Escola Pátio da Inês (Marinha Grande)
Reportagem fotográfica das várias fases do projeto:
Grelha(s) de monitorização preenchida(s):
Painel:
Síntese da forma como decorreu o projeto:
Os alunos da Escola Pátio da Inês, especificamente a turma do 1º Ano, mostraram-se conscientes e preocupados com a questão ambiental do meio envolvente. Uma vez que nos anos anteriores houve muita preocupação da limpeza das praias do nosso concelho, este ano sentiu-se a necessidade de pesquisar e de observar mais aprofundadamente “De onde vem o lixo que chega ao Mar?”
Partindo desta questão foi realizada uma visita de estudo para conhecer o percurso de um dos rios do nosso distrito, o Rio Lis. Ao longo do curso do rio foi possível observar as plantas e animais que nele habitam, bem como as diferenças ao nível da qualidade da água e a quantidade de resíduos existentes.
O primeiro local da visita de estudo foi a nascente deste rio. A segunda paragem, a qual mereceu a nossa intervenção incidiu numa zona onde o rio já recebeu água de outros rios e onde é visível a intervenção humana, dado que passa pelo interior da cidade de Leiria. A recolha de resíduos ocorreu nesta zona. Uma vez que nos dias anteriores houve bastante pluviosidade, a zona de intervenção não registou tantos resíduos, uma vez que poderão ter sido levados pela corrente do rio.
Junto à Foz a poluição não foi muito visível, dado que no momento da visita, foi possível observar a Preia-Mar.
Com o lixo recolhido foi possível construir a pirâmide de resíduos, com a recolha dos objetos mais frequentes e insólitos encontrados no leito do Rio Lis.
Foi possível observar diferentes sedimentos visíveis nas diferentes amostras. No entanto, para uma análise aprofundada e com veracidade as diferentes amostras foram sujeitas a uma análise química e bacteriológica.
Estas recolhas demonstram que:
A análise química indica “Estas águas mineralogicamente parecem boas, não têm metais”.
A análise bacteriológica indica a presença da bactéria E. coli (Escherichia coli).
A bactéria E. coli (Escherichia coli) está presente no tracto intestinal e fezes de seres humanos e de animais de sangue quente. A presença de E. coli na água de consumo, juntamente com níveis elevados de nitratos ou cloretos, indica habitualmente contaminação por águas residuais (por ex., de fossas sépticas).
A E. coli produz uma toxina muito nociva, podendo causar danos graves. A infecção causa diarreia, frequentemente com presença de sangue e dores abdominais. Normalmente não é acompanhada por febre. Note-se que estes sintomas são comuns a uma variedade de doenças, podendo ser devidos a outras causas além da água de consumo contaminada. Os grupos de risco são as crianças com idade inferior a 5 anos, idosos e pessoas com doenças crónicas (USEPA).
Dada a análise bacteriológica é perceptível a presença desta bactéria nos diferentes pontos de recolha (nascente, cascata e foz).
Assim, a água proveniente directamente do Rio Lis não é própria consumo, ainda que a nascente apresente valores pouco significativos.
A água pode ser tratada utilizando cloragem, radiação ultravioleta, ou ozono. Todos estes tratamentos destroem ou desactivam E.coli. Os sistemas que utilizam águas superficiais devem recorrer à desinfecção para garantir que toda a contaminação bacteriana é desactivada, tal como E. coli.