Memória descritiva:
Hoje em dia o telemóvel tem uma forte presença nas nossas vidas e, particularmente na vida estudantil. São utilizados por todas as faixas etárias particularmente pelas mais jovens permitindo-lhes realizar variadas tarefas e aceder a informações com rapidez e, na maior parte das vezes, fidedignas.
Mas o uso do telemóvel em excesso pode levar à dependência, tirando capacidades sociais e de comunicação e limitando os relacionamentos interpessoais.
Atento a esta realidade, o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, criou um projeto para combater esses vícios e incentivar os alunos a reduzir o uso do telemóvel, promovendo um conjunto de atividades físicas e culturais que proporcionam os alunos momentos de convívio e um passatempo diferente ao de estar no telemóvel.
Os intervalos das aulas são animados com pequenos momentos musicais de vários instrumentos que são compostos por ensembles de sopros, harpas, guitarras e alunos de piano, classes de ballet, jogos tradicionais e atividades desportivas, em que se disponibilizam materiais, tais como, bolas de futebol, redes de vólei e badmington, raquetes de ping-pong, entre outros. Estas atividades espalham-se pelos vários espaços do conservatório (recreio do primeiro ciclo, átrio, lago, bufete, anfiteatro exterior, área exterior da biblioteca).
O “Dia sem Telemóvel” tornou-se um hábito no Conservatório. Para além de contribuir para a saúde e o bem-estar dos alunos, são dadas oportunidades para se relacionarem de uma forma mais pessoal e comunicativa; desenvolvendo a parte afetiva e dando a possibilidade de poderem realizar outros tipos de atividades e desenvolver outras competências. Caso tivessem o telemóvel, ficariam grande parte do tempo “prisioneiros" deste dispositivo, visualizando informações pouco interessantes e repetitivas, mas viciantes. Os alunos descobriram que podem passar os intervalos de uma forma divertida sem usar o telemóvel. Esta atividade tem sido revestida de sucesso uma vez que já há alunos que preferem ocupar os seus intervalos diários de formas mais lúdicas. Podemos já afirmar que: Há vida nos nossos Recreios!