Explicação do processo de conceção e de elaboração do trabalho, assinalando as suas fases mais significativas:
A presente candidatura integra trabalhos desenvolvidos por alunos de dois níveis de ensino: quatro turmas do 5.º ano e uma turma do 6.º ano, no âmbito de um projeto multidisciplinar centrado na problemática do tráfico ilegal de espécies animais em resposta ao desafio “Operação Sem Fronteiras – Comércio Ilegal, uma via para a Extinção”.
No 5.º ano, o projeto foi coordenado pelo professor de Ciências Naturais (CN), em articulação com a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento (CD). Teve como principal objetivo sensibilizar a comunidade escolar para os impactos do tráfico de espécies na biodiversidade e nos ecossistemas, promovendo o pensamento crítico e a ação responsável. Os alunos foram, individualmente, convidados a investigar, refletir e comunicar sob a forma de cartazes, tornando-se agentes de mudança na defesa da biodiversidade.
No 6.º ano, os alunos participaram na elaboração de trabalhos digitais sobre espécies ameaçadas pelo comércio ilegal, aprofundando conhecimentos sobre o habitat natural, métodos de captura, dinâmica do mercado ilegal e consequências ecológicas da extinção. O trabalho decorreu em grupo, com base em guiões orientadores fornecidos pelas docentes de CN e CD envolvidas. Cada produção foi posteriormente convertida em QRCode, de forma a facilitar a sua divulgação e acessibilidade digital. Os trabalhos foram apresentados no contexto da “Noite da Terra”, que decorreu no na noite de 9 de maio de 2025, na escola sede do Agrupamento de Escolas Carolina Michaëlis. Na exposição cinco mesas foram cobertas com tecido preto, e nelas foram colocadas “gaiolas simbólicas” contendo a imagem e o nome de cada animal estudado, juntamente com o respetivo QRCode de acesso ao trabalho do grupo.
Este projeto envolveu os alunos com entusiasmo, criatividade e sentido de responsabilidade ambiental, alinhando-se plenamente com os valores e objetivos do programa Eco-Escolas, nomeadamente no eixo da “Cidadania global e conservação da biodiversidade”.

Metodologia utilizada e resultados da implementação da exposição:
Com as turmas do 5.º ano, o projeto foi desenvolvido em várias fases, com forte envolvimento dos alunos. Numa primeira etapa, os alunos realizaram pesquisas sobre o tráfico ilegal de animais em Portugal, identificando as espécies mais afetadas e os impactos negativos sobre a fauna e os ecossistemas.
Posteriormente, cada aluno escolheu uma espécie animal traficada para estudar em maior profundidade, explorando aspetos como a reprodução, o revestimento corporal, o habitat e o comportamento em meio natural. Com base nas informações recolhidas, os alunos elaboraram cartazes informativos de sensibilização, sendo que os trabalhos concluídos foram apresentados na “Exposição Eco-Escolas”, integrada na comemoração da “Noite da Terra”, com realização a 9 de maio na escola sede do Agrupamento Carolina Michaëlis.
Este projeto revelou-se bastante significativo, tendo gerado grande adesão por parte dos alunos e antecipando-se um impacto positivo também junto dos Encarregados de Educação aquando da exposição. Os alunos demonstraram ter adquirido um maior conhecimento sobre o tráfico ilegal de animais e sobre a importância da proteção da fauna, enquanto desenvolveram competências de pesquisa, análise crítica, comunicação, trabalho colaborativo e cidadania ambiental. Ficaram igualmente mais conscientes do seu papel como agentes de mudança na defesa da biodiversidade e na sensibilização da sociedade para as questões ambientais.
A turma do 6.º ano seguiu uma metodologia semelhante. Após uma fase de pesquisa, os alunos reuniram-se em grupos e, cada grupo, selecionou uma espécie ameaçada pelo tráfico ilegal e elaborou uma apresentação em PowerPoint, complementada com um QRCode para facilitar a divulgação digital. As apresentações foram partilhadas oralmente com a turma e integradas na exposição final.
A exposição foi montada na tarde do dia 9 de maio e aberta à comunidade educativa às 20h30, constituindo um momento de partilha, sensibilização e envolvimento ativo da escola e das famílias na proteção da biodiversidade.
A avaliação do trabalho foi contínua e formativa, centrada na participação dos alunos, qualidade da pesquisa, criatividade na apresentação e reflexão crítica. Recorreu-se à observação direta, registos de trabalho, apresentações orais e autoavaliação. O processo permitiu monitorizar o desenvolvimento de competências científicas, sociais e cívicas, bem como a sensibilização para a proteção da biodiversidade.
Prevê-se impacto ao nível da literacia ambiental, do pensamento crítico e da cidadania ativa dos alunos. A comunidade educativa foi mobilizada, reforçando a articulação entre disciplinas e famílias. A exposição final promove a partilha de saberes e

Fontes de pesquisa mobilizadas:
1. Associação Natureza Portugal | WWF Portugal
???? [https://www.natureza-portugal.org](https://www.natureza-portugal.org)
2. ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
???? [https://www.icnf.pt](https://www.icnf.pt)
Tem informação oficial sobre áreas protegidas, fauna e legislação. Útil para conhecer espécies protegidas em Portugal.
3. LPN – Liga para a Protecção da Natureza
???? [https://www.lpn.pt](https://www.lpn.pt)
4. WWF (World Wildlife Fund)
???? [https://www.wwf.org](https://www.wwf.org)
5. TRAFFIC – Wildlife Trade Monitoring Network**
???? [https://www.traffic.org](https://www.traffic.org)
7. Eco-Escolas | ABAE
???? [https://ecoescolas.abae.pt](https://ecoescolas.abae.pt)
https://ecoescolas.abaae.pt/2024-2025-projetos-eco-escolas/operacao-sem-fronteiras-comercio-ilegal-uma-via-para-a-extincao/

Articulação do trabalho com as aprendizagens essenciais das disciplinas envolvidas e com os Domínios da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania:
No âmbito da disciplina de Ciências Naturais, os alunos desenvolveram aprendizagens essenciais como: Formular opiniões críticas sobre ações humanas que condicionam a biodiversidade e reconhecer a importância da sua preservação; Valorizar as áreas protegidas e o seu papel na conservação da vida selvagem.
Estas aprendizagens foram operacionalizadas através da investigação do tráfico ilegal de espécies animais, permitindo uma análise fundamentada sobre os impactos negativos desta prática na biodiversidade. Os alunos identificaram espécies em risco, estudaram o funcionamento do mercado ilegal e refletiram sobre estratégias de conservação.
O trabalho articulou-se com os seguintes Domínios da ENEC: Educação Ambiental – promoção de atitudes ecológicas e sustentáveis; Bem-estar Animal – valorização do respeito pela vida animal e rejeição de práticas abusivas; Direitos Humanos - reflexão sobre a relação entre tráfico ilegal e violações de direitos fundamentais, incluindo os direitos da vida selvagem; Desenvolvimento Sustentável – incentivo à responsabilidade individual e coletiva na preservação da natureza.
Através desta abordagem integrada, o projeto promoveu uma educação para a cidadania ativa, crítica e ambientalmente responsável.