24-25 | Operação Sem Fronteiras – Comércio Ilegal, uma via para a Extinção
Trabalhos 2024-25

Escola S/3 de Pinhel (Pinhel)

Escalão: Escalão 2 - Escolas do 2º e 3º Ciclo

Intervenientes:
O projeto Operação Sem Fronteiras - envolveu de forma ativa toda a comunidade educativa e parceiros locais de comunicação. A iniciativa envolveu todas as disciplinas do 5.º ano e destacou-se pela forte participação dos alunos e professores. Os alunos aderiram ao desafio e construíram animais em risco de extinção, sujeitos a tráfico ilegal e personagens existentes nas obras "A Fada Oriana" e "A viúva e o papagaio", utilizando materiais reciclados aliados a trabalho de pesquisa e outras atividades de cada disciplina. Este trabalho criativo e interdisciplinar promoveu a consciência ambiental, aliando todas as disciplinas desde Línguas, às Artes, às Ciências e à Cidadania. Um dos focos da investigação foi o Vietname, país onde esta ameaça é particularmente acentuada. Os alunos pesquisaram as causas socioculturais e económicas deste fenómeno, tendo sido apresentado um caso de estudo específico, nomeadamente o Pangolim, envolvendo outras espécies em risco nesse país. Os restantes membros da Comunidade Educativa, como os Auxiliares de Ação Educativa, Encarregados de Educação e a Biblioteca Escolar, com o apoio da Direção, uniram esforços em torno desta iniciativa que visou alertar a comunidade escolar para os impactos devastadores do comércio ilegal de espécies. A ação contou ainda com a colaboração da Voz da Rádio e Rádio Local (Rádio Elmo) e também do Jornal Escolar, ampliando o impacto das ações e promovendo a partilha de experiências dentro e fora do espaço escolar.
A temática do tráfico ilegal de espécies foi amplamente explorada numa perspetiva global, com apresentação de vários casos de estudo, que ilustram a gravidade e as consequências desta prática para a biodiversidade.

Memória descritiva

Explicação do processo de conceção e de elaboração do trabalho, assinalando as suas fases mais significativas:
Este desafio foi lançado aos docentes do 5º ano e acabou por ser aceite com entusiasmo e desenvolvido, desta forma, no âmbito do Domínio de Autonomia Curricular (DAC) do 5.º ano, envolvendo de forma articulada todas as disciplinas.
A fase inicial consistiu na investigação e sensibilização sobre o tema do comércio ilegal de espécies e a ameaça que representa para a biodiversidade, com o apoio das disciplinas de Ciências Naturais e Cidadania, onde se deu ênfase ao problema do pangolim, do rinoceronte, do tigre, das Tartarugas (nariz-de-porco e de-casa-mole), assim como dos papagaios, araras e outros. Seguiu-se a fase de planeamento, na qual os alunos escolheram os animais em risco de extinção que iriam representar e também com base nos conteúdos explorados em Português, nomeadamente nos animais encontrados nas obras “A Fada Oriana” e “A viúva e o Papagaio”; na disciplina de Inglês os alunos aumentaram o seu conhecimento vocabular, ao traduzirem cada um dos animais para esta língua estrangeira; a História e Geografia de Portugal os alunos tomaram conhecimento dos animais e os Descobrimentos, aumentando a sua cultura geral; a Matemática realizaram cálculos referentes a percentagens e representações em frações; a Ciências Naturais elaboraram um B.I. do animal com suas características; a Educação Visual e Educação Tecnológica, os alunos criaram as maquetes dos animais, utilizando exclusivamente materiais reciclados, promovendo a criatividade e a consciência ecológica; a Educação Musical foi realizada uma gravação de uma canção original sobre a exposição e os animais que a integram; a Educação Física os alunos jogaram ao “Crocodilo”, à “Aranha” e outros jogos cujo nome teve relação com a temática; a Oferta Complementar, em que os nossos alunos aprendem sobre o património cultural, pesquisaram casos de animais da pré-história como os auroques, cavalos, veados e cabras monteses tão característicos do nosso Vale do Côa. Por último, os discentes que frequentam as aulas de EMRC, também trocaram experiências sobre os animais de estimação e suas vivências.
O trabalho foi complementado com a elaboração de textos informativos, legendas e apresentações orais e escritas, cartazes interativos e informativos, promovendo competências comunicativas em diferentes línguas. Usámos vários adereços existentes no Agrupamento, elaborados em anteriores Carnavais, como peixes, arco-íris, borboletas, anémonas… apelando à reutilização de material já existente e diminuindo o desperdício.
A exposição final foi o culminar de um excelente trabalho colaborativo e multidisciplinar, que uniu conhecimento, expressão artística e compromisso com a sustentabilidade.

Metodologia utilizada e resultados da implementação da exposição:
A metodologia adotada para a realização desta Exposição baseou-se numa abordagem interdisciplinar, colaborativa e ativa, integrada no âmbito do DAC (Domínio de Autonomia Curricular) do 5.º ano. Todas as disciplinas estiveram envolvidas de forma articulada, contribuindo com diferentes perspetivas e saberes para a construção de um projeto comum.
A Exposição refletiu, claramente, o envolvimento ativo dos alunos e dos diversos intervenientes em todas as fases: conceção, execução e divulgação. Os conteúdos apresentados demonstraram uma clara adequação ao tema, articulando aprendizagens essenciais das diferentes disciplinas e domínios da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC), em sintonia com os princípios, áreas de competências e valores do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, promovendo uma formação integral que cruza saberes, valores e atitudes. Destacou-se a originalidade na criação de materiais expositivos e a criatividade na comunicação das mensagens. Paralelamente, foram criados painéis expositivos com conteúdos desenvolvidos em várias disciplinas. Como conclusão, esta excelente exposição refletiu o envolvimento e empenho dos alunos, sendo visitada por várias turmas, desde o 5º ano ao 12º ano, Encarregados de Educação e restantes elementos da comunidade educativa. Os resultados obtidos foram amplamente positivos: os alunos adquiriram maior consciência ambiental, desenvolveram competências de pesquisa, comunicação e trabalho em equipa, e compreenderam de forma crítica e criativa a importância da conservação da biodiversidade. O projeto revelou-se uma experiência educativa enriquecedora, reforçando a ligação entre o currículo e a Educação para a Cidadania.

Fontes de pesquisa mobilizadas:
Para a realização deste projeto foram ativadas várias fontes de pesquisa, essencialmente em sites e plataformas digitais, tais como: “WWF – World Wide Fund for Nature” (https://www.wwf.pt / https://www.worldwildlife.org) onde reside informação sobre espécies ameaçadas, causas do tráfico e campanhas de conservação; “TRAFFIC – Wildlife Trade Monitoring Network” (https://www.traffic.org) com foco específico no comércio ilegal de espécies, com relatórios e notícias atuais; “National Geographic (Kids e Educação)” (https://www.nationalgeographic.com) onde se tem acesso a artigos acessíveis com fotos, vídeos e mapas sobre espécies em risco e tráfico; “UNODC – United Nations Office on Drugs and Crime” (https://www.unodc.org) onde incidem em publicações sobre o tráfico de espécies como crime organizado, incluindo relatórios específicos por país (incluindo o Vietname); “Educação para a Cidadania (DGE – Portugal)” (https://cidadania.dge.mec.pt) aliando recursos educativos com a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC); “Site Oficial do Jardim Zoológico de Lisboa” (https://www.zoo.pt) onde contém fichas informativas sobre espécies que habitam o zoo, muitas das quais ameaçadas ou vítimas do comércio ilegal (ex: pangolim, rinoceronte, papagaios, primatas). Também se recorreu a um livro bastante elucidativo e ilustrado sobre a temática para jovens leitores sobre espécies ameaçadas e as causas do seu desaparecimento: "Animais em Perigo" de Tony Hare. Também se recorreu com frequência aos Bancos de Imagens Gratuitos e Educativos como por exemplo na plataforma Google.

Articulação do trabalho com as aprendizagens essenciais das disciplinas envolvidas e com os Domínios da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania:
Este projeto está profundamente alinhado com os princípios, áreas de competências e valores do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, promovendo uma formação integral que cruza saberes, valores e atitudes. Em sintonia com a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania, a atividade reforça a consciência ambiental e ética, ao abordar questões urgentes como o comércio ilegal de espécies e a perda da biodiversidade. Este projeto alia o pensamento autónomo e o espírito crítico, essenciais à construção de cidadãos conscientes, informados e participativos numa sociedade democrática que é a nossa. O envolvimento de todas as disciplinas permitiu uma abordagem variada e integradora do tema, enriquecendo a compreensão dos alunos sobre a complexidade das questões ambientais e sociais apresentadas.
Através das várias fases do projeto já descritas, os alunos desenvolveram competências fundamentais, como o tratamento e análise de informação a partir de diferentes fontes, a aplicação de saberes científicos em contextos reais, o pensamento crítico e o bem-estar, bem como a capacidade de comunicar de forma clara e responsável sobre temas de Conservação da Biodiversidade.
Esta exposição e todo o trabalho desenvolvido foi publicado nas páginas do Agrupamento, blog e Moodle, assim como no Youtube.

Registo fotográfico do panorama geral da exposição:

Registo fotográfico de pormenores da exposição:

Registo fotográfico das principais etapas do projeto:

Vídeo de apresentação da exposição (opcional):

Clique aqui para ver o vídeo na página do YouTube.