.
A equipa da cozinha será um elemento importante que traz mais significado a este projeto, uma vez que será desafiada a utilizar as plantas que irão estar disponíveis na nossa escola, sendo sempre respeitada a lista de plantas possíveis de serem usadas em contexto escolar.
Os alunos em particular irão fazer a pesquisa das espécies sugeridas pelo zootécnico e parceiros para criação das infografias. Serão os principais responsáveis por manter o jardim comestível vivo, em todos os sentidos, plantas vivas e conhecimento partilhado.
2.7 - Identifique os benefícios do projeto ao nível da saúde e bem-estar para toda a comunidade - Refira os principais aspetos diferenciadores e inovadores do projeto:
Reconhecendo a importância de identificar as espécies autóctones e em especial as plantas comestíveis, identificamos como principal benefício a promoção da diversidade de alimentos, iniciando um processo de alfabetização botânica na escola, desejando que se estenda não só neste período, mas ao longo da sua vida.
3 - Calendarização, Recursos e Avaliação
3.1 - Refira as datas de início e fim previstas para a intervenção. Caso já tenha sido iniciado refira quando:
1.ª fase – outubro/novembro de 2024 - identificação dos espaços a intervencionar. Encontro formal com Direção Técnica e Cláudio Olivier para identificação de espécies a introduzir.
2.ª fase – novembro 2024 a janeiro 2025 – pesquisa das informações sobre as diferentes espécies e criação das infografias.
3.ª fase – janeiro a março 2025 - produção e construção das infografias e cercas para os canteiros da entrada da escola.
4.ª fase - março 2025 - inauguração do espaço de plantas alimentícias não convencionais. Partilha de conhecimentos entre parceiros, alunos e pais
5ª fase - março a junho de 2025 - manutenção do espaço (remoção de espécies invasoras e rega asseguradas)
3.2 - Identifique e explicite o papel dos parceiros: locais e outros:
Os parceiros locais, como Associação Pato, Paul de Tornada, Câmara Municipal das Caldas da Rainha e outros que possam vir a fazer sentido para o projeto, serão importantes para garantir o rigor científico das infografias apresentadas e para acompanhar em diferentes momentos a evolução da paisagem comestível que irá nascer à porta da nossa escola.
3.3 - Identifique os recursos financeiros, humanos e materiais estimados para concretizar o projeto:
Recursos humanos: Professores, ajudantes, pais e parceiros e voluntários que queiram contribuir para a horta
Recursos financeiros para adquirir materiais: enxadas, ancinhos, pás, luvas, placas de plástico para as infografias, madeira para as cercas e ferragens (parafusos, pregos, etc.).
3.4 - Apresente até 3 indicadores que permitam avaliar o impacte do projeto:
Poderemos avaliar o sucesso do projeto com a observação dos seguintes indicadores:
- quantidade de plantas utilizadas pela equipa de cozinha na confeção das refeições;
- satisfação na utilização dos espaços;
- feedback direto dos alunos e encarregados de educação.
3.5 - Identifique as principais dificuldades (riscos) que poderá ter o projeto:
Os principais riscos que o projeto poderá ter prendem-se com a ausência de verba para a criação de cerca para o jardim. O fraco envolvimento das famílias, a dificuldade que a equipa da cozinha poderá ter na utilização das plantas alimentícias não convencionais e a falta de recursos financeiros para conseguirmos identificar bem as espécies e ter um espaço esteticamente agradável
4 - Anexos
4.1 - Anexe a fotografia aérea do espaço exterior da escola, sinalizando a área a intervencionar:
4.2 - Anexe um esboço onde estão representados os principais elementos do projeto: