Explicação do processo de conceção e de elaboração do trabalho, assinalando as suas fases mais significativas:
- Lançamento do projeto numa reunião do conselho Eco-Escolas e atribuição da sua exploração a todas as turmas do 8º ano de escolaridade da escola.
- Contextualização e discussão da problemática do tráfico ilegal de espécies, na sala de aula, através da exploração do site do projeto.
- Organização dos alunos em pequenos grupos e início da pesquisa com especial enfoque nas regiões do mundo mais vulneráveis, nomeadamente a nível do Vietnam, causas e consequências do tráfico, leis e convenções internacionais, bem como formas de combate e prevenção.
- Execução do trabalho em grupos colaborativos em contexto de sala de aula.
- Execução do trabalho na sala de estudo e na biblioteca da escola, com acesso a recursos físicos e digitais e com apoio de alguns professores e técnicos da escola.
- Desenvolvimento de algumas fases do trabalho em casa, tendo os encarregados de educação colaborado através da apresentação de sugestões de materiais e ideias para a conceção dos trabalhos.
-Monitorização, uma vez por semana, em contexto de sala de aula do estado da arte da evolução dos trabalhos.
- Elaboração de maquetes, maioritariamente com materiais reciclados, cartazes e materiais audiovisuais.
- Apresentação dos trabalhos em contexto de sala de aula e reflexão em torno das questões-problema específicas abordadas por cada grupo.
-Exposição dos trabalhos realizados durante a SEMANA EDUCA 25, que decorreu durante o mês de maio, e que permitiu a divulgação do tema e dos trabalhos junto de toda a comunidade escolar, tendo contado com vários membros da comunidade local.

Metodologia utilizada e resultados da implementação da exposição:
A metodologia ativa implementada foi o "Trabalho de Projeto", que promove a autonomia, o envolvimento e a responsabilidade dos alunos no seu processo de aprendizagem. O tema escolhido – o tráfico ilegal de espécies – permitiu articular conteúdos curriculares com questões socioambientais atuais, desenvolvendo competências de investigação, pensamento crítico, colaboração e comunicação.
Os alunos demonstraram um extraordinário grau de empenhamento ao longo de todo o processo e produziram uma série de maquetes de elevada qualidade, pelo que a seleção dos trabalhos a concurso foi extremamente difícil. Através de uma reflexão final em grupo, os alunos demonstraram ter compreendido a gravidade do problema e manifestaram vontade de continuar a abordar temas ligados à proteção do ambiente e dos seres vivos.
Durante a exposição dos trabalhos a reação do público foi extremamente positiva. Os visitantes sublinharam a qualidade das maquetes, cartazes e material audiovisual produzido pelos alunos, bem como a forma impactante como o seu conteúdo estava organizado, mostrando-se muito sensibilizados para com a problemática do tráfico ilegal de espécies.

Fontes de pesquisa mobilizadas:
Pesquisa na internet em fontes digitais muito diversas, visualização de documentários e consulta de revistas científicas.

Articulação do trabalho com as aprendizagens essenciais das disciplinas envolvidas e com os Domínios da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania:
O trabalho de projeto desenvolvido no âmbito do tráfico ilegal de espécies permitiu trabalhar aprendizagens essenciais da disciplina de Ciências Naturais, nomeadamente a nível dos conceitos de biodiversidade, ecossistema, conservação da natureza, espécies ameaçadas e medidas de proteção.
O futuro do planeta, em termos sociais e ambientais, depende da formação de cidadãos com competências e valores não apenas para compreender o mundo que os rodeia, mas também para procurar soluções que contribuam para nos colocar na rota de um desenvolvimento sustentável e inclusivo. Este projeto, no âmbito da Educação para a Cidadania, estimulou o desenvolvimento de uma cidadania ativa e consciente não só nos alunos diretamente envolvidos, mas também nas suas famílias e em todos os que visitaram a exposição.
A abordagem interdisciplinar, permitiu ainda o desenvolvimento de competências de pesquisa, espírito crítico, trabalho colaborativo e comunicação.