Francisco Ferreira, ZERO e FCT-NOVA
As alterações climáticas estão a ter uma influência decisiva na magnitude dos incêndios florestais em Portugal e noutros países, em linha com o que já havia sido previsto pela comunidade científica há alguns anos atrás. A ocorrência de secas extremas e prolongadas agrava em muito o risco, a par de eventos meteorológicos extremos que põem em causa o trabalho de reflorestação necessário, com chuvadas intensas conduzindo a grande erosão. Ao mesmo tempo, um clima em mudança leva a que determinadas espécies deixem de ser as mais adequadas em locais onde anteriormente eram as selecionadas. Assim, temos também que integrar as alterações climáticas no repensar da floresta portuguesa e saber fazer corretamente todo o trabalho de reflorestação para que seja eficaz, garantindo assim a possibilidade de retermos carbono, rumo ao objetivo de em 2050 termos um país neutro em termos de emissões.