Desafio Recreios com Vida

Enquadramento

O projeto “Recreios com Vida” visa transformar o espaço exterior da escola — o recreio — num local mais rico, inclusivo e dinâmico. Através da implementação de atividades, jogos e dinâmicas, preferencialmente jogos tradicionais e novos jogos de autoria da escola (com materiais reutilizáveis), este projeto pretende promover a atividade física, a interação social e a prevenção de comportamentos de bullying, resgatando a cultura lúdica e valorizando a criatividade e a sustentabilidade.

 

Atividade Recreios com Vida
Descrição do projeto

Reside na dinamização frequente de jogos (tradicionais e lúdicos) no recreio. O principal é a criação e organização de uma Brigada dos Recreios com Vida, composta por alunos. Adicionalmente, as escolas devem conceber uma atividade/jogo da sua autoria, dando preferência a jogos coletivos e utilizando materiais reciclados ou reutilizáveis na sua construção.

Metodologia
  • Seleção da Brigada: escolher um conjunto de alunos (uma turma ou grupo de alunos voluntários) para constituir a Brigada dos Recreios com Vida.
  • Formação/Preparação: investigar acerca dos jogos tradicionais e formar a Brigada nas suas regras e nas dinâmicas de inclusão/prevenção de bullying.
  • Planeamento da Ação: definir o calendário para criação do jogo, frequência de atuação da Brigada (ex: semanal); agilizar os materiais necessários.
  • Criação do Jogo: a Brigada (grupo de alunos) deve conceber e construir um novo jogo coletivo/atividade recorrendo tanto quanto possível a materiais reutilizáveis.
  • Implementação: a Brigada será responsável por dinamizar e supervisionar a execução das atividades e jogos previstos no espaço do recreio, com a frequência definida.
  • Monitorização e ajuste: avaliar periodicamente o impacto e a participação dos alunos, ajustando as atividades conforme necessário.
  • Divulgação: promover as atividades da Brigada e o jogo criado, junto da comunidade escolar.

 

Concurso | Regulamento
Características do trabalho

Cada escola pode e deve dinamizar várias iniciativas relacionadas com projeto, os jogos tradicionais, a criação de novos jogos e a atuação da Brigada.
Contudo para a participação no concurso apenas poderão apresentar um trabalho.

Elementos para o concurso
  • Guião/Regulamento do Jogo Criado: documento .pdf que deve incluir as regras claras e os materiais necessários à sua concretização.
  • Fotografias: máximo de 8 fotografias (legendadas) que documentem:
    – A dinâmica do projeto (Brigada em ação).
    – O jogo criado pela Brigada.
  • Descrição da Brigada: preenchimento da informação na plataforma, incluindo os seguintes aspetos:
    – Número e nível de escolaridade dos alunos envolvidos.
    – Forma como foram envolvidos os alunos
    – Frequência de atuação da Brigada dos Recreios Com Vida
    – Número de atividades dinamizadas durante o ano Tipo de atividades dinamizadas

Informação opcional (mas valorizada)

  • Vídeo: Máximo de 1 minuto, com pelo menos 3 testemunhos de alunos sobre a importância da dinamização da atividade (opcional, mas valorizado).
  • Documento .pdf: com referência a outros jogos dinamizados pela Brigada para além do que foi criado (pode incluir texto e imagens)
Critérios de avaliação

A avaliação dos trabalhos submetidos terá em atenção os seguintes critérios:
Clareza das regras do guião e da sua apresentação em vídeo (embora o vídeo seja opcional);

  • Criatividade e originalidade do jogo apresentado;
  • Envolvimento dos alunos em todo o projeto;
  • Ações e frequência das atividades da Brigada dos Recreios;
  • Criação/manutenção de elementos/equipamentos permanentes no recreio.

Critérios bónus:
– Testemunhos dos alunos (vídeo);
– Evidências de implementação de outros jogos tradicionais.

Consulte

Na Minha Rua… Jogos Tradicionais

100 Jogos para uma Escola Ativa – Brincar a Jogar para Exercitar!

Júri

ABAAE e Instituto de Apoio à Criança

Prémios

Kit Recreios com Vida contendo vários jogos

Prazos

Apresentam-se abaixo as datas-limite para:

  • Inscrição da escola:  28 de fevereiro 2026
  • Submissão dos trabalhos a concurso: 1 de junho 2026
  • Divulgação dos premiados: julho 2026
  • Entrega de prémios: mês de outubro no Dia das Bandeiras Verdes 2026
Parcerias

IAC – Instituto de Apoio à Criança

Quem pode participar

Escalão 1 – Jardim de Infância e 1.º ciclo.
Escalão 2 – 2.º ciclo e 3.º ciclo.

Objetivos
  • Promover o enriquecimento e a diversificação das atividades, e dinâmicas no recinto escolar;
  • Procurar envolver ativamente diferentes alunos da escola, implementando uma prática inclusiva;
  • Sublinhar a importância da preservação dos jogos tradicionais como património cultural;
  • Motivar a escola a desenvolver estratégias para a inclusão de todos os alunos e para a prevenção do bullying;
  • Proporcionar novos espaços de convívio e sensibilização ambiental entre a comunidade escolar;
  • Constituir a Brigada dos Recreios com Vida com alunos selecionados/voluntários;
  • Assegurar uma ação periódica da Brigada (sugestão: 1 vez por semana);
  • Agilizar e disponibilizar as condições materiais (ex: bolas, cordas, giz) para a realização dos jogos;
  • Criar um jogo/atividade original de autoria da escola, valorizando o uso de componentes reutilizáveis;
  • Divulgar e promover as atividades e o jogo criado junto da comunidade escolar.
Competências e aprendizagens
  • Cidadania e Participação: ao exigir dos alunos o sentido de responsabilidade, o espírito de iniciativa e o voluntariado, especialmente nos membros da Brigada dos Recreios com Vida.
  • Comunicação e Cooperação: a dinamização dos jogos e a organização do recreio implicam a interação e a gestão de conflitos entre os participantes, bem como a necessidade de a Brigada clarificar e ensinar as regras dos jogos aos restantes colegas.
  • Raciocínio e Pensamento Crítico: pois os alunos são desafiados à resolução de problemas inerentes às situações de jogo, à análise das regras e, em particular, à adaptação e criação de novos jogos, o que exige criatividade e lógica.
  • Consciência e Domínio do Corpo: através da promoção da atividade física e do desenvolvimento de diversas habilidades motoras em contextos variados.
  • Sustentabilidade: pelo incentivo à reutilização de materiais e ainda pela prática dos jogos tradicionais ao valorizar o património cultural imaterial, promovendo uma forma de lazer sustentável, simples e inclusiva.
Relação com os ODS

Corrida de Sacos


Berlinde

A concretização do projeto implica a conjugação de sinergias entre alunos, professores e funcionários escolares, caso necessário.

Jogos (exemplos para inspiração)

Corrida de Sacos

Material: Sacos de serapilheira ou plástico grosso, em número igual ao dos participantes.
Jogadores: número variável.
Jogo: é marcado um percurso no chão com uma linha de partida e uma meta. Todos os concorrentes se colocam atrás da linha de partida. Ao sinal de partida, cada um entra para dentro do seu saco, segura as abas com as mãos e desloca-se em direção à meta. Ganha aquele que chegar primeiro. Variantes: Equipas de três jogadores, colocando-se dois, lado a lado, o terceiro enfia as pernas nos sacos onde os outros já se encontram metidos (um em cada saco), abraçando-os. As restantes regras são iguais às da corrida individual. Todos estes jogos são passíveis de sofrerem adaptações, consoante o material que temos disponível, o terreno a utilizar; o número de jogadores e a própria imaginação das crianças que é sempre de explorar.   

Macaca

Material: 1 pedra lisa ou um objeto semelhante, e tintas ou algo que dê para desenhar a macaca no chão.
Jogadores: número variável.
Jogo: atire a pedra/objeto para a primeira casa e quando se começar a jogar salta-se ao pé-coxinho, saltando a casa onde está a pedra. Faz-se o mesmo para todas as casas até ao fim da macaca. Depois começa outro jogador. Quando a pedra sair fora muda-se de jogador. Este jogo tem como objetivo deitar a pedra dentro de cada casa, saltar a casa onde está a pedra sem a pisar, saltar as casas ao pé-coxinho e apanhar a pedra sem cair e não pisar as riscas.

Corrida do “ovo” na colher

Materiais: colher e bola de ping-pong, podem substituir os materiais desde que cumpram com as suas funções.
Jogadores: número variável. A corrida do ovo na colher precisa de no mínimo dois participantes. Mas o melhor é ser jogado em equipas.
Jogo: Defina o ponto de partida e de chegada.  Os primeiros participantes da equipa deverão ter as colheres na boca ou na mão com um “ovo” em cada. A largada é dada e todos podem começar o percurso em direção à chegada, onde o “ovo” deve ser entregue ao outro participante, até que se chegue na última pessoa.  A equipa que realizar primeiro a tarefa é vencedora. Para tornar mais desafiante, o jogo, podem acrescentar obstáculos no percurso.

Telefone sem fio – “História”

Telefone estragado é um jogo baseado na passagem de uma frase ou palavra numa corrente de pessoas. Neste fazemos o desafio de criarem uma história relacionada com o ambiente (tem de ser curta) de forma a que seja possível comparar a original com o resultado final do jogo.

Uma das regras do jogo é que o segredo não pode ser repetido ao ouvinte da vez.

Por esse motivo é comum a história ser mal-entendida e por isso passado aos demais ouvintes de forma cada vez mais deturpada, chegando totalmente diferente ao ouvinte final, e isso é o que torna a brincadeira divertida.

Pode ser jogado por um grupo ou por mais, criando uma competição de quem se mantém mais fiel à história.

Jogo da tração com corda em linha

Material: 1 corda e 1 lenço (deverá estar atado a meio da corda).
Jogadores: 2 equipas com o mesmo número de jogadores cada uma.
Jogo: num terreno plano e livre de obstáculos, duas equipas com forças equivalentes, seguram, uma de cada lado e à mesma distância do lenço, uma corda. Entre as equipas, antes de começar o jogo, traça-se ao meio uma linha no chão. O jogo consiste em cada equipa puxar a corda para o seu lado, ganhando aquela que conseguir arrastar a outra até o primeiro jogador ultrapassar a marca no chão. É também atribuída a derrota a uma equipa se os seus elementos caírem ou largarem a corda. Não é permitido enrolar a corda no corpo ou fazer buracos no solo para fincar os pés.