O ar que eu respiro | Trabalhos 2024/25 | Painel QualAR

Escola Básica e Secundária do Alto dos Moinhos (Sintra)

Escalão: 2.º escalão (3.º ciclo)

Idade(s) do(s) aluno(s):
11-13 anos

Desenho final:

Local onde está afixado:

Fases de desenvolvimento do trabalho:

Memória descritiva:
Enquadramento do Projeto:
Este painel foi realizado no âmbito do desafio “O Ar que Eu Respiro” da Associação da Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE), com o objetivo de sensibilizar a comunidade escolar para a importância da qualidade do ar e os impactos da poluição atmosférica no ambiente e na saúde humana.
1.ª Fase – Investigação e Observação:
Antes de iniciarmos a construção do painel, realizámos uma breve abordagem teórica sobre os constituintes do ar e os poluentes atmosféricos mais representativos, em especial aqueles que respiramos diariamente no ambiente escolar.
Com base na exploração no site QualAr, os alunos aprenderam a ler as tabelas de dados referentes à estação mais próxima da localização da escola (Mem-Martins).
Procurando manter a facilidade de leitura/interpretação das informações pelos alunos, foi construída uma tabela de registo usando uma organização dos dados e um grafismo muito semelhantes ao do site. Assim, foi possível agendar com eles um conjunto de datas em que estes ficaram responsáveis por registar, os dados correspondentes nessa tabela, ao longo do mês de fevereiro:
• Temperatura, pressão atmosférica e humidade do ar (através do site Climate Data),
• Concentração de partículas PM10 e PM2.5, recolhidos através do sensor de partículas instalado na Escola (ClimAR - The particulate Matter App)
Esta observações permitiram identificar os dias com maior concentração de poluentes junto à escola. Esses dados serão integrados no painel final, proporcionando debate entre os alunos sobre as causas e consequências da presença destas partículas no nosso organismo.
Não pudemos continuar nos meses seguintes este registo uma vez que no início de março a aplicação deixou de funcionar.
2.ª Fase – Conceção do Painel QualAr
A seguir, passámos à idealização e construção do painel artístico que representa, de forma simbólica e visual, a importância da qualidade do ar para a vida humana.
O painel apresenta uma escultura de pulmões humanos, feita com corda grossa de sisal, aplicada manualmente sobre uma tela de fundo vermelho vivo. Esta cor representa vida e energia, mas também alerta e perigo.
A corda principal simboliza a traqueia e os brônquios, ramificando-se em estruturas mais finas que imitam alvéolos ou ramos secos, transmitindo uma ideia de fragilidade pulmonar. A composição termina num nó de forca, reforçando de forma crítica e visualmente impactante os efeitos mortais da poluição do ar.
Durante a execução, usámos pistolas de cola quente para fixar as cordas na tela, num processo totalmente manual e colaborativo, envolvendo vários alunos.
3.ª Fase – Mensagens e Simbolismo:
Ao redor da estrutura central, colocámos seis frases reflexivas, criadas pelos alunos, dispostas em linhas onduladas que representam o vento, inspiradas na simbologia do IPMA. Estas mensagens servem como instrumento de sensibilização ambiental, realçando a importância do ar limpo:
O ar puro faz tão bem, traz saúde a quem o tem.
Precisamos de ar puro para viver bem.
Ar puro para viver, é preciso proteger!
Pequenas ações fazem grande diferença na qualidade do ar.
Respirar não pode ser um risco! Preserve o ar limpo e puro.
O ar que respiramos reflete o cuidado que temos com o planeta.
O fundo do painel foi enriquecido com representações de poluentes atmosféricos, criando um contraste entre o natural e o artificial, o puro e o contaminado.
Exposição e Impacto:
O painel foi exposto na entrada da escola, junto à sala de convívio dos alunos, garantindo visibilidade e promovendo a reflexão e o debate contínuo sobre a preservação da qualidade do ar.
Reflexão Final:
Com este projeto, aprendemos a observar, registar, criar e comunicar. Mais do que uma obra artística, o nosso trabalho é um alerta consciente e urgente para a importância do Ar que respiramos – invisível, essencial e frágil – e um apelo à responsabilidade individual e coletiva na proteção do Ambiente.
Elaborado por:
Maria Cunha (6.º ano); Gabriel Brites (7.º ano); Ema Martins (8.º ano) e Leonor Catarino (8.º ano)