As Aves Que Nos Rodeiam
Integrado nos temas do ano letivo 2020-2021, Ar e Espaços Exteriores, este projeto tem como principal objetivo dar a conhecer e promover a ação pela proteção da biodiversidade que nos rodeia no dia-a-dia, dando particular enfoque à diversidade de aves.
O desafio lançado às Eco-Escolas será o de atrair a diversidade de espécies de aves para um espaço que frequentam regularmente (recinto escolar, um jardim, etc), através da elaboração de comedouros e/ou bebedouros, realizar a observação das mesmas e dar a conhecer à comunidade escolar e local estas espécies.
Objetivos
- Contribuir para a ligação à natureza pela comunidade educativa e promover a sua cidadania ativa e pensamento crítico
- Conhecer e dar a conhecer a diversidade de aves que “visitam” os espaços exteriores regularmente frequentados
- Desenvolver um projeto de aprendizagem ativa em trabalho de campo
Metodologia
Fase 1. Atrair as aves: comedouros e bebedouros
Os comedouros para aves podem ser úteis para ajudar algumas espécies a sobreviver em épocas do ano nas quais o alimento é mais escasso na natureza, como por exemplo durante o inverno. Esta situação é mais evidente nos países do Norte da Europa, em que muitas regiões ficam cobertas de neve no outono e inverno, o que condiciona muito o alimento disponível para as aves. No nosso país os invernos são mais amenos pelo que as aves quase sempre têm alimento disponível todo o ano. No entanto, a construção de um comedouro pode ser uma boa atividade lúdica que, para além de ajudar as aves permite aos alunos aumentarem o seu conhecimento sobre as espécies mais comuns da sua região e terem um maior contacto com as mesmas. A utilização de comedouros potencia ainda a observação das espécies de aves no recreio da escola e a responsabilização e envolvimento dos participantes na conservação das mesmas, sendo por isso uma boa ferramenta para a prática da Educação Ambiental.
Data proposta para realização: outono e inverno
Objetivos
- Dar a conhecer as aves que nos rodeiam
· Fomentar o interesse pela observação de aves em alunos e professores
· Criar modelos de comedouros simples que podem ser replicados pelos alunos em suas casas
· Promover a proteção da biodiversidade animal
· Promover a reutilização de materiais
Material
- Pacotes de leite
· Cordel ou fio resistente
· Tesoura ou X-ato
· Laranjas, agulha grossa e fio de lã
· Comedouros para aves: construção e manutenção (Anexo 1)
· Ficha de monitorização do comedouro (Anexo 2)
· Alimento adequado às aves (ver anexo 1)
Construção e colocação do comedouro
- Antes de realizar a atividade, recomenda-se fazer uma introdução sobre as aves mais comuns que podem ser observadas na região e que utilizam comedouros. Para tal, pode consultar a bibliografia aconselhada no final da página.
- De seguida, dê início à construção do comedouro com os alunos. No anexo 1 encontra indicações de construção de dois tipos de comedouros, um feito com material reutilizado (caixas tetra-pack) e outro com materiais orgânicos (laranjas). No entanto, encontra muitas ideias diferentes na internet que pode também construir com os seus alunos.
- Podem contruir apenas um comedouro, ou vários, conforme o que considerarem mais adequado.
- Faça uma demonstração da construção do comedouro passo a passo. No final, podem personalizá-lo, decorando-o com folhas, troncos, cordel e outros elementos, de forma a dar-lhe um aspeto mais natural, para que se confunda com o meio onde vai ser colocado.
- Após a construção, proceda à colocação do(s) comedouro(s) no espaço escolhido.
5.1. O comedouro deve ser colocado numa zona visível, que permita a observação da estrutura, bem como a sua limpeza e a colocação de alimento. É preferível colocá-lo em árvores que se encontrem em zonas menos frequentadas, garantindo sempre que esteja fora do alcance de possíveis predadores que possam atacar as aves que o visitam. - Sugere-se que seja colocado também um bebedouro para as aves, próximo dos comedouros. Todas as aves precisam de beber água, especialmente no verão, ou em tempo muito seco, e por vezes, nas cidades, não têm acesso a locais onde possam fazê-lo. Muitas utilizam, também, os bebedouros para se lavarem, o que constitui sempre um espetáculo interessante. Como tal, sugere-se colocar o um bebedouro num local que mimetize as condições naturais, numa zona ensombrada com alguma vegetação (para que a água se mantenha fresca). Pode colocar-se no chão, caso o local seja seguro, ou num local mais elevado mas estável (e que permita a reposição da água e manuseio). O bebedouro não deve ser profundo nem ter extremidades abruptas para evitar que as aves pequenas caiam e/ou se afoguem, pelo que uma tigela de bordas baixas ou um prato de vaso podem ser os bebedouros ideais.
- Depois é só colocar comida e água e esperar que as aves o visitem!
- Tanto o comedouro como o bebedouro, devem ser limpos regularmente, retirando-se todos os restos de comida e lavando (só com água), pois se a comida se estragar e criar bolor pode ser prejudicial às aves. A água do bebedouro deve manter-se fresca e límpida.
Para mais informações sobre alimentos adequados às aves e manutenção do comedouro/bebedouro consulte o anexo 1 e os sites da bibliografia.
[Atividade adaptada do Guia de Educação Ambiental da SPEA (Atividade 4 – Sessão 1)]
Fase 2. Conhecer as aves: observação
Após a colocação do comedouro, realize uma primeira sessão de observação das aves que o visitam com os seus alunos, demonstrando como devem preencher a ficha de monitorização (Anexo 2).
- Os alunos devem ser divididos em pequenos grupos e a observação do comedouro realizada por um grupo de cada vez, para não afugentar as aves que o utilizam.
- Antes de iniciar as observações, é importante explicar aos alunos como devem proceder:
-
- Realizar as observações a partir de um local relativamente afastado do comedouro, para não perturbar ou afugentar as aves;
- Ficar em silêncio, para conseguirem fazer as observações;
- Utilizar binóculos, se possível;
- Realizar períodos de observação de 10 a 15 minutos e anotar tudo o que observam na ficha de monitorização do comedouro;
- Tentar identificar as espécies com o apoio de um guia de aves.
- Após esta primeira sessão, faça outras com os seus alunos, com uma regularidade semanal ou quinzenal, e em diferentes períodos do dia para analisar as diferenças.
- Em cada período de observação realizado deve ser preenchida uma nova ficha de monitorização.
- Para a identificação das espécies de aves observadas, sugere-se a utilização dos guias indicados na bibliografia e a consulta do website Aves de Portugal (http://avesdeportugal.info/index.html), onde encontra informação sobre inúmeras espécies incluindo descrição, fotografias e locais onde ocorrem.
- Se possível, fotografar as espécies a interagir com o comedouro/bebedouro.
- No final da(s) sessão(ões) de monitorização, deve ser realizada a identificação de todas as espécies observadas, preenchendo, para cada uma delas, uma ficha de identificação conforme o ficheiro .ppt que pode descarregar aqui.
Para a apresentação final do inventário, siga os seguintes passos:
1- criar um slide por cada espécie
2- montar em cada slide as 2 imagens e as restantes informações solicitadas
3- após estar concluído o .ppt, gravar novamente utilizando a opção gravar como imagem para todos os slides
(o programa cria uma pasta com uma imagem de cada slide)
4- carregar na plataforma para cada espécie, a imagem do slide.
[Atividade adaptada do Guia de Educação Ambiental da SPEA (Atividade 4 – Sessão 2)]
Fase 3. Divulgar as aves/ os resultados
Após a monitorização dos comedouros e registo das espécies observadas, pretende-se que os alunos comuniquem o seu trabalho na escola e na comunidade. Podem recorrer a diversas formas: exposição de desenhos das aves ou de fotografias, representação das espécies em 3D, elaboração de um conto/uma história e apresentação da mesma, criação de um painel informativo sobre as aves mais comuns do jardim da escola, ou organização de uma atividade de observação de aves na escola com a associação de pais e encarregados de educação, entre outros.
Opcional: A partilha de dados, iniciando os alunos nos projetos de citizen science (ciência cidadã), através do seu registo na plataforma online global de registo de observação de aves- o eBird (versão portuguesa PortugalAves/eBird – http://ebird.org/portugal/home).
Destinatários:
Todos os graus de ensino. O Projeto pode ser realizado por crianças e jovens de qualquer idade.
Prazos
Inscrição na atividade na Plataforma Eco-Escolas: Até 28 de fevereiro de 2021
Submissão dos trabalhos: Até 11 de junho de 2021
Destinatários
Todos os graus de ensino. o Projeto pode ser realizado por crianças e jovens de qualquer idade.
Projeto em parceria com:
Com o apoio:
Inspiração
Ligações úteis
SPEA. 2018. Manual de Atividades para envolver as escolas na conservação das aves e seus habitats.
Catry, P. & Campos, A. R. (2010). Guia das Aves Comuns de Portugal (2ª ed.). Lisboa: Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.
Costa, H., de Juana, E. Varela, J. (2011). Aves de Portugal. Incluindo os arquipélagos dos Açores, da Madeira e das Selvagens. Barcelona: Lynx Editions.
Aves de Portugal – O Portal dos Observadores de Aves (2008).
SPEA/BirdLife International (2010). Alimentar as aves em época de escassez de comida(Spring Alive).
Câmara Municipal de Lisboa/Lisboa e-nova (Eds)(2015). Guia Ilustrado de 25 Aves de lisboa.
Aves dos Jardins da Gulbenkian: Publicação online e Livro.