Escola EB Horta do Carmo (Tavira)
Reportagem fotográfica das várias fases do projeto:
Painel:
Síntese da forma como decorreu o projeto:
A recolha de resíduos, realizada pelos alunos, sempre com gosto, empenho e até competitividade, nos espaços exteriores da escola, com a supervisão das respetivas titulares de turma e outros docentes, é uma atividade que se tornou rotineira, uma vez que a mesma tem vindo a ocorrer ao longo dos anos, com a designação de “Papa Lixo”. Um dos objetivos desse projeto era sensibilizar e consciencializar os alunos para a importância de manter o meio ambiente que nos rodeia, o mais limpo possível, livre de poluição, através da alteração de pequenos gestos do dia-a-dia. “O chão não é caixote de lixo” e por não o ser, os alunos eram ao mesmo tempo, instruídos e motivados no sentido de depositarem os resíduos nos ecopontos devidos, incluindo a sala de aula, procedendo-se dessa forma a uma prévia triagem dos mesmos, contribuindo assim para a sustentabilidade .
No projeto “Em busca dos suspeitos do costume”, é de destacar a necessidade de estabelecimento de uma meta de 5%, na redução dos resíduos recolhidos, bem como a elaboração de um cronograma e todo o suporte documental (fotos das atividades, gráficos e também fotos da exposição final em expositores da escola) .
Não foi nada fácil o cumprimento rigoroso das atividades de acordo com o cronograma, tendo este sofrido várias alterações no decurso do projeto. Após um período de seca extrema no Algarve, em que as albufeiras só tinham água para mais um mês, passámos, a partir de Outubro, devido às alterações climáticas, a ficar sujeitos a uma constante instabilidade climatérica provocada por sucessivas depressões caracterizadas por vento, muito frio e chuva quase sempre miudinha que tudo empapava e tornava desconfortável e por isso inviável as atividades nos dias programados.
Convém lembrar que a pandemia de COVID-19, em janeiro de 2021, obrigou o governo a suspender as aulas presenciais em todos os níveis de ensino, durante 15 dias.
Foi neste cenário que se enquadraram as atividades no exterior. Os alunos com as luvas colocadas lá foram recolhendo os resíduos na área definida para o projeto. É interessante destacar que todos os resíduos biodegradáveis tais como pão, fiambre, queijo e restos de fruta deixaram de ser recolhidos, servindo depois os restos destes alimentos de repasto para as gaivotas que nos visitam todos os dias após os intervalos.
Na primeira atividade realizada nos espaços exteriores da escola, foram recolhidos pelos alunos, que se revelaram extremamente empenhados e competitivos, inúmeros fragmentos de plástico ou micropláticos e um ou outro, de cordéis.
Das sugestões emanadas por ECO-ESCOLAS/ABAE, no âmbito deste projeto (in: Google crome: 2020/2021 Projetos Eco-Escolas), procedeu-se às alterações necessárias, tanto nas folhas de registo, como nos passos a dar, de forma a adaptar o projeto ao local, às características e faixa etária dos alunos (quartos, terceiros e segundos anos de escolaridade).
Em termos de metodologia e por me parecer elucidativo, transcreve-se excerto de indicações acertadas com as professoras titulares de turma:
“Vamos ser práticos, tentando adaptar o que é solicitado à nossa realidade e à faixa etária dos alunos, o que se pede é o seguinte:
- Que os alunos sejam previamente alertados/sensibilizados para a importância da recolha de resíduos nos espaços exteriores da escola, através de uma conversa reflexiva e participada com os mesmos.
- Para tanto, os alunos e os professores envolvidos, a fim de salvaguardar a sua saúde, devem nos dias em que a recolha se processa (ver cronograma) estar munidos de luvas descartáveis e se possível de máscaras e a seguir à atividade, é imperativo em termos de saúde que os alunos e professores lavem e desinfetem as mãos.
- No dia seguinte (sexta-feira) far-se-á a contagem, (devidamente protegidos como no dia anterior) com a participação dos alunos, de cada tipo de resíduos, para se poder fazer um gráfico circular, que fará parte do cartaz da turma, sendo dois exemplares de cada tipo de resíduo ou mais colocados em saquinhos com fecho, identificados com uma legenda escrita, com caneta de acetato nos próprios sacos.
1. Proceder-se-á mais tarde à elaboração de um cartaz em expositor próprio da escola. Esse cartaz leva em cima uma faixa com o nome do projeto, a identificação da turma e os ditos saquinhos. Em baixo colocaremos as fotografias da atividade e um texto coletivo, que pode ser mesmo com letra manuscrita. Para os quartos anos, sugere-se que não deve ter menos de 12 linhas. O texto deve ter por base os seguintes pontos:
1. O lixo é um problema? Porquê?
2. Quais as causas e consequências deste problema?
3. O que devemos fazer para melhorar a gestão dos resíduos?
4. Qual a origem dos resíduos encontrados?
5. Que resíduos apareceram em maior número? E com maior volume?
6. Como alertar as pessoas para este problema?