Escola Secundária Dr. Júlio Martins (Chaves)
Parceiros:
O mural foi dinamizado pelos professores de Educação Visual com a colaboração da coordenadora do Programa Eco-Escolas.
Foi estabelecida parceria com a Camara Municipal de Chaves, que apoiou o projeto através da autorização do espaço escolar, assim como, com a cedência das tintas utilizadas na pintura.
O projeto também foi apoiado de forma entusiasta pela Direção do Agrupamento e pela Coordenação da escola.
Memória descritiva
Identificação do ecossistema e elementos do ecossistema presentes na pintura:
O rio Tâmega atravessa a cidade de Chaves e o seu ecossistema fluvial inclui uma rica biodiversidade aquática e ripícola, para além das interações com a atividade humana.
Neste ecossistema, existe ao nível da fauna: peixes autóctones (boga-portuguesa, ruivaco-do-oeste, escalo do norte); anfíbios (salamandras, rãs-verdes, tritões), aves aquáticas e ripícolas (garça-real, guarda-rios, melro preto, cegonha-branca); mamíferos (lontra-europeia, ouriço-cacheiro); crustáceos (lagostim de água doce e lagostim-vermelho-do-Louisiana). Relativamente à flora, temos: salgueiros, amieiros, freixos, juncos e macrófitas aquáticas.
Os elementos do ecossistema presentes na pintura foram escolhidos pela maioria dos alunos, porque os viram in loco, como seja: a garça real, a lontra, o guarda-rios, a boga-portuguesa e, os juncos que existem em grande quantidade. O lagostim foi para a maioria a descoberta fascinante da pesquisa realizada no início do trabalho, apesar de alguns já saberem da sua existência por familiares.
Qual a razão da escolha desta imagem?
Os alunos quiseram desenhar um local do rio Tâmega que toda a comunidade escolar e local soubesse identificar. Assim sendo, a maioria escolheu as poldras uma vez que estas fazem parte do património histórico e cultural da cidade. Esta passagem pedonal que permite atravessar a água a pé, saltando de pedra em pedra é o fascínio não só de miúdos como de graúdos, sejam eles habitantes ou turistas. O nosso rio é um ponto de passagem obrigatório para quem nos visita, não só pela Ponte de Trajano, mas também pelas poldras e pela agradável zona ribeirinha. Para além de ser a zona de lazer mais procurada pela população flaviense, em qualquer época do ano.
Qual o processo de trabalho/dinâmica/metodologia que conduziu à elaboração do mural:
O projeto foi lançado às turmas do 5º ano na disciplina de Educação Visual e após identificarem ecossistemas da região, os alunos por maioria escolheram o ecossistema do rio Tâmega. De seguida, foi realizada a pesquisa sobre o mesmo. Entre todos e por maioria foi escolhido o local do rio para desenhar e de seguida escolhidos os elementos que iriam estar representados, sendo que a lontra foi o animal escolhido pela totalidade das turmas, pois é aquele que mais os fascina, os outros foram escolhidos pelo facto de serem os mais observados pelos alunos in loco e o lagostim por ser a grande descoberta. Terminadas as escolhas passou-se para o esboço que foi realizado pelos alunos, assim como a pintura do mural, com a orientação dos professores de Educação Visual.
Qual a idade e forma como foram envolvidos os alunos?
Os alunos das turmas, com idades compreendidas entre os nove e os onze anos, participaram no projeto “Muros com vida” nas aulas de Educação Visual. As turmas participaram por votação na escolha do ecossistema, passando pela escolha dos elementos que iriam estar presentes na pintura. Alguns alunos participaram na elaboração do esboço e na pintura do mural.