ECOLABIRINTO | Desafio Faber-Castell | Trabalhos 2024-25

Escola Secundária de Paços de Ferreira (Paços de Ferreira)

Escalão: Escalão 3 - Secundário, Profissional e Superior

Idade do(s) autor(es):
16-17 anos

Digitalização da Ilustração:

Memória Descritiva:
Este trabalho intitulado Ecolabirinto Criativo representa um universo imaginário subterrâneo, habitado por uma população de ecolápis em plena efervescência criativa. A composição visual desenvolve-se em torno de um labirinto que simboliza o processo da criação artística e intelectual, desde o momento da inspiração até à descoberta e expressão final.
À superfície, somos recebidos por um ecolápis sorridente que parece dar as boas-vindas ao espectador, junto a uma placa que avisa: “Entrada proibida sem criatividade” — uma ironia visual que sublinha que este espaço subterrâneo é, na verdade, um reduto onde a criatividade é bem-vinda, incentivada e partilhada.
No interior do labirinto, a comunidade de ecolápis encontra-se envolvida em várias atividades — desde reuniões e trocas de ideias a zonas de investigação e criação artística. A presença de placas como “Zona de Inspiração” e “Arte em Progresso” reforça essa ideia de um espaço fértil para a expressão individual e coletiva. A investigação desempenhou um papel importante na conceção deste trabalho, com o aluno a explorar o tema dos labirintos, das comunidades imaginárias e dos processos criativos, para construir esta narrativa visual rica e coerente.
Os materiais de pintura utilizados foram:
• Aguarela, para criar os fundos, o ambiente natural e os diferentes planos visuais com leveza e expressividade;
• Grafite, aplicada sobretudo na zona da mina subterrânea, simbolizando a origem do ecolápis e o material essencial à criação — sendo também a saída do labirinto, representando talvez a conclusão de um ciclo criativo;
• Lápis de cor, para dar vida às personagens, objetos e detalhes, introduzindo variedade cromática e personalidade a cada ecolápis;
• Caneta preta, para os contornos definidos e expressivos que estruturam toda a composição.
Um elemento simbólico de destaque é a raposa, que surge em dois momentos no labirinto — uma dormindo e outra observadora — transmitindo sensações de vigilância, sabedoria e serenidade. A sua presença acrescenta uma camada de mistério e de ligação à natureza neste mundo subterrâneo imaginário.
A mina de grafite, desenhada com cristais e carrinhos de transporte, encerra visualmente o percurso, funcionando como ponto de chegada e, simultaneamente, de origem — sugerindo que a criatividade nasce das profundezas, da exploração interior e da matéria-prima que nos constitui enquanto criadores.