Memória descritiva:
O Centro Escolar de Alcanede é uma eco-escola, desde a sua inauguração, em 2010.
Por este motivo são desenvolvidas diversas atividades de consciencialização para a proteção do ambiente e gestão de recursos. Tendo este estabelecimento, mais de 200 alunos, verifica-se a existência de muito material de escrita (canetas de feltro, canetas de quadro branco, esferográficas, …), gasto. Por este motivo, a sala C do pré-escolar decidiu participar no desafio “RETURN BOX”.
O grupo da sala C é composto por 20 crianças, entre as quais, uma com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA).
Foi feita uma experiência que consistiu na retirada da carga e do bico de algumas canetas de feltro, e sua colocação dentro de frascos com água. As crianças ficaram muito admiradas ao observar que as referidas cargas ainda têm tinta e que esta se dilui na água, dando-lhe cor. As crianças concluíram que, se este material for depositado em lixeiras, a sua tinta poderá será absorvida pela terra quando chove e, consequentemente, ir parar aos rios e oceanos. Decidiram então representar este problema através de uma baleia a expelir o ar quente que, em contacto com a atmosfera fria, se condensa, formando um arco-íris de gotículas de água, simbolizando a tinta que vai parar ao mar.
As crianças de 3 e 4 anos pintaram a base do cartaz com a tinta das cargas das canetas diluída na água e o arco-íris. Cada criança de 5 e 6 anos desenhou uma baleia, que depois foi a votação por todo o grupo, tendo sido escolhida para o cartaz, a que obteve mais votos. Também estas crianças desenharam e recortaram as canetas (que largaram a tinta), nas cores do arco-íris e colaram-nas do lado direito do cartaz, simulando o seu depósito na “RETURN BOX”.
Simbolizando o seu amor pelo ambiente, duas crianças desenharam o planeta Terra e um coração, que quiseram colar nos cantos superiores do cartaz.
Uma vez que o nome dos eco-pontos existentes no nosso país, acabam com o ditongo “ÃO”, resolveram chamar à “RETURN BOX”, canetão. O slogan foi criado em grande grupo e, traduzido para o Sistema Pictográfico de Comunicação (SPC), de modo a que todas as crianças, incluindo a criança com autismo o pudessem “ler”.
Após ter recorrido a várias lojas da especialidade, para digitalizar o cartaz, tal não foi possível, devido ao seu tamanho, ao tipo de papel utilizado e às colagens que contém, pelo que se envia fotografia do mesmo.