Memória Descritiva:
Considerando o desafio de criar uma EcoCasa, um edifício sustentável construído sobre a estrutura natural de uma árvore, os alunos do 3.º ano do Colégio Oceanus relembraram e debateram, primeiramente em grande grupo, as aprendizagens desenvolvidas na disciplina de Estudo do Meio sobre as diferentes árvores e as suas respetivas características. 
Posteriormente, em articulação com a área curricular de Artes Visuais, os alunos realizaram um projeto de observação do trabalho desenvolvido pela arquiteta/ilustradora Ana Aragão. Esta artista, dá vida às suas anagrafias (como carinhosamente nomeia as suas obras), com a cidade do Porto a servir-lhe de pano de fundo. Assim, o trabalho desenvolvido pela artista (formas, linhas e casa como identidade) serviu de ponte para a criação da casa da árvore de cada aluno.
Terminada esta primeira exploração e criação individual, os alunos formaram, em seguida, grupos de quatro elementos cada, de forma a incorporarem a sua criação individual numa “obra” conjunta, selecionando para tal os materiais que consideraram necessários.
Concluída esta fase do projeto, emergiu a necessidade de cada grupo efetuar uma apresentação à turma do seu trabalho, ressalvando as características do mesmos.
Posto isto, foi realizada uma eleição, com o objetivo de se chegar ao trabalho final.
Para esta construção os materiais utilizados foram: lápis de grafite, lápis de cor, lápis de cera, pastel de óleo e aguarelas. 
importa também mencionar que os diferentes trabalhos elaborados nas distintas fases deste projeto foram expostos para a toda a comunidade educativa, no Dia da Família, realizado no mês de maio.

Breve descrição dos elementos naturais escolhidos para a casa do Ecolápis e o porquê a sua escolha:
Para a planificação e construção da EcoCasa, privilegiamos a criação de alguns elementos da natureza, nomeadamente a própria árvore, as suas folhas, uma cascata e o vento.
Primeiramente, no que concerne à árvore, e sendo o objetivo principal do concurso a realização de uma casa na árvore, a escolha dos alunos do 3.º ano teve como principal objetivo evidenciar a árvore como um elemento essencial ao bem-estar humano, reforçando a importância que a mesma tem para muitos seres vivos, devido ao facto de ser o habitat de inúmeras espécies, promovendo, assim, a biodiversidade.
Por sua vez, as folhas foram representadas o intuito de evidenciar que o local onde a árvore foi plantada é um local com uma boa conservação ambiental. Tal escolha deve-se ao facto da variedade e a saúde das folhas numa determinada área poderem ser indicadores da qualidade do ar e do solo, promovendo, assim, a importância da biodiversidade e da conservação ambiental.
Não menos importante, salientamos a relevância da criação da cascata. Este elemento da natureza teve como principal objetivo simbolizar a importância dos recursos hídricos renováveis. De facto, as cascatas representam o ciclo natural da água, essencial para a sustentabilidade dos ecossistemas. Por outro lado, as cascatas também podem ser associadas à geração de energia hidrelétrica, uma fonte de energia limpa e renovável que reduz a dependência de combustíveis fósseis.
Por último, no que concerne ao vento (representação do ar), pretende sugerir a importância de modos de transporte sustentáveis, como bicicletas e veículos elétricos, que reduzem as emissões de gases poluentes.
Por fim, gostaríamos de reforçar que, apesar de não serem elementos da natureza, foi intencionalidade a criação de barcos, não só pela ligação à água, mas também com o objetivo de refletir o trabalho feito pela arquiteta Ana Aragão e a sua ligação à cidade do Porto e ao rio Douro. O mesmo acontece com as casas e a sua comunidade (casas da Ribeira do Porto).