Breve descrição
As aulas no Externato de Penafirme começaram a 3 de novembro de 1975.
Corolário de um caminho longo, feito de dúvidas, desejos, debates, negociações, receios, nervosismo, coragem e entrega, muita entrega, esse dia foi, também, o primeiro de uma segunda etapa da Escola: o tempo em que temos alunos, temos mestres e temos futuro a construir.
Com mais de quatro décadas de existência, tão variada quanto cada um dos seus mais de dez mil alunos e os tempos que lhe foram dados viver, somos hoje uma Escola viva, palco do milagre do amadurecimento das gerações. Continuamos a perceber-nos permanentemente convocados a ajudar crianças e jovens a alcançarem a estatura de Cristo, Homem pleno.
Recebemos nas nossas mãos frágeis a tarefa começada por outros e não queremos desperdiçar o tesouro de sabedoria, pacientemente tecida e valorosamente defendida durante tantos anos.
A todos os fundadores e continuadores, a todos os alunos de todos os anos, a todas as famílias que confiaram os filhos ao Externato de Penafirme, a todos os amigos e vizinhos que nos estimam, a todos os que nos vão procurar e nos pedirão que sejamos a sua Escola: somos o Externato de Penafirme!
A localidade onde está implantado o Externato, Póvoa de Penafirme, fica situada no litoral sul da união de freguesias de A dos Cunhados e Maceira, a cerca de 15 km de Torres Vedras.
O seu nome está ligado ao velho Convento de Eremitas de Santo Agostinho e a sua origem perde-se na bruma dos tempos. Póvoa é o nome comum a muitas terras de Portugal.
Penafirme significa rocha, penha ou lugar seguro. Já era assim designada no séc. IX aquando da fundação do primeiro convento erguido “no sítio chamado de Penafirme”.
Pela sua localização geográfica, a área circunscrita pelo Externato caracteriza-se, por um lado, pelas boas acessibilidades e pelo desenvolvimento dos setores económicos, em geral e, por outro, pela preservação da sua identidade rural, associada à qualidade ambiental e social.
Tal constatação explica o crescente fluxo imigratório nesta última década, que aqui se destina proveniente do êxodo urbano como também da migração externa com origem nos PALOP’s e, mais recentemente, nos países do leste europeu.
Enquanto os primeiros vêm essencialmente à procura de um local que lhes dê sossego, segurança e qualidade de vida, continuando em muitos casos a migrar pendularmente para a metrópole, os últimos procuram emprego na construção civil e / ou na agricultura, principalmente na horticultura. Assim se verifica um aumento da população absoluta e relativa registado nas últimas décadas nesta região.