Escola Profissional Gustave Eiffel (Entroncamento)
Escalão: Escalão 3 - Secundário, Profissional e Superior
Digitalização da Ilustração:
Memória Descritiva:
As árvores chinesas, suas copas, seus troncos largos e entrelaçados, sazonalmente de galhos secos foram a grande motivação em torno da qual a ideia do projeto foi sendo desenvolvido. Da imagem de Bonsai, a paixão pela cultura oriental refez a ideia de uma estrutura de árvore milenar, com copa tão alta que ao tocar diferentes níveis de atmosfera, tomavam a imagem se encontrar ao nível das nuvens. De cima, todos poderiam ser cuidados.
A casa deveria ser tripartida:
• uma área no topo de uma das copas, de vigia e/ou meditação, onde o Ecolápis poderia repensar em todos os “riscos” que este tinha registado de forma espontânea / abstrata ou mesmo naturalista,
• uma área de trabalho mais isolada, onde o silêncio da noite fizesse ecoar o canto ou esvoaçar dos medos de algo de mal a aproximar-se,
• e, uma área habitável plena de coisas próprias de quem habita sozinho.
Ele assumiu-se como o guardião daquela floresta. Longe da luz do dia apenas o brilho da cor emitida pelas nuvens lhe permite executar algumas práticas de desenho. Tal como na lenda do “Curupira”, no Brasil, também aqui o Ecolápis voltou seus pés em direção contrária, caminhando com pés nessa nova posição, assustando quem ousar fazer mal à floresta.
Esta sua característica física, permite-lhe a lentidão necessária para percorrer os acessos entre os diferentes espaços, alcançando a sua casa -mães sem que algum barulho ecoe por entre a floresta.
Aliás, muitos dos seres habitantes desta floresta questionam acerca das atividades do Ecolápis, acerca do modo como ele comunica. É com muita curiosidade que outros espreitam para poder observar o Ecolápis, mas na verdade seus movimentos e seus desenhos acontecem apenas durante a noite , quando todos aproveitam para descansar e apenas aqueles cujas preocupações e ansiedades os impedem de descansar conseguem receber por pensamento telepático os registos desenhados que o Ecolápis lhes mostra com ajuda do brilho das copas/nuvens coloridas, este é aliás o seu grande poder!
Localizada no centro da floresta, com a sua forma orgânica esta árvore deveria assumir tal como ele, muito ligado às suas raízes, a casa do Ecolápis situa-se sempres numa copa sobre tronco largo com raízes fortes expostas em relevo sob o solo, estratégia que sua avó ensinou de modo a dificultar o acesso a esta árvore para todos os seres com pés em posição tradicional. Já para seres com pés tipo “Curupira” seria mais fácil, pois nunca bateria primeiro com os pontas dos dedos!
Tal como o seu corpo, o tronco da árvore da sua casa mãe assumiria uma tonalidade castanho avermelhado distinguindo-se do brilho das nuvens que de noite se convertem em copas de luz.
Este projeto foi sendo desenvolvido, inicialmente com poucos registos de cor, muito lápis de grafite aguarela, muitos marcadores Pincel da Faber-Castell e dos lápis de cor Black Edition Cartão, sobre suporte papel 120gr formato A3 estreito.
Breve descrição dos elementos naturais escolhidos para a casa do Ecolápis e o porquê a sua escolha:
Assente, sobre esta árvore os planos das paredes desta casa são construídos em madeira e troncos secos entrelaçados, de tons castanho avermelhados como os troncos originais da árvore. A cobertura em madeira de tons mais claros para refletir o calor e assim ser possível habitar durante o dia a fresquidão da floresta ruidosa.
A inclinação da cobertura, permite sempre obter água necessária para que seus desenhos consigam esbater cores sob a forma de aguadas.