Escola Básica e Secundária Soares Basto (Oliveira de Azeméis)
Escalão: Escalão 2 - Escolas do 2º e 3º Ciclo
Regulamento:
Vídeo dos testemunhos:
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Fotografias:
Memória descritiva:
Considerando que brincar é uma das etapas mais importantes da nossa vida, pois desenvolve vários componentes como a coordenação motora, a interação com outras crianças, e o desenvolvimento cognitivo, decidimos implementar o projeto de PAP com o Recreios com Vida, do Eco-Escolas, uma vez que esta interação foi relevante para a realização e aprofundamento do projeto. A dinamização dos recreios foi implementada, por nós, com a colaboração dos nossos colegas do 12ºG e também ocasionalmente do 10º K e L, ao longo de 3 meses, todas as quartas-feiras no período da manhã. Acreditamos que quanto mais pessoas aprofundarem este tema, tão importante para a sociedade e principalmente para as próximas gerações, mais depressa iremos alcançar uma melhoria face à vontade das crianças em relação aos intervalos dinâmicos, tanto mais que as escolas começaram a restringir o uso de aparelhos eletrónicos.
A nível do desenvolvimento cognitivo, ao brincar as crianças desenvolvem a imaginação, a memória e alguma resolução de problemas. A coordenação motora, com o brincar, é importante no fortalecimento dos músculos e na coordenação e equilíbrio. A interação com outras crianças é um dos pontos mais cruciais no ato de brincar durante a infância, pois ajuda as crianças a interagir com outras pessoas e ao compartilhar histórias estimula a imaginação para criar novas atividades. Por fim, o brincar é a forma mais natural e eficaz de aprender. Ao explorar o mundo através do jogo, a criança adquire conhecimentos sobre si mesma, sobre os outros e sobre o ambiente que a cerca.
Segundo o professor Carlos Neto “As crianças precisam brincar para serem felizes e equilibradas.”. Podemos afirmar que a felicidade e o bem estar não se constrói só no sucesso escolar, mas também no tempo que passamos a brincar, pois sabemos que o brincar ajuda no bem estar e no desenvolvimento físico e psicológico. Este autor, também tem alertado para o declínio do tempo e espaço dedicado ao brincar ao ar livre, defendendo que as crianças de hoje têm menos oportunidades para brincar do que as gerações anteriores .
Quanto aos jogos escolhidos para dinamizar os recreios, macaca, tiro às latas, corrida de sacos, jogo da cadeira, jogo dos três pés, jogo da colher, jogo da corda e jogo do galo adaptado, são essencialmente jogos com regras. Consideramos que os jogos de regras, que são geralmente implementados a partir dos 7 anos, porque as crianças já começam a perceber, que os jogos que gostam de jogar, devem ter regras que têm de ser cumpridas para o jogo correr dentro da normalidade Estas, promovem o bom senso, o respeito e o convívio entre os jogadores. Os jogos de regras são jogos de combinações sensoriomotoras, como os jogos tradicionais ou de combinações intelectuais, como cartas e xadrez. As regras estimulam uma maior concentração no jogo e ao mesmo tempo regulam o comportamento das crianças. Contudo, o jogo de regras só aparece quando a criança deixa a fase egocêntrica e passa a ser social, desenvolvendo os relacionamentos sócio afetivos que se prolongam por toda vida. Como íamos implementar os jogos para os alunos do 2º ciclo e também ocasionalmente para o 1º ciclo, optámos por muitos jogos de regras. Por outro lado, consideramos que os jogos tradicionais e brincadeiras ao ar livre, são fundamentais para o seu desenvolvimento e crescimento, e ajudam, a valorizar a diversidade cultural ligando as crianças às tradições da comunidade e à história do seu povo. “Os jogos tradicionais podem ser definidos como atividades lúdicas, recreativas-culturais praticadas por crianças, jovens e adultos, as quais são perpetuadas ao longo de gerações pela oralidade, observação e imitação" (Bragada, 2002).