24-25 | Operação Sem Fronteiras – Comércio Ilegal, uma via para a Extinção
Escola Secundária de Vendas Novas (Vendas Novas)
Escalão: Escalão 3 - Secundário, Profissional e Superior
Intervenientes:
Os intervenientes na elaboração do trabalho foram os alunos do Curso Científico- Humanístico de Artes Visuais do 12º ano, turma D e do Curso Científico- Humanístico de Ciências e Tecnologias do 11º ano, turma A.
Memória descritiva
Explicação do processo de conceção e de elaboração do trabalho, assinalando as suas fases mais significativas:
Conceção geral: O processo iniciou-se com sessões de sensibilização sobre o impacto do tráfico ilegal na biodiversidade, promovendo a reflexão entre os alunos do 12.ºD (Artes Visuais) e do 11.ºA (Biologia).
Seguiram-se momentos de investigação e debate em sala de aula, com o levantamento de casos reais de espécies ameaçadas pelo tráfico ilegal. Posteriormente, definiram-se as linhas orientadoras da exposição, com a criação de peças artísticas e informativas que integrassem conhecimentos científicos, criatividade visual e uma mensagem clara de sensibilização.
Os alunos selecionaram as diferentes espécies que se enquadravam na problemática e na qual iria incidir a pesquisa.
Elaboração do trabalho: o trabalho de pesquisa de todos os animais selecionados e trabalhados foi realizada pela turma de 11º ano, na disciplina de Biologia. Toda a informação foi impressa e colocada na exposição. A articulação entre a pesquisa e a elaboração do trabalho foi feita entre as disciplinas de Biologia e Desenho A .
As espécies selecionadas foram desenhadas e pintadas com várias técnicas: lápis de cor e aguarela, posteriormente recortadas com o formato circular e colocadas no mapa mundo. Com as espécies selecionadas, cada aluno efetuou também uma gravura/impressão com utilização de linóleo, goivas, rolos e tinta. Os trabalhos resultantes foram colocados na exposição. Foi ainda elaborada uma grade, reutilizando restos de papel e cartão de outros trabalhos , para simbolizar o aprisionamento dos animais e o perigo de extinção das espécies.
A turma participou ativamente na elaboração deste trabalho, com plena consciência de que é necessário denunciar e dar a conhecer uma realidade cada vez mais frequente neste nosso Planeta em perigo.
Metodologia utilizada e resultados da implementação da exposição:
Foi adotada uma metodologia de trabalho de projeto interdisciplinar, centrada no trabalho colaborativo, na pesquisa ativa e na reutilização de materiais. O grupo de Artes desenvolveu textos explicativos sobre o impacto do tráfico ilegal na biodiversidade, impressões em linóleo, colagens e painéis visuais utilizando cordas, rolos de papel de cozinha, papel cenário e reutilização de papel de embrulho semelhante à malha de uma rede de camuflagem, tipo “armadilha”. O grupo de Biologia, como já foi referido, teve a cargo os conteúdos científicos de cada espécie.
A exposição final foi implementada na escola no dia 29 de maio e aberta à comunidade educativa (dia do Agrupamento e dia Eco-Escolas). Os resultados foram bastante positivos, tendo sido observada uma forte adesão e interesse por parte de alunos, professores e assistentes operacionais, bem como uma maior consciência crítica sobre a urgência da conservação da biodiversidade.
Para tornar as ações contra o tráfico ilegal de animais acessíveis à população, é importante apostar em estratégias práticas e de fácil implementação:
1- Campanhas de consciencialização: criar campanhas simples, como cartazes e videos curtos, que expliquem o impacto do tráfico de animais e como ele prejudica o ambiente e as espécies. Essas campanhas podem ser espalhadas pelas escolas, comunidades e redes sociais; workshops e palestras: eventos na comunidade para informar a população sobre os perigos do tráfico de animais e como denunciar essa atividade.
2- Incentivos à denuncia: canais de denúncia simples: criar números de telefone e apps onde facilmente sejam denunciadas atividades ilegais; fazer parcerias com ONGs locais; dar apoio à população para identificar atividades ilegais, treinando-as para proteger os animais nas suas comunidades.
3- Alternativas económicas: alternativas de rendimentos sustentáveis em áreas como ecoturismo, agricultura sustentável ou artesanato; microcréditos e apoios para projetos mais sustentáveis.
4- Apoios a projetos locais de conservação: envolver a comunidade na conservação; criar iniciativas para que a população se envolva na proteção dos habitats naturais, com programas para monitorizar a fauna e a flora; voluntariado e turismo sustentável, incentivando as populações a participar em programas de voluntariado em áreas de conservação. Estas ideias têm como objetivo envolver a comunidade de forma simples e prática, transformando a consciencialização em ações reais de proteção e preservação. Para combater este crime, é essencial reforçar as leis, melhorar a fiscalização, promover campanhas de sensibilização e usar tecnologia mais avançadas. É muito importante a cooperação internacional, como o trabalho da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção).
Fontes de pesquisa mobilizadas:
As principais fontes consultadas foram a Wikipédia, artigos científicos acessíveis, websites institucionais (como o da WWF e CITES), bem como materiais disponibilizados pelo Jardim Zoológico de Lisboa e pelo Programa Eco-Escolas.
Articulação do trabalho com as aprendizagens essenciais das disciplinas envolvidas e com os Domínios da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania:
O projeto articulou-se com os conteúdos programáticos das disciplinas de Biologia (11.º ano) na informação científica das espécies ameaçadas e de Artes Visuais (12.º ano), no desenvolvimento de técnicas de impressão e expressão visual, bem como na consciencialização sobre o domínio da Sustentabilidade na Terra e da Conservação da Natureza
No âmbito da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, abordaram-se os domínios da Educação Ambiental, Direitos Humanos, Desenvolvimento Sustentável e Bem-Estar Animal, promovendo a formação de cidadãos informados, críticos e participativos.
Registo fotográfico do panorama geral da exposição:
Registo fotográfico de pormenores da exposição:
Registo fotográfico das principais etapas do projeto: