A Bio e Geodiversidade da Minha Escola | Trabalhos 2023/24 – Desafio Alunos

Escola Secundária Jaime Moniz (Funchal)

Escalão: Escalão 3 - Secundário, Profissional e Superior

Ano de Escolaridade:
12º Ano

N.º de Participantes:
22

Páginas do Caderno de Campo:

Ficha de caracterização do solo:

Registo Fotográfico do desenvolvimento do trabalho:

Apresentação do trabalho:
O projeto “A Bio e Geodiversidade da Minha Escola”, foi planeado e foi desenvolvido ao longo do segundo e terceiro períodos, deste ano letivo, iniciando primeiro em 24 de janeiro, de 2024, com a vinda à escola da carrinha da GeoLab, do IFCN, atividade foi dinamizada pela Dra. Raquel Ramos, cujo tema foi: “Conhece as rochas da tua terra”, de forma a sensibilizar os alunos para a componente geológica da nossa região, a Ilha da Madeira, seguidamente promovemos uma excursão Geobotânica que foi orientada pelo curador de botânica do Museu de História Natural do Funchal, Dr. Juan Silva, e ainda nesta atividade aproveitamos para fazer uma visita de estudo ao Museu Rota da Cal, em São Vicente (costa norte). Outro evento, neste plano foi o convite do engenheiro geólogo, João Baptista, investigador da Universidade de Aveiro para realizar uma ação prática sobre a geologia da freguesia de Santa Maria Maior. E em fevereiro, com a inscrição dos alunos na plataforma "BioDiversity4All", no projeto criado para esta turma CEF6 C1: “O biótopo da Jaime Moniz”. Os objetivos do plano destas atividades foram: Documentar a biodiversidade da escola através de fotografias e ilustrações de plantas, animais. Promover o conhecimento sobre a importância do solo e dos seus organismos. Perceber que solo sem vida é geologia. Compreender que os dois sistemas não funcionam separadamente. Suscitar o interesse pelo conhecimento do solo. Relembrar os principais tipos de textura de um solo (argiloso, siltoso e arenoso). Relacionar a textura com a estrutura de um solo. Recordar o que são materiais aluvionares. Estabelecer relação entre solos de origem vulcânica e não vulcânica. Alertar para a importância de proteger os solos. Induzir o pensamento crítico em relação à conservação dos recursos naturais. Incentivar à participação de projetos ligados à natureza. Aprender que solos cuidados garantem boa qualidade dos alimentos, da água, do ar e da vida. Promover a consciência ambiental e a importância da biodiversidade na preservação dos ecossistemas. Conhecer a geodiversidade que rodeia a minha escola.
Na parte da biodiversidade foi feito primeiro a inscrição destes alunos na plataforma "BioDiversity4All", no projeto criado para esta turma denominado: O biótopo da Jaime Moniz. Após este registo, foi-lhes dada instruções de como instalar a aplicação móvel e fazer os registos das suas observações, no Sistema Androide e no Sistema IOS, segundo indicações de guias de identificação ou outros elementos bibliográficos e de aplicações móveis, como o iNaturalist /Biodiversity4All.
Esta etapa do trabalho foi organizada e implementado em duas partes, a primeira a da Biodiversidade, (1ª etapa) em que os alunos foram organizados em grupos e sair para o espaço exterior, de forma a evitar ruídos e afugentar alguns animais principalmente pássaros. Numa 2ª etapa, com a contribuição regular com observações e fotografias sobre a biodiversidade local.
Numa 3ª etapa: passaram à fase de investigação com a finalidade de reunir informação sobre as espécies que cada qual tinha submetido fazendo a seleção de uma espécie para caracterização individual, incluindo pesquisa sobre as suas características, habitat e importância.
Numa 4ª etapa: procederam à elaboração de ilustrações detalhadas das espécies selecionadas, criando assim, a página da espécie.
Nesta saída, usaram a app ìNaturalist e fizeram um primeiro treino sobre a melhor captura de imagens de flora e fauna para identificação na plataforma Biodiversity4All. Dois alunos por terem telemóveis que não funcionavam bem no exterior por razões diversas, justifica-se a não colocação no registo de observações das espécies a submeter para identificação, pelo que pediram aos colegas que fizessem por eles.
O término do projeto: “O biótopo da Jaime Moniz” foi em 22 de maio, dia da Biodiversidade. Nesta altura, o caderno de turma já se encontrava feito, porém a colocação de espécies na plataforma terminou deste dia. Neste projeto tivemos um total de 320 observações e identificação de 116 espécies. Destaca-se que as últimas fotos submetidas para observação, os alunos já revelavam ter um maior cuidado na qualidade das fotos, pois perceberam que para bem identificar, uma foto só não chega, é preciso que a mesma revele pormenores importantes no auxílio da classificação das categorias taxonómicas das espécies.
A componente Geodiversidade, através da promoção de um workshop sobre: “Como distinguir macroscopicamente as diferentes rochas magmáticas do arquipélago da Madeira” dado que vivemos numa região de origem vulcânica e consideramos importante conhecer as rochas da nossa região. Esta atividade foi dinamizada pela Dra Raquel Ramos, do IFCN, IP – RAM, que trabalha no GeoLab – Lab. Móvel Ciências da Terra. Esta atividade teve lugar no dia 20-01-24, em exclusividade para a turma CEF6 C1. Os alunos puderam ver e tocar nas amostras de rochas e fazer um trabalho de identificação com ajuda de uma chave dicotómica.
Na sequência da realização do workshop sobre “Como distinguir macroscopicamente as diferentes rochas magmáticas do arquipélago da Madeira”, foi-lhes facultado pela Dra. Raquel Ramos a carta geológica da Madeira, a qual nos ajudou a identificar a rocha-mãe do edifício da escola e do solo que a rodeia que são os seus jardins. Para tal foi feita uma ficha de caracterização do solo onde consta as informações solicitadas no projeto a Bio e Geodiversidade da minha escola e mais recentemente resumiu-se esse trabalho numa tabela.
A Excursão Geobotânica que foi orientada pelo curador de botânica do Museu de História Natural, Dr. Juan Silva, onde fomos para a floresta identificar algumas das plantas autóctones, endémicas e algumas invasoras.
No Museu Rota da Cal, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer os calcários fossilíferos existentes na região que são uma raridade, numa ilha de origem vulcânica como a nossa. E ainda a história da Rota da cal (indústria da produção de cal), de esculturas da pedra calcária peças religiosas e aplicação desta rocha nas construções de pessoas abastadas. Aqui, foi focada uma componente sociocultural muito importante relativamente à Rota da Cal.
Com a saída de campo ao Museu Rota da Cal e Roteiro na freguesia de Santa Maria Maior, os alunos perceberam a verdadeira aplicação das rochas vulcânicas como o tufo vulcânico (cantaria mole) e cantaria rija e outras rochas como as basálticas utilizadas na calçada de algumas ruas. Perceberam a origem das rochas da calçada portuguesa e da calçada madeirense, respetivamente magmáticas e sedimentares de origem detrítica (calhaus/seixos rolados) e de origem química (calcário) e ainda biogénicas (seixos de calcário fossilífero). As rochas que predominam em alguns dos espaços exteriores da escola e escadaria principal. Aprenderam sobre a origem das aluviões e ficaram a entender o porquê de a escola estar edificada em solo aluvionar.
Começamos por estudar as rochas que ornamentavam os pavimentos principais da escola, e escadaria principal. Em seguida fomos estudar as características do solo do JPAM, partindo do princípio de que estávamos na presença de um solo de origem aluvionar. Foi estudado as características físicas do solo e o pH, bem como a procura de seres vivos do solo como consta na grelha da ficha do solo.
A componente geológica foi trabalhada por um grupo liderava os trabalhos e solicitavam a participação dos colegas nas diferentes atividades havendo trabalho colaborativo entre os alunos.
O número de alunos envolvidos foram 22, segundo estes, o projeto sobre “A Bio e Geodiversidade, foi uma experiência educativa enriquecedora, proporcionando a oportunidade de explorar e entender melhor o mundo natural à sua volta. Através da informação e caracterização das espécies do espaço escola, desenvolveram um maior apreço pela biodiversidade e geodiversidade reconhecendo a importância de sua preservação e como o funcionamento destes dois sistemas se complementam na sustentabilidade dos ecossistemas.

Envolvimento dos alunos:
O número de alunos envolvidos foram 22, segundo estes, o projeto sobre “A Bio e Geodiversidade, foi uma experiência educativa enriquecedora, proporcionando a oportunidade de explorar e entender melhor o mundo natural à sua volta. Através da informação e caracterização das espécies do espaço escola, desenvolveram um maior apreço pela biodiversidade e geodiversidade reconhecendo a importância da sua preservação e como o funcionamento destes dois sistemas se complementam na sustentabilidade dos ecossistemas.
O trabalho realizado consta da criação de um caderno de turma com a ficha de cada espécie vegetal e/ou animal encontrados no espaço exterior da escola, uma ou em alguns casos duas espécies por aluno. O caderno da turma não reflete todas as espécies observadas e identificadas.
Além do caderno, consta deste trabalho uma ficha de caracterização do solo, de um dos Jardins da escola, o Jardim das Plantas Aromáticas e Medicinais (JPAM). Neste caso, fizemos duas fichas para a caracterização do solo, uma mais detalhada e outra, com o resumo da primeira.

Divulgação:
O trabalho foi apresentado no Conselho Eco-Escolas e partilhado através dos seguintes links:
https://online.fliphtml5.com/hdxsd/mcmo/
https://www.facebook.com/photo/?fbid=1396855121043212&set=a.1031309984264396
https://www.instagram.com/p/C7fLxWMo_kQ/
http://ecojaimemoniz.wordpress.com/2024/05/27/biodiversidade-da-minha-escola/