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Resumo da comunicação “Biodiversidade: os morcegos”
Luísa Rodrigues
ICNB – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P.
Depart. de Conservação e Gestão da Biodiversidade - Unidade de Espécies e Habitats
R. de Sta. Marta, 55 – 1169 – 230 Lisboa, Tel. 21 350 79 00, fax 21 350 79 84,
E-mail geral: icnb@icnb.pt; portal: www.icnb.pt
Seminário Nacional Ecoescolas 2011, Guarda, 4 de Fevereiro 2011
Em Portugal são actualmente conhecidas 27 espécies de morcegos, 25 das quais no território continental. O estatuto global de ameaça de parte relevante das espécies de morcegos da Europa levou a que fossem sujeitos a protecção por legislação diversa. Para além de legislação nacional os morcegos portugueses estão protegidos pela Directiva Habitats na União Europeia, pela Convenção de Berna do Conselho da Europa, e pela Convenção de Bona sobre as Espécies Migradoras. No âmbito da Convenção de Bona foi adoptado um Acordo orientado para a conservação das espécies de morcegos, que Portugal acompanha activamente: o EUROBATS – Acordo sobre a Conservação das Populações de Morcegos Europeus.
A Convenção de Bona e o EUROBATS declararam os anos de 2011 e 2012 como o Ano do Morcego.
Serão apresentadas alguns tópicos que se considera importante que sejam divulgados nesta campanha, incluindo diversidade, aspectos particulares da biologia, importância, ameaças e sugestões de atitude que todos podemos ter.
São também apresentadas sugestões de actividades a realizar: (a) palestras, (b) oficinas para construção de vários objectos (e.g., máscaras, morcegos, insectos, abrigos, camisolas, adereços, carimbos, mobiles, cartazes, livros, caixas-abrigo) em vários materiais (e.g., espuma, massa de sal, esponja, papel, arame, garrafas, lã, barro), (c) pinturas faciais, (d) jogos e histórias, (e) dramatizações, (f) saídas ao anoitecer com detector de ultra-sons, e (g) desfiles de Carnaval.
Para além do site oficial da campanha (http://www.yearofthebat.org/), será brevemente lançado um espaço dedicado ao Ano do Morcego em Portugal (www.wix.com\anodomorcego\icnb), onde estarão disponíveis materiais de divulgação e notícias dos eventos que venham a ser organizados. Os materiais incluem três apresentações powerpoint com texto de apoio, dirigidas a três níveis: pré-escolar e 1º ciclo, 2º e 3º ciclos, e divulgação geral.
Os morcegos precisam que todos colaborem nesta campanha! Esperamos que a divulgação da importância dos morcegos e dos desafios de conservação que enfrentam possa melhorar a sua imagem e contribuir para a sua conservação e para a conservação dos habitats e ecossistemas de que dependem.
O workshop “Assuntos do Mar” tem como objectivo fornecer informação específica aos participantes sobre o tema Mar, no âmbito do programa Eco-Escolas. Esta informação prende-se com a apresentação de propostas de actividades que constam do projecto Kit do Mar desenvolvido pela Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar em pareceria com a Agência Cascais Atlântico.
Serão abordados os seguintes temas:
O peixe certo! – Ficha sobre pesca sustentável e espécies ameaçadas
Um mar de pequenos nadas! – Ficha sobre poluição marinha, tempos de degradação dos resíduos no mar e normas de conduta
Resumo de Comunicação – Seminário Nacional Eco-Escolas 2010/2011
Workshop - "Frutos do Mar"
Entidade - Ecoteca de Olhão
. De uma forma lúdica procuramos informar a comunidade sobre resultados de investigações, promovendo a alteração de comportamentos com vista a um desenvolvimento sustentável e à preservação da biodiversidade costeira e da Ria Formosa.
O Workshop terá diversos jogos adequados a níveis de ensino diferentes:
Pré-escolar e 1º ciclo – Jogo – “À procura da concha” – Que histórias nos contam?
2º, 3º Ciclo e Ensino Secundário – Jogo – “Peixe no prato” – Vamos ver quem sabe mais sobre o peixe que comemos.
1º e 2º Ciclo - Jogo "Pescar para o jantar" - Tempo de degradação do lixo no mar.
. Apresentação da Campanha "Limpar o Mar"
Esta campanha decorreu em Olhão em Maio de 2010 e envolveu o sector da pesca e a comunidade escolar, na limpeza dos oceanos, procurando consciencializa-los para uma alteração de comportamentos e preservação do mundo subaquático.
A campanha culminou com uma exposição itinerante dos cartazes e esculturas elaboradas por artistas plásticos e alunos, com os resíduos recolhidos.
Fátima Monteiro
Ecoteca de Olhão, Pinheiros de Marim 8700-225 Olhão
ecotecadeolhao@gmail.com
www.ecotecadeolhao.blogspot.com
Resumo Workshop "Areias do Porto Santo"
Sabia que a Praia do Porto Santo é "única" em Portugal e que se distingue das demais Europeias pela sua composição?
A sua areia é especial por ser carbonatada e biogénica, propriedades físicas, químicas e térmicas que permitem o seu uso em processos de naturoterapia.
Além da sua textura extremamente fina, há que destacar ainda os benefícios desta areia na agricultura biológica com foro medicinal tendo propriedades que dão sabores particulares aos produtos hortícolas e frutícolas.
Neste "Workshop" poderá comprovar algumas destas características comparando a areia do Porto Santo com areias de outras praias do nosso país e outras regiões.
A areia amarela numa ilha de origem vulcânica é, no mínimo peculiar, sendo por este motivo conhecida a Ilha do Porto Santo como a "Ilha Dourada" .
Resumo da workshop “Os morcegos na escola
Luísa Rodrigues1 e Cristina Vieira2, ICNB
ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P.
1 - Depart. de Conservação e Gestão da Biodiversidade - Unidade de Espécies e Habitats
2 – Depart. de Comunicação e Gestão de Operações
R. de Sta. Marta, 55 – 1169 – 230 Lisboa, Tel. 21 350 79 00, fax 21 350 79 84,
E-mail geral: icnb@icnb.pt; portal: www.icnb.pt
Seminário Nacional Ecoescolas 2011, Guarda, 4 de Fevereiro 2011
Contexto
A Ordem Chiroptera inclui mais de 1000 espécies e tem uma ampla distribuição a nível mundial.
Sendo os únicos mamíferos com capacidade de voo e estando activos sobretudo de noite, os morcegos apresentam características biológicas muito peculiares e variadas:
- não são cegos, mas na maior parte das espécies a visão não é suficiente para conseguirem voar no escuro a grande velocidade. Por isso recorrem à ecolocalização, que consiste na emissão de ultrasons que são reflectidos quando encontram um obstáculo, permitindo ao morcego localizar objectos pela interpretação do eco.
- têm uma grande diversidade morfológica, apresentando uma grande variedade de cores, forma e tamanho das orelhas, forma dos focinhos e tamanho do corpo.
- podem ocupar abrigos de muitos tipos, como árvores, grutas e minas, edifícios e cavidades de falésias e pontes. É frequente mudarem de local de abrigo ao longo do ciclo anual, fazendo migrações sazonais que em Portugal podem chegar às centenas de quilómetros.
- têm uma dieta muito variável: apesar da maior parte das espécies europeias se alimentarem exclusivamente de insectos e outros artrópodes, um dos nossos morcegos também caça pequenas aves; noutras regiões do Mundo há espécies que se alimentam de frutos, néctar, pequenos vertebrados e mesmo de sangue.
- são um elo fundamental no funcionamento de diversos ecossistemas: são presa para alguns vertebrados, importantes predadores de insectos e de outros pequenos artrópodes, e os principais portadores de matéria orgânica para sistemas subterrâneos. Nos trópicos as espécies frugívoras e nectarívoras são fundamentais na regeneração de florestas ao dispersarem as sementes e polinizarem diversas espécies de plantas.
- algumas particularidades biológicas têm vindo a ser utilizadas na investigação médica e farmacêutica, como no estudo de mecanismos de orientação em invisuais com base na ecolocalização e no desenvolvimento de anticoagulantes baseados em proteínas da saliva dos morcegos que se alimentam de sangue.
Algumas espécies de morcegos são consideradas como ameaçadas tanto à escala nacional como em toda a sua área de distribuição global. Das 25 espécies que ocorrem em Portugal continental, três estão consideradas criticamente em perigo, uma em perigo e cinco vulneráveis.
De entre os factores que afectam negativamente as populações de morcegos, destacam-se:
- perturbação de abrigos, em particular no caso de subterrâneos (a perturbação é particularmente nefasta nos períodos de maternidade e hibernação)
- destruição de abrigos
- alteração dos habitats nas áreas de alimentação
- uso indiscriminado de pesticidas (não só diminui a diversidade e abundância de presas como pode contaminar os morcegos através da ingestão de insectos contaminados)
- atropelamento, em particular no caso das espécies de voo baixo (morcego-de-ferradura-grande, morcego-de-ferradura-pequeno, morcego-de-ferradura-mediterrânico, morcego-de-ferradura-mourisco, morcego-negro, morcego-orelhudo-castanho, morcego-orelhudo-cinzento)
- mortalidade causada por aerogeradores, em particular no caso das espécies de voo alto (morcego-arborícola-pequeno, morcego-arborícola-grande, morcego-arborícola-gigante, morcego-rabudo, morcego de Savi)
Workshop
Utilizando materiais diversos, incluindo desperdícios que serão re-utilizados, são propostas actividades exemplificativas de acções que podem ser realizadas nas salas de aula. As actividades são adaptáveis a qualquer nível de ensino, devendo fazer-se a ligação aos conteúdos programáticos.
Esquema
Actividade 1: Não façam disto um drama
Actividade 2: BD/BN (Bat Day/Bat Night)
Actividade 3: À noite nem todos os morcegos são pardos
Preparação de maquete sobre a importância dos morcegos e a diversidade de dietas
"A Floresta – Quero ser grande como tu"
Elaborado no âmbito do projecto de sensibilização para a protecção da floresta contra o fogo, candidatado pela Câmara Municipal da Guarda ao fundo Florestal Permanente, este filme didáctico tem por objectivo alertar a comunidade em geral para a necessidade de preservação do ecossistema florestal.
Profundo e marcante, apresenta ao espectador uma realidade nua que urge alterar mas, simultaneamente, mostra o quão generoso e profícuo pode ser um relacionamento harmonioso entre o Homem e a Natureza.
"Querido amigo:"
Escrevo-te esta carta para te pedir algo.
Ama-me. Só podes proteger-me se me amares. E só podes amar-me se me conheceres.
Vem conhecer-me. Entra na minha casa. É linda! E misteriosa! É um mundo fantástico que tens de conhecer para aprenderes a respeitar. E amar.
Vem daí. Vem dançar comigo, com as flores e com as borboletas. Por ti visto o meu melhor vestido, aquele de seda verde, fresquinho, no Verão!
Senta-te aqui à sombra e repousa em mim o teu olhar. Aqui ninguém te perturba, podes dançar, brincar, trepar que ninguém te vai ralhar, ninguém te vai fazer mal.
No Outono, visto o vestido cor de mel e ouro e ponho o meu manto de veludo castanho. Podes vir dançar comigo, com o vento e com a chuva! Podes vir rebolar nas folhas e apanhar nozes e castanhas. Dormitar encostada a um tronco soalheiro.
Ninguém te vai incomodar, que eu não deixo! E quando a neve e o gelo dançam entre os meus ramos podes vir brincar, escorregar e fazer bonecos de neve com o meu vestido branco. Não vês que vivo para ti? Dou-te tudo o que precisas, dou-te a vida: o ar que respiras, a lenha que te aquece, a fruta que comes, a água que bebes! Podes confiar em mim, dou a vida por ti. Sou a vida! Comigo moram todos os seres que possas conhecer. E os que possas imaginar: faunos e duendes passeiam-se por entre os meus troncos. Os deuses constroem os seus palácios com as minhas folhas e fazem da minha casa o seu jardim. Fadas esvoaçam por entre os meus ramos e lavam a cara com o meu orvalho.
Escuta com atenção e conseguirás ouvi-los! Fecha os olhos e conseguirás vê-los!
Espera, não te vás embora, preciso de ti. Quero que lutes por mim contra o descuido de uns, contra a incúria de outros, contra a ignorância de muitos: dos que maltratam, dos que poluem, dos que destroem. Não percebem que, ao destruir-me matam, também, todos os que aqui moram: os animais e as plantas! Os duendes e as fadas.
Nem os deuses podem fazer nada para me proteger. Ignorantes! Não percebem que ao matar-me estão a destruir-se a si próprios? Ajuda-me! Só tu me podes ajudar a ajudar-te. Porque quero dar-te tudo: a paz e o silêncio. Saciar-te a fome e a sede.
Encher-te os pulmões de vida e a vida de cor e alegria! Vem conhecer-me! Vem amar-me!
Para sempre tua
Floresta
"Atelier de plantas medicinais, aromáticas e condimentares"
Conhecer, respeitar e utilizar a flora espontânea portuguesa.
O papel das plantas espontâneas na nossa alimentação, saber utilizar o que a Natureza nos oferece.
Reconhecimento de plantas silvestres e suas utilidades na nossa alimentação.
Reprodução e colheita das mesmas, onde, como e cuidados a ter com espécies protegidas.
O papel do jardim sustentável na escola.
A biodiversidade nas hortas, o jardim-horta.
As flores comestíveis.
A importância de cultivarmos e colhermos a nossa própria comida.
Aprender a tratar os cuidados básicos de saúde através das plantas que temos ao nosso alcance.
Atelier interactivo de reconhecimento de plantas e respectivas utilizações na horta, no jardim e na cozinha.
“Charcos com vida” - uma campanha escolar de exploração e conservação dos charcos em Portugal
Jael Palhas, José Teixeira & Vera Ventura
Unidade de Divulgação e Comunicação de Ciência em Biodiversidade (CIBIO-Div)
CIBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, Universidade do Porto, Portugal
Email: jael.palhas@mail.icav.up.pt
Os charcos suportam uma alta biodiversidade e inúmeras espécies raras de diferentes grupos de organismos, incluindo algas, plantas aquáticas, moluscos, crustáceos, insectos, anfíbios, répteis e aves.
No entanto, estas pequenas massas de água estão em declínio acentuado na Europa, devido a várias pressões humanas, incluindo a intensificação da agricultura, a expansão da área urbanizada e de plantações de árvores exóticas, drenagem, poluição das águas e deposição de resíduos.
Do ponto de vista educacional, os charcos são excelentes modelos para actividades de educação ambiental, porque: i) têm dimensões pequenas, o que facilita a observação da fauna e flora; ii) podem ser encontrados perto de áreas residenciais, permitindo contacto fácil com o público, iii) albergam espécies emblemáticas como anfíbios e libélulas, iv) permitem a criação de inúmeras actividades educativas, muitas vezes enquadradas nos programas educativos de várias disciplinas, tais como a observação da vida microscópica ou ciclo larval dos anfíbios e libélulas, e v) são fáceis de construir e manter em qualquer lugar, incluindo nas escolas.
A Campanha “Charcos com Vida” foi lançada em Novembro de 2010 para todas as escolas nacionais do ensino básico e secundário e pretende incentivar alunos e professores a descobrir, valorizar e investigar os charcos e a sua biodiversidade associada.
Toda a informação da campanha será disponibilizada através do site pedagógico (www.charcoscomvida.org) que têm como objectivos:
A adopção ou construção de charcos servirá de base para o desenvolvimento de várias vertentes complementares pelos grupos escolares. Vertente informativa: informações gerais sobre charcos, a sua importância, a sua diversidade biológica; Vertente didáctica: apoio a professores para desenvolvimento de actividades pedagógicas, através de planos de aula e fichas de actividades para desenvolver com as turmas; Vertente lúdico-pedagógica: actividades e jogos de exploração pedagógica para alunos e população em geral; Vertente de conservação: acções práticas de conservação ou melhoramento dos charcos e sua comunicação à comunidade local.
Para esta formação na ABAE, o CADIn pretende dar a conhecer o trabalho do centro desde o início da sua existência, focando os novos caminhos de intervenção e investigação clínica aos quais se tem vindo a dedicar. Por outro lado, importa enaltecer que a responsabilidade social é uma das razões de ser do CADIn e expressa-se de várias formas no nosso quotidiano e modo de trabalhar. Pretendemos fazer uma trabalho de excelência, envolvendo Famílias e Escola nos processos de intervenção, reconhecendo-os como agentes activos e capazes de potenciar o alcance de objectivos com a nossa colaboração. Para isso, a redefinição de papeis de todos e cada um é fundamental, pois a responsabilidade partilhada será operacionalizada com sucesso. Todos ganharão.
Queremos dar a conhecer a nossa visão sobre as perturbações do desenvolvimento, os desafios que colocam, compreendendo o seu dinamismo e a inovação e competência necessárias para lhes dar resposta. Queremos mais, e por isso somos presença diária em escolas, um dos contextos principais onde as dificuldades se fazem sentir. Estamos onde ainda ninguém está e é também por isso que o nosso trabalho se destaca, por avançar com novos caminhos e alternativas onde todos têm um papel e cada um faz a diferença.
O PROGRAMA POLIS NA GUARDA
O Programa Polis foi pensado para criar no país um movimento de requalificação urbana e ambiental, com características exemplares e de natureza demonstrativa e inovadora, através dos instrumentos de ordenamento do território e implementação de soluções institucionais descentralizadas assentes em parcerias, nomeadamente entre os poderes locais e centrais.
O seu principal objectivo consistia em melhorar a qualidade de vida nas cidades, através da intervenção nas áreas urbanística e ambiental e melhorar a atractividade e competitividade de pólos urbanos que possuem um papel de relevo na estrutura do Sistema Urbano Nacional.
Neste âmbito, a PolisGuarda, entidade gestora do Programa Polis na cidade da Guarda, levou a efeito várias intervenções ao nível urbanístico, ambiental e valorização patrimonial.
Para além das intervenções físicas, a PolisGuarda desenvolveu um leque variado de acções de sensibilização ambiental, com destaque para as que foram realizadas junto e com a infância e os jovens, tendo a seu lado um importante parceiro que foi a mascote "POPIS". Das muitas e variadas acções, destaque-se a entrega às escolas e infantários de decompositores e de miniecopontos, a plantação de árvores nos recintos desses equipamentos, oferta de jogos multimédia alusivos à política dos 3 R's, participação no "Dia Europeu Sem Carros", apoio à implementação de mini-autocarros urbanos e ainda a realização de colóquios sobre a Construção e Ambiente.
Por sua vez, em termos urbanos, o Polis na Guarda potenciou a reestruturação viária, contribuiu para a melhoria da mobilidade com a pedonalização de artérias e a criação de estacionamentos dissuasores, iniciou a recolha dos resíduos através de sistema de contentorização enterrados, procedeu à arborização de vários espaços públicos, iniciou a limpeza do Rio Diz no troço que atravessa a cidade e implementou o reaproveitamento das águas da ETAR para rega dos espaços verdes do Parque Urbano em parceria com as Águas do Zêzere e Côa.
Estas foram algumas das muitas acções que a PolisGuarda levou a efeito. No entanto, de todo o Programa, uma intervenção foi considerada a "cereja no topo do bolo" : o Parque Urbano do Rio Diz.
Uma área com cerca de 20 hectares, antes espaço de pastagem, de hortas e em grande parte abandonado, traduzia-se numa verdadeira barreira entre a zona alta da cidade, núcleo antigo, e a nova centralidade que se desenvolveu junto da estação da REFER. Com a valorização deste espaço, o novo Parque é hoje o elo de ligação, tendo-se tornado num espaço pleno do tecido urbano e com fortes qualidades ambientais.
Tendo como elemento estruturante a linha de água que é o Rio Diz, com a sua nascente a uma pequena distância de 4 km, este vasto pulmão verde integra espaços de lazer e de recreio, de animação e cultura, e potencia a prática de eventos e actividades várias.
Este espaço, de características ímpares e únicas em termos regionais, é hoje um pólo de atracção que conjuga o ambiente e o urbano e onde os valores naturais se conjugam com imagens contemporâneas e que se insere nas várias acções que a autarquia da Guarda tem vindo a implementar no âmbito das preocupações ambientais de modo a elevar os padrões de qualidade na vivência urbana da cidade mais alta de Portugal e que possui um ar de excelência.
Concretizar o Desenvolvimento Sustentável valorizando o território e as pessoas: o caso de Ourém.
Concretizar o Desenvolvimento Sustentável é o maior desafio que se coloca aos cidadãos, agentes económicos e decisores políticos no século XXI.
Ourém pretende dar o seu contributo valorizando os aspectos do seu território, marcado pela existência de duas cidades – Ourém e Fátima – numa superfície de 460 Km2 onde, para além dos aglomerados urbanos, existem alguns espaços naturais com interesse para a conservação da natureza e da biodiversidade.
Na cidade de Ourém destacam-se o Parque Linear e a Mata Municipal, cenários intervencionados através dos quais se quer restabelecer a ligação dos cidadãos à Natureza.
Na cidade de Fátima com a requalificação da sua principal avenida pretende-se criar as melhores condições de acolhimento dos cerca de 6 milhões de peregrinos que anualmente procuram a tranquilidade do encontro com a espiritualidade.
A ligação entre as pessoas e os elementos naturais é preocupação fundamental também nesta intervenção.
O Agroal é um espaço natural integrado na Rede Natura 2000 onde se deseja incrementar um plano de acção em Turismo de Natureza destinado ao público em geral mas com uma atenção especial para os programas educativos dirigidos aos jovens numa rede de infra-estruturas que tem na praia fluvial, nos percursos pedestres e no Parque de Natureza, pilares fundamentais.
A jazida das Pegadas de Dinossáurios da Serra de Aire encerra trilhos muito bem conservados dos gigantes do período jurássico, entre os quais o maior trilho do mundo de dinossáurios herbívoros (147 m). Nesta antiga pedreira desenvolvem-se programas educativos dirigidos ao público nacional e internacional, com destaque para a investigação em geoconservação sob a responsabilidade do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P..
Todas estas intervenções e programas se integram em roteiros turísticos mais alargados que acolhem o Centro Histórico de Ourém e a rota do Património Mundial da UNESCO da região de Alcobaça, Batalha e Tomar, conferindo um espectro mais alargado de sensibilização dos cidadãos.
As campanhas de Educação Ambiental como o recente “Limpar Portugal” e os diversos programas educativos com as escolas em torno dos temas ambientais são esforço dirigido a esse objectivo essencial de envolvimento dos munícipes numa nova postura de comportamento cívico rumo à sustentabilidade.
Esta é uma perspectiva política de intervenção no território que tenta conciliar as vertentes ambiental, social e económica do desenvolvimento sustentável complementada por um conjunto de acções de gestão ambiental de primeira geração como o saneamento, a recolha e tratamento de resíduos que estão a ser consolidadas.
Também os aspectos ligados à Energia tem merecido atenção nomeadamente nos edifícios públicos, tendo-se dado especial importância às parcerias efectuadas com agentes impulsionadores de mudança, nomeadamente com agências de energia, centros de investigação e outros parceiros nacionais e europeus, não só em acções intermunicipais de partilha de conhecimento, como também na participação em projectos desenvolvidos em cooperação entre países, promovidos pela Comunidade Europeia.
Construir o Desenvolvimento Sustentável pelo envolvimento das pessoas com o seu território, entre os valores do passado e do futuro. Esse é o desafio que em Ourém queremos abraçar!
titulo: Município de Avis - Boas práticas
Parte 1
Actividades/ Projectos realizadas pelo Município de Avis na área do ambiente:
Parte 2
Parceria Município/ Eco-Escolas:
Parte 3
Perspectivas futuras:
Breve descrição dos vários projectos desenvolvidos pelo Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Sintra
2006- 2010 - Projecto Sinergias, lançado em 2006, através de Protocolo firmado com a Associação Os Caças. Trata-se de um projecto que elege a matéria das energias renováveis como objecto de estudo e consagra actividades científico-educativas que, através do saber e do saber fazer, estimulem a aprendizagem e a aplicação de conceitos de gestão ambiental na vida quotidiana da escola e da sociedade. Em 4 anos lectivos, abrangeu 8.000 alunos.
2007 (Julho) – Comemoração do 70º aniversário do Parque da Liberdade como parque municipal. Apadrinhamento por 70 idosos com 70 anos de 70 novas cameleiras; inauguração de exposição "Os Bichos de Visita ao parque", a partir de 15 esculturas de grande formato feitas a partir de pasta de papel, da autoria do artista plástico Gandhy Piorski.
2008 (Agosto) – Exposição "Os Bichos de visita à praia" - dinamização de projecto de residência durante um mês e na Praia das Maçãs, das esculturas dos bichos, concebidos para o Parque da Liberdade, durante um mês.
2008-2010 - Edição de Manual Pedagógico de Apoio ao Professor (anos lectivos 2008/2009 e 2009/2010), com um conjunto de actividades de sensibilização ambiental dirigidas às Escolas inscritas no Programa EcoEscolas, resultando em mais de 5 centenas disponibilizadas em cada um dos anos, com a comparticipação de vários agentes como promotores, para além da autarquia: os SMAS, a AMES, a HPEM/SUMA e a Tratolixo.
2007-2010 - Reforço da participação no Programa Eco-Escolas. Com o reforço do apoio da autarquia a nível técnico e financeiro a ver-se traduzido no nível de adesão das escolas, cresceu-se de 12 no ano lectivo 2006/2007, para 30, no de 2007/2008, para 60 no de 2008/2009 e para 77 no de 2009/2010, registando o Município o recorde nacional de escolas galardoadas.
2006-2010 - Implementação do projecto Reutilândia, com parqueamentos em todas as 20 freguesias do Concelho de Sintra. Unidade móvel solidária da SUMA, traduzida numa viatura de grandes dimensões, a Reutilândia alia os objectivos ambientais aos humanitários, já que consagra a possibilidade de proceder à oferta e procura, em regime gratuito, de objectos já usados mas que ainda estejam em boas condições, garantindo que aquilo que umas pessoas já não precisam, terá utilidade para outras com maiores carências.
2008- 2009 - Dinamização do projecto "À Descoberta do Parque". Consagrando actividades várias, de carácter lúdico, desportivo, mas também de sensibilização ambiental e preservação da biodiversidade, decorreu no Parque da Liberdade, durante o mês de Julho, também como aposta na ocupação saudável da pausa lectiva. Mais de 3.500 crianças participaram.
2008-2009 – Dinamização dos projectos "Sintra Mais Limpa e Praias com tutor". Iniciada em 2008 com a parceria da ABAE e da Tabaqueira e desenvolvida nas praias durante a época balnear com o objectivo de sensibilizar os utentes para a importância de um areal mais limpo, nomeadamente através da correcta deposição das beatas, a Campanha "Sintra Mais Limpa" conheceu em 2009 o desenvolvimento de uma nova vertente com a introdução do programa " Tutor de Praia", visando a sinalização de situações de inconformidade para solucionamento rápido.
2009 (Maio) -Dinamização de um ciclo de conferências e de acções formativas sobre árvores - Coisas d' Árvores, pela pertinência do tema que divide opiniões e gera tomadas de posição. Com o objectivo a residir na correcção de procedimentos, debelar juízos e preconceitos errados, pretendeu-se que gerasse um contributo em matéria formativa e informativa, naquilo que configura também um projecto de educação ambiental.
2009 (Abril) - Apresentação do Plano Estratégico do Concelho de Sintra face às alterações climáticas. Com a coordenação científica do Professor Doutor Filipe Duarte Santos, tratou-se de um estudo que foi desenvolvido no decurso de 2008, com o objectivo de rastrear os impactos das alterações climáticas no Concelho de Sintra e identificar medidas de mitigação e adaptação para minimização dos seus efeitos, assumindo-se como uma importante ferramenta para a acção futura do Município em áreas tão distintas como as zonas costeiras, a biodiversidade, as florestas e a agricultura, os recursos hídricos, a energia, o turismo e a saúde.
2009 (Junho) –Homenagem ao Professor Mário de Azevedo Gomes. Inserida num programa de requalificação do Jardim da Vigia (S. Pedro), foi, a par da colocação de placa alusiva a este especialista em botânica, editada uma versão fac-similada da sua obra "A utilidade das árvores".
2009 (Junho) Inauguração da Ecoteca "De Mãos na Terra" no Jardim da Anta. Espaço de sensibilização ambiental onde se promovem actividades que visam a ligação à Terra e onde se promove a cidadania ambiental. Pretendeu-se que vivesse com o jardim e para o jardim, no sentido em que as actividades a dinamizar o usassem como palco e inspiração, interagissem também com quem dele cuida e ajudassem a que fossem mais a entendê-lo e a preservá-lo, para que, justamente, fossem mais a usufruí-lo.
2009-2010 - Valorização de resíduos na intervenção do espaço público. Quatro rotundas, nas freguesias de Stª Maria e S. Miguel, Agualva e de S. Marcos, foram objecto de requalificação e embelezamento a partir da reutilização de pneus, garrafas de plástico e tubos, num claro testemunho das potencialidades que a mesma encerra.
2009 (Agosto) -Instalação de barreiras de protecção junto às Escolas. A partir de tubos e chapas de que são constituídos os postes de sinalização de trânsito que, fruto de danificação, se viram substituídos por novos, construíram-se barreiras de protecção com o objectivo de as instalar junto a 24 Escolas do Concelho, tornando-as simultaneamente suporte para promoção de conselhos relativos a duas áreas particularmente sensíveis: a segurança preventiva individual e a sensibilização ambiental.
2009 (Setembro) - Edição de colecção de postais "Aprender a proteger é uma lição importante a reter". Com base nos textos e ilustrações criadas por Cristina Malaquias para os painéis instalados nas barreiras de protecção, editada uma colecção de 12 postais e distribuída por todas as escolas abrangidas pela instalação dos referidos painéis, com o objectivo a residir no reforço do alcance das mensagens e dos conselhos subjacentes.
2009 (Setembro) - Edição de desdobrável sobre EcoConselhos. A poupança, o bom uso dos recursos naturais e os conselhos sobre correcta deposição dos resíduos como motes do material gráfico editado, que se viu distribuído por todos os alunos do 3º e 4º anos do 1º ciclo, convidando a comunidade docente a explorar pedagogicamente os seus conteúdos.
2009 -2010 – Lançamento do programa de instalação de economizadores de água nos edifícios municipais e nas escolas galardoadas no âmbito do Programa EcoEscolas. Atenta a importância de racionalização do consumo da água e visando promover a sua poupança, viu-se alargado o projecto de implementação de medidas de racionalização do consumo de água, através de equipamentos redutores de caudal que reduzem significativamente os gastos. Para além dos edifícios municipais, aproximadamente uma centena de EcoEscolas passaram a deles dispor, como forma também de aprofundar o alcance dos seus projectos em matéria de sensibilização ambiental.
2010 (Junho) – Lançamento do projecto Bem Me Quer, um projecto com que se pretende alargar o Plano Municipal de Sensibilização Ambiental a faixas diferenciadas de público, tendo como destinatários privilegiados: Associações Juvenis, Associações de Apoio à 3ª Idade e funcionários e colaboradores da autarquia.
2010 (Agosto/Setembro) – "União dos povos". Instalação de esculturas no espaço público. Através de campos de trabalho artísticos, jovens participantes de diferentes países (como a Polónia, Itália, República Checa, Sérvia, Alemanha, Croácia, Israel, Turquia, Coreia e Rússia, tendo-o igualmente integrado 3 jovens de Sintra, pertencentes à Escola Secundária de Mem-Martins), conceberam duas esculturas em que se valorizaram os desperdícios industriais, naquilo que redundou num projecto de valorização pessoal e de requalificação do espaço público.
2010 (Novembro) - Edição do livro infantil "Pedro e os Bons Gigantes" da autoria de António Torrado (texto) e Cristina Malaquias (ilustração). Projecto editorial assumido como um contributo para que, à boleia da leitura, se incremente a consciência ecológica dos mais novos, já que há um enfoque nas questões da deposição selectiva e da reciclagem. Data de lançamento a anunciar.
2010 (Novembro) – "Dar sentido ao lixo" por Lúcia Zani. Projecto global que contempla uma exposição com trabalhos artísticos resultantes da reutilização de resíduos e a dinamização de ateliers dirigidos a crianças, pessoal docente e público em geral, visando a sensibilização para a extraordinária valia daquilo que para muitos parece resíduo e que se torna, afinal, matéria para outras utilizações, inscrevendo-se na promoção de uma cultura de não desperdício.
2010 (Novembro) - Edição de Manual "A Arte de Reutilizar" da autoria de Lúcia Zani, traduzido num conjunto de fichas com actividades plásticas "passo a passo", com base na Política dos 5 R's. Materializado num dossier composto por 55 fichas que explicam de forma detalhada como dar nova vida àquilo que seriam apenas resíduos, com criatividade e sentido artístico, tem por destinatários os Jardins de Infância, as Instituições de apoio à infância e as Escolas do 1º Ciclo, a cujos docentes/educadores a autarquia disponibilizará o Manual.
“Charcos com vida” - uma campanha escolar de exploração e conservação dos charcos em Portugal
Jael Palhas, José Teixeira & Vera Ventura
Unidade de Divulgação e Comunicação de Ciência em Biodiversidade (CIBIO-Div)
CIBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, Universidade do Porto, Portugal
Email: jael.palhas@mail.icav.up.pt
Os charcos suportam uma alta biodiversidade e inúmeras espécies raras de diferentes grupos de organismos, incluindo algas, plantas aquáticas, moluscos, crustáceos, insectos, anfíbios, répteis e aves.
No entanto, estas pequenas massas de água estão em declínio acentuado na Europa, devido a várias pressões humanas, incluindo a intensificação da agricultura, a expansão da área urbanizada e de plantações de árvores exóticas, drenagem, poluição das águas e deposição de resíduos.
Do ponto de vista educacional, os charcos são excelentes modelos para actividades de educação ambiental, porque: i) têm dimensões pequenas, o que facilita a observação da fauna e flora; ii) podem ser encontrados perto de áreas residenciais, permitindo contacto fácil com o público, iii) albergam espécies emblemáticas como anfíbios e libélulas, iv) permitem a criação de inúmeras actividades educativas, muitas vezes enquadradas nos programas educativos de várias disciplinas, tais como a observação da vida microscópica ou ciclo larval dos anfíbios e libélulas, e v) são fáceis de construir e manter em qualquer lugar, incluindo nas escolas.
A Campanha “Charcos com Vida” foi lançada em Novembro de 2010 para todas as escolas nacionais do ensino básico e secundário e pretende incentivar alunos e professores a descobrir, valorizar e investigar os charcos e a sua biodiversidade associada.
Toda a informação da campanha será disponibilizada através do site pedagógico (www.charcoscomvida.org) que têm como objectivos:
A adopção ou construção de charcos servirá de base para o desenvolvimento de várias vertentes complementares pelos grupos escolares. Vertente informativa: informações gerais sobre charcos, a sua importância, a sua diversidade biológica; Vertente didáctica: apoio a professores para desenvolvimento de actividades pedagógicas, através de planos de aula e fichas de actividades para desenvolver com as turmas; Vertente lúdico-pedagógica: actividades e jogos de exploração pedagógica para alunos e população em geral; Vertente de conservação: acções práticas de conservação ou melhoramento dos charcos e sua comunicação à comunidade local.
A OPERAÇÃO ESCOLA EFICIENTE é uma iniciativa promovida pelo Instituto da Água, I.P., que se enquadra no âmbito do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA), considerando a Área Programática AP2 - Sensibilização, Informação e Educação. Nesta Área insere-se a medida Escola Eficiente, dirigida especificamente à população escolar, desde o nível pré-escolar até ao ensino secundário, visando promover hábitos e procedimentos para o uso eficiente da água, não só nos estabelecimentos de ensino mas projectando-se no exterior da escola.
Pretende-se com esta Operação estabelecer um mecanismo para a criação de uma atitude duradoura na população portuguesa, apostando nas camadas infantil e juvenil, desde os bancos da escola, como garante do potencial transformador de comportamentos, e incutir na população a importância da preservação dos recursos hídricos e consequente adopção de procedimentos de uso eficiente e poupança de água, em qualquer período e não apenas em situações de seca (Objectivo Estratégico OE1 do PNUEA).
Trata-se assim de uma iniciativa envolvente e mobilizadora das capacidades das escolas para criar uma consciência duradoura dos valores associados à água, enraizada nas camadas mais jovens da sociedade, criando também uma atitude de mudança com efeitos na população em geral.
A criação de uma consciência nacional nos cidadãos em geral para uma participação cívica activa, através de acções concretas que permitam promover o uso eficiente da água e, consequentemente, a sua gestão de uma forma sustentável, constitui o Objectivo Estratégico OE2 do PNUEA e é um caminho para o desenvolvimento sustentável. Esta Operação promove igualmente a concretização deste objectivo.
A OPERAÇÃO ESCOLA EFICIENTE, destinada a implementar a medida Escola Eficiente, pretende envolver alunos/professores/escolas em projectos ambientalmente sustentáveis neste domínio.
Apresenta-se assim como um desafio à comunidade educativa na concepção de projectos com preocupações ambientais, os quais deverão dar resposta a problemas concretos e pertinentes na escola, utilizando uma abordagem pedagógica e o espírito de iniciativa como ferramentas na resolução de problemas, numa perspectiva de sustentabilidade.
A Operação reveste a forma concurso escolar nacional, a desenvolver ao longo de 2 anos lectivos, culminando na atribuição de distinções de mérito aos estabelecimentos de ensino destinatários, dos níveis Pré-escolar e Básico, pelo cumprimento de critérios de selecção definidos.
Para a implementação do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água foi apresentada em 2009 uma candidatura ao QREN/POVT, genericamente designada “Acções para o Uso Eficiente da Água”, a qual incluiu, entre outras, a Operação Escola Eficiente. Esta candidatura mereceu aprovação em final de Outubro de 2009, permitindo assim iniciar o processo de desenvolvimento da Operação.
Para mais informações, consultar o folheto OPERAÇÃO ESCOLA EFICIENTE, distribuído aos participantes do Seminário, ou contactar:
INAG, I.P.
Av. Almirante Gago Coutinho, 30
1049-166 LISBOA
Tel: 218 430 111
E-mail: escola.eficiente@inag.pt
"O Projecto Rios na minha Eco-Escola”
Pedro Teiga*
* Aluno de Doutoramento em Reabilitação de Rios da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e coordenador Nacional do Projecto Rios.
Actualmente muitas linhas de água encontram-se fortemente poluídas resultado das acções antrópicas que devem urgentemente ser alteradas. A agricultura e expansão urbana, constitui um forte impacto na deterioração dos rios, restringindo a sua mobilidade, dinâmica e potencial de regeneração natural da sua estão em discussão novos conceitos de engenharia fluvial, com o objectivo de compatibilizar os interesses socioeconómicos com o funcionamento equilibrado e sustentável dos ecossistemas ribeirinhos.
Apesar da Participação pública ser um requisito legal, da Directiva Quadro da Água (DQA) e da Lei da Água, o formato mais utilizado em Portugal de envolvimento da sociedade continua a ser passivo. Estes processos pela sua importância requerem uma formação activa, num contexto formal e informal, onde as componentes dos sistemas fluviais, utilizações, valores ecológicos, estéticos, culturais, sociais, usufruto e lazer sejam debatidos.
É necessário que os processos de participação sejam conduzidos com mais abrangência, de forma a avaliar as varias vertentes e opiniões/sugestões, de modo a obter projectos adaptados a cada situação e contributivos para a qualidade e bem-estar.
A participação pública em Portugal é entre os países da Europa um dos que apresenta níveis mais baixos e onde faltam ferramentas que contribuam para uma sociedade cívica mais activa nomeadamente no âmbito dos recursos hídricos. O Projecto Rios envolvendo as Escolas é a ferramenta preferencial para interligar as pessoas e os rios.
O Projecto Rios surge em 1997 pela “Associación Habitats” com o “Projecte RIUS” na Catalunha. Em Portugal está a ser implementado desde 2006, visando a adopção e monitorização de um troço de rio, de modo a promover a sensibilização da sociedade civil para os problemas e para a necessidade de protecção dos rios. A adaptação para o contexto português foi realizada pela Associação de Professores de Geografia (APG), a Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), a Liga para a Protecção da Natureza (LPN) e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Actualmente, a coordenação e gestão são da responsabilidade da Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA) e da Liga para a Protecção da Natureza (LPN).
O projecto visa a adopção e monitorização de um troço (500 m) de rio ou ribeira, de modo a promover a sensibilização da população para os problemas e para a importância da protecção, valorização e melhoria dos sistemas ribeirinhos. Contribui ainda para a reabilitação das zonas ribeirinhas e a concretização dos princípios da Lei da Água, Directiva Quadro da Água, Carta da Terra, Agendas 21 Local e Escolar e Protocolo de Quioto.
Com o Projecto Rios, foi possível até ao momento criar uma rede de grupos, de responsáveis por cada grupo, de monitores e de parceiros, promovendo, em conjunto, a conservação e adopção de diferentes troços de rios que é constituída por: 211 Grupos inscritos de 77municípios (de Norte a Sul); 162 Escolas da rede pública e privada, do pré-escolar ao nível secundário; várias Associações ou Grupos organizados; Autarquias; Ecoclubes; Famílias, Empresas e grupos de amigos. Actualmente estão formados 228 Monitores do Projecto Rios em 14 cursos. As linhas de água adoptadas são maioritariamente da tipologia de rios e ribeiras (cerca de 90%) e em menor numero canais, valas, lagoa, ria, barranco.
Para a concretização do processo de adopção de uma linha de água é necessário elaborar um planto de actividades, , que passam por conhecer o rio com duas visitas anuais e uma acção de melhoria e inscrever-se no site (www.projectoris.org). Esta última actividade deve estar de acordo com disponibilidade de tempo e espaço para a concretizar, estas podem ser: realização de um poster com fotografias das saídas de campo; adaptação de uma letra a uma música no âmbito dos rios; realizar uma exposição ou palestra na escola com a temática dos recursos fluviais, realizar um vídeo com entrevistas a pessoas acerca do estado actual da linha de água, fazer um conto ou uma história que tenha ocorrido no rio; recolher fotografias antigas; realizar postais da biodiversidade do rio adoptado e etc.
O envolvimento activo, numa perspectiva sustentável, quer da população escolar quer das autoridades, utilizando como metodologia o Projecto Rios, permite contribuir para uma sociedade responsável e activa na valorização e reabilitação das zonas ribeirinhas. È possível de forma activa concretizar o lema o “Projecto rios une pessoas e rios”.
No âmbito do programa Bioeventos 2010, uma iniciativa do Museu Nacional de História Natural e Centro de Biologia Ambiental para comemorar o Ano Internacional da Biodiversidade, foi criada uma campanha pública para observação da biodiversidade, a que se chamou "Dia B". Este evento pretendeu assinalar o Dia da Biodiversidade a dia 22 de Maio e, um pouco por todo o país, os participantes saíram para a rua, registaram as espécies que encontraram com a ajuda de um guia de espécies comuns criado para esta iniciativa e enviaram a informação para o site Biodiversity4all. Esta apresentação faz um balanço do Dia B em 2010, bem como o que se pretende fazer em 2011.
O CERVAS – Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens é uma estrutura do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), actualmente sob a gestão da Associação ALDEIA, que tem como objectivos detectar e solucionar diversos problemas associados à conservação e gestão das populações de animais selvagens e dos seus habitats. Uma das principais áreas de trabalho do CERVAS é a recuperação de animais selvagens. Este trabalho consiste na recepção e tratamento dos indivíduos recolhidos, com o objectivo de os libertar no local onde foram encontrados.
A Educação Ambiental é uma das principais linhas de trabalho do CERVAS, à qual se tem dado atenção, prioridade e investimento. Um dos recursos que o CERVAS tem explorado com maior intensidade são as libertações de animais recuperados, que constituem excelentes oportunidades de sensibilização, educação ambiental e divulgação. A par das libertações estão as oficinas e workshops realizados pelo CERVAS nas escolas, onde se debatem assuntos como biodiversidade e conservação.
Durante a comunicação iremos fazer uma breve introdução ao trabalho realizado no CERVAS, divulgar os dados obtidos relativos à educação ambiental durante o ano de 2010 e falar dos objectivos e estratégias para o ano de 2011.
Resumo da apresentação "Qualidade do Ar"
Seminário Nacional Eco-Escolas 2011
Painel III
O projecto Melhor(Ar) a Norte é um projecto de comunicação que pretende ajudar a melhorar a qualidade do ar na Região Norte.
Nasce da necessidade de contribuir para a disseminação de uma consciência e cultura activas de protecção da qualidade atmosférica, com incidência no que se refere ao material particulado em suspensão (PMIO).
Tendo em vista a implementação de boas práticas no domínio da qualidade do ar por parte de segmentos de público específicos, como a comunidade escolar, o projecto Melhor(Ar) a Norte englobou diversas iniciativas destinadas a promover a melhoria da qualidade do ar junto dos docentes e dos alunos.
Em diferentes Agrupamentos de escolas da Região Norte foram desenvolvidas e implementadas, pela Formato Verde e promovidas pela CCDR-N, sessões participativas para os docentes e alunos, acções encenadas, jogos e actividades lúdico-pedagógicas e um concurso inter-escolar sobre a temática da Qualidade< do Ar.
No seguimento da execução das medidas do Plano de Melhoria da Qualidade do Ar da Região Norte, Municípios como de Matosinhos e Felgueiras inseriram este projecto como medida de sensibilização promovendo estas iniciativas junto dos seus Agrupamentos de escolas.
O tema da Qualidade do Ar continua a ser um tema pouco explorado junto da comunidade escolar, sendo este projecto uma oportunidade única de sensibilização para esta temática.
FLORESTA LAURISSILVA: Um laboratório vivo.
O Centro Ambiental do Priolo é um centro de Interpretação e Educação Ambiental criado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves em parceria com a Secretaria Regional de Ambiente e do Mar e a Direcção Regional dos Recursos Florestais, em 2007 na área da ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme. O intuito deste centro é divulgar a conservação do Priolo, ave endémica da ilha de São Miguel e o seu habitat, a Floresta Laurissilva dos Açores. O Centro Ambiental do Priolo organiza diversas actividades de divulgação e educação ambiental junto da população local e escolas da ilha de São Miguel.
Desde 2009, a SPEA desenvolve o Projecto LIFE Laurissilva Sustentável que visa conservar áreas dos habitats prioritários presentes na ZPE Pico da Vara/ Ribeira do Guilherme e garantir a sustentabilidade a longo prazo das acções de conservação necessárias para esta área protegida. Com este fim, no âmbito do Projecto foi criado um viveiro de plantas dos açores na Povoação, que pretende incrementar a produção de plantas autóctones e garantir a disponibilidade das mesmas para as acções de conservação decorrentes do projecto.
Aproveitando a presença deste viveiro de plantas dos açores e das acções de conservação que estão a ser implementadas no terreno, foi incorporado ao plano educativo do Centro Ambiental do Priolo a actividade “Da Semente à Planta”. Esta actividade consiste numa visita guiada ao viveiro de plantas dos açores, em que os alunos, podem compreender as diferentes fases da produção de plantas em viveiro e contribuir para o viveiro com a realização de uma sementeira com sementes de plantas endémicas.
As actividades de visita ao viveiro de plantas endémicas realizam-se tanto para o público escolar como para a população em geral, associado a projectos como a Biologia no Verão da Ciência Viva.
Existem também actividades complementares que são realizadas nos meses do ano apropriados, como a recolha de sementes de plantas endémicas e a plantação das plantas produzidas nos viveiros, que também são oferecidas ás escolas para participar, permitindo deste modo que os alunos acompanhem o ciclo completo das plantas produzidas.
“As aventuras do Jaime” consistem em um conto narrado sobre o Priolo Jaime, um Priolo juvenil que descobre a Floresta Laurissilva e as acções de conservação que nela se realizam. Esta actividade está dirigida a alunos desde pré-escolar até ao 2º Ano.
“A descoberta da Laurissilva” é uma actividade de identificação de plantas dos Açores que se realiza no campo, ou na escola com apoio de uma exposição itinerante que representa as árvores desta floresta e está dirigida a alunos de 3º, 4º anos e segundo ciclo.
“A Rota da Água” é uma actividade demonstrativa do ciclo da água, em três sessões com uma actividade em laboratório, uma visita de estudo as diferentes áreas de uma ribeira e uma sessão de conclusão sobre a importância da água e da conservação da vegetação para garantir a sua disponibilidade. Esta actividade se realiza com alunos de segundo e terceiro ciclo.
O “Herbário Fotográfico” consiste numa visita de estudo à floresta Laurissilva em que se realizam fotografias das plantas que posteriormente são identificadas em sala de aula e criado um herbário fotográfico para a turma. Esta actividade realiza-se com alunos de segundo e terceiro ciclo.
A actividade “O valor dos Ecossistemas” propõe a criação de um modelo de ecossistema com as turmas e a investigação sobre a importância que as funções dos ecossistemas têm para as populações humanas. Esta actividade está destinada ao terceiro ciclo e secundário.
O Centro Ambiental do Priolo realiza também actividades de divulgação das aves dos Açores, destinadas aos diferentes ciclos de ensino, desde acções de observação de aves com grupos escolares até actividades em sala de aula como o “Pictionary das aves” que permite identificar os rasgos característicos das aves dos Açores destinado ao primeiro e segundo ciclo e a actividade “De ossos nas mãos” que permite identificar os ossos de diferentes aves dos Açores que são afectadas pela presença de linhas eléctricas, destinada ao terceiro ciclo e secundário.
Estas actividades permitem atingir os diferentes níveis de ensino com temáticas adaptadas ao currículo escolar e que fomentam o melhor conhecimento dos habitats e a biodiversidade presentes na área e da importância da conservação dos mesmos para a natureza e a sociedade em geral.
O Projecto Limpar Portugal (PLP) foi um movimento cívico altruísta que teve como objectivo promover a educação ambiental por intermédio da iniciativa de limpar a floresta portuguesa no dia 20 de Março de 2010.
Em concordância com a Coordenação Nacional do PLP, foi fundada a AMO PORTUGAL - ASSOCIAÇÃO MÃOS À OBRA PORTUGAL, herdeira legal da organização de base do Projecto Limpar Portugal e intimamente ligada à metodologia de acção que culminou no DIA L.
A AMO Portugal tem como objectivo coordenar acções de voluntariado que sejam ou não concertadas a nível nacional, no sentido de promover a educação, a participação cívica e a cooperação entre cidadãos anónimos e entidades públicas e privadas, de forma a constituir uma sociedade mais activa e sustentável.
Em 2011 comemora-se o Ano Europeu do Voluntariado e o Ano Internacional das Florestas, neste contexto, a AMO Portugal propõe um plano de Protecção Florestal que tem como objectivo desenvolver várias acções de voluntariado, orientadas para sensibilizar a população acerca da importância de proteger o espaço florestal.
Na presente comunicação será feito um breve balanço do Projecto Limpar Portugal 2010, e será apresentada a AMO Portugal, os seus objectivos e os seus projectos.Escola da Energia
Eficiência energética, mobilidade sustentável e alterações climáticas
O projecto “Escola da Energia” nasceu em 2005 da parceria entre a Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), no âmbito do Programa Eco-Escolas, e a Galp Energia, perante a necessidade de consciencializar os jovens para os temas da eficiência energética, mobilidade sustentável e alterações climáticas.
Em 2010 o projecto passou a ser desenvolvido no âmbito da Fundação Galp Energia; estiveram envolvidas no ano lectivo anterior, mais de 200 Eco-Escolas e cerca de 300 trabalhos foram entregues para avaliação.
Para além de um portal com informação diversificada com actividades (jogos, experiências, visitas de estudo), bem como os trabalhos já desenvolvidos em edições anteriores o projecto proporciona ainda formação específica no âmbito das temáticas abordadas, aos professores das escolas inscritas. Este portal pode ser acedido através da página da ABAE
A “Escola da Energia” visa promover competências para uma abordagem mais pragmática das questões que se relacionam com a eficiência energética, mobilidade sustentável e alterações climáticas.
Um conjunto diversificado de actividades foram pensadas de forma a orientar metodologicamente as Eco-Escolas para a procura de soluções energeticamente mais sustentáveis.
Através do incentivo à participação activa dos jovens, procura-se ainda sensibilizar a comunidade em geral, para a necessidade de alterar atitudes e comportamentos, no que diz respeito à forma como utilizamos as energias, sob pena de porem risco a nossa própria qualidade de vida.
OBJECTIVOS DA "ESCOLA DA ENERGIA"
COORDENAÇÃO DA "ESCOLA DA ENERGIA"
Margarida Gomes (margaridagomes@abae.pt); Ana Ramos(ana.ramos@abae.pt).
Inscrições até 18 de Fevereiro. Através do envio da ficha de inscrição para escoladaenergia@abae.pt.
ESCOLA DA ENERGIA 2011 - ACTIVIDADES PROPOSTAS
No presente ano o projecto "Escola da Energia" oferece várias actividades e concursos às Eco-Escolas:
Actividade/ Concurso | Quem pode concorrer | Tipo de trabalho pretendido | Temas a abordar | Data de entrega dos trabalhos |
---|---|---|---|---|
Equipa da Energia | Todas as escolas participantes na Escola da Energia | Realização de uma monitorização energética | Energias Renováveis Eficiência Energética Mobilidade Sustentável Alterações Climáticas |
31 de Maio |
Código da Energia | Pré/1º e 2º Ciclo do Ensino Básico | 1 panfleto + 1 autocolante | ||
BD da Energia | Do 2º ciclo do ensino básico ao ensino secundário | 1 trabalho em Banda Desenhada | ||
Protótipos com Energia | Tema Livre: 3º ciclo do ensino básio + ensino secundário | Criação de ecotecnologias (tema livre) | ||
Matemática da Energia | Ensino secundário/ profissional/ tecnológico | Criação de uma folha de Excel ou uma outra aplicação |
Nunca deu por si com a fervilhante necessidade de identificar aquela espécie tão peculiar, saber onde vive, quais os seus hábitos e o seu estatuto de conservação? O Eco-Atlas irá permitir-lhe responder a estas questões e tudo graças a si!
Este Atlas Biogeográfico está associado ao Portal da Biodiversidade do Arquipélago da Madeira (www.bionetmadeira.com) e fornece informação clara e directa sobre a identificação, ecologia e distribuição das espécies do nosso arquipélago.
Como colaborar? É simples! No jardim da sua escola e nas áreas limítrofes, ensinamos-lhe a descobrir as espécies de caracóis que lá vivem. Terá um caderno de campo para registar os seus dados e um guia para sua identificação. No fim, carregará os dados no Portal Eco-Atlas, contribuindo para o aumento do conhecimento científico deste grupo.
Participe e descubra o fascinante mundo dos caracóis.
A passo de caracol
O projecto "A passo de caracol" surgiu na Escola Básica do 1º Ciclo com Pré-Escolar do Seixal (Madeira), por intermédio da Professora Marta Franco que assistiu a um workshop sobre a temática, no IV Encontro Regional Eco-Escolas que teve lugar no Porto Santo, no pretérito mês de Outubro.
Feitos os contactos, com o Dr. Dinarte Teixeira, da Direcção Regional do Ambiente, responsável pelo projecto, foi agendada uma data para a divulgação e implementação do mesmo.
O principal objectivo do projecto "A passo de caracol" é a divulgação do Património Malacológico do Arquipélago da Madeira, um dos mais ricos do mundo.
No dia 11 de Novembro, o Dr. Dinarte Teixeira veio à escola fazer uma breve apresentação teórica, para o 3º e 4º ano, acerca dos caracóis, nomeadamente: as suas características; o seu funcionamento; as espécies existentes (254 no arquipélago); como atraí-los; onde encontrá-los; para que servem; o que fazer com eles; como protegê-los e finalmente como fazer um terrário.
Posteriormente, a teoria foi posta em prática, com o equipamento apropriado (luvas e lupas) e a vontade de apanhar caracóis. Após a "caça", foi tempo de regressar à sala e colocar os moluscos na sua nova casa – o terrário.
Agora, resta cuidar dos nossos amigos e aprender muito com eles!
Boas práticas em Eco-Escolas - o uso das TIC.
São muitas as ferramentas disponíveis que se encontram à distância de um clique quando nos encontramos a navegar pela internet. Desde alojamento de páginas de internet até as mais recentes redes sociais, criar material didático e comunicar com o mundo tornou-se mais fácil e mais intuitivo. Mas saberemos rentabilizar cada uma das opções que nos oferece o mundo digital em que vivemos?
Qualquer projecto que seja implementado numa escola ou em qualquer outra instituição implica a utilização de muitos materiais tais como o papel. A metodologia de uma Eco-Ecola cuja atividade se baseia em questões ambientais deve assentar numa preocupação constante com os gastos de consumíveis. Nesse sentido, e com o auxilio das TIC é possível divulgar atividades pelas redes sociais, evitando gastos com cartazes ou criar inquéritos que serão respondidos via internet o que poderá contribuir para a redução de consumíveis e para a sensibilização sobre a necessidade de evitar desperdícios na sociedade em que vivemos.
Resumo da comunicação: EcoEscola e Agenda 21 Local
Palavras chave: Parceria; Sinergia local; Interdisciplinar; Transdisciplinar; A21L; Espaço público; Loja social; Cidadania; Solidariedade; Ambiente; Iliteracia/Literacia; Bookcrossing; Intervenção.
A Agenda 21 Local consiste num processo participativo de todos os cidadãos através do qual se procura o consenso entre as autarquias locais e os diversos parceiros da sociedade civil. Tem como principal objectivo preparar e implementar um Plano de Acção a longo prazo ao nível local dirigido aos problemas e prioridades locais, no qual se integram as preocupações de protecção ambiental, de prosperidade económica e de equidade social.
A Junta de Freguesia de Agualva aprovou em reunião do executivo de 1 de Fevereiro de 2010 a subscrição da carta de Alborg e inicia assim um compromisso perante a sua população e os organismos nacionais e internacionais de promover um desenvolvimento sustentável, permitindo qualidade de vida às gerações futuras.
Em 6 de Abril de 2010 esta mesma proposta foi aprovada em sessão da Assembleia de Freguesia de Agualva e foi aprovada também a adesão da Junta de Freguesia de Agualva ao ICLEI, organismo internacional para o desenvolvimento sustentável e congrega todos os processos formais de Agenda 21 Local.
Parceria entre Autarquia e EcoEscola
Um dos objectivos do Programa EcoEscolas é o de contribuir para a criação de parcerias e sinergias locais na perspectiva de implementação da Agenda 21 Local.
Dando continuidade a projectos anteriores, iniciou-se em 2010/11, uma parceria entre a Junta de freguesia de Agualva, cidade de Agualva-Cacém, Concelho de Sintra e a Escola Secundária com 3 C de Ferreira Dias, uma EcoEscola. Na Área de Projecto do 12 º ano, com especial realce nas turmas de Linguas e Humanidades, vários grupos de alunos, abraçaram a ideia de desenvolver projectos que viabilizassem a solução de problemas locais. Tendo em conta que a Área de Projecto, área não disciplinar, inscrita no currículo do ensino secundário, com uma natureza interdisciplinar e transdisciplinar, visa a realização de projectos concretos por parte dos alunos, com o fim de desenvolver nestes uma visão integradora do saber, promovendo a sua orientação escolar e profissional e facilitando a sua aproximação ao mundo do trabalho. A AP permite promover o desenvolvimento pessoal e social dos alunos e dos professores ao fomentar o trabalho cooperativo alicerçado na exploração e aplicação de processos mentais complexos, promotores da confiança em si e nos outros, do gosto pela investigação e pela descoberta e geradores de autonomia intelectual e cívica. A AP é também um espaço curricular próprio para que os alunos e professores criem oportunidades que aproximem a escola da comunidade e da sociedade em que esta se insere. Há muitas potencialidades de desenvolvimento em domínios como a aproximação ao mundo empresarial, às instituições de solidariedade social ou aos órgãos de poder local e central. São uma oportunidade para os jovens conhecerem e reflectirem sobre os problemas sociais, económicos, tecnológicos,científicos, artísticos, ambientais e culturais de forma integrada. Nesta perspectiva, a AP contribui positiva e inequivocamente para a formação pessoal e social dos jovens através de uma educação para a cidadania que pode e deve ser vivida, partilhada e reflectida em contextos reais e diversificados.
Foi pois, neste contexto que se iniciou uma sólida parceria para a implementação da A21L, entre a Junta de Freguesia de Agualva, cuja sede se localiza mesmo em frente à escola, e os vários Projectos que os diferentes grupos de alunos se encontram a desenvolver. Assim os grupos de alunos de 3 turmas de 12 º ano em Área de Projecto, destribuem-se nas áreas do Económico e Social, do Ambiente e Espaço Publico, promovendo a procura e implementação de soluções que ajudem à resolução de alguns dos problemas já identificados na Freguesia: “Yes we care”, “Loja Social – padrinhos de familia”, “Objectivos do Milénio”, “Literacia/Iliteracia – Bookcrossing”, “EcoEscolas”, “Educação pelos Pares”, “A21L”, “O Novo Espaço Publico”, “Ecopercursos”, “Ribeira das Jardas, monitorização ambiental”, são estes os temas tratados e que constituem as áreas prioritárias de intervenção no âmbito da Agenda 21 Local na Freguesia de Agualva.
O Processo Agenda 21 Local em Agualva irá desenvolver-se da seguinte forma:
1ª Fase | Preparação e Construção de Parcerias | Difundir conceitos e objectivos Estabelecer metodologias de actuação Recolha de informação Identificar prioridades Mobilizar esforços e parceiros locais |
Diagnóstico Levantamento de necessidades Realização de Fórum participativo Definição de Prioridades Análise de propostas e projectos Promoção de acções de sensibilização Dinamização de actividades |
2ª Fase | Delinear visão partilhada | Definir prioridades Orientar a acção |
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3ª Fase | Análise das Questões-chave | Definir objectivos, indicadores e propostas, através da participação dos técnicos e da população | |
4ª Fase | Implementação | Implementação de um Plano de Acção, através de parcerias, acções e divulgação | Plano de Acção |
5ª Fase | Monitorização e Avaliação | Avaliação e divulgação dos resultados |
Boas práticas em eco-escolas: Eficiência Hídrica
Nesta apresentação salienta-se a importância do uso eficiente da água em Portugal, com ênfase na eficiência hídrica nas escolas.
De facto, devido não só ao crescimento demográfico mas, fundamentalmente, ao desenvolvimento económico e ao nosso estilo de vida, a água potável é hoje um recurso escasso que, de bem comunitário e patrimonial, se transformou, ao longo das últimas décadas, em bem económico.
Acresce que, no nosso país, as ineficiências no ciclo urbano da água estão estimadas em 370 x 106 €/ano, representando cerca de 0,32% do nosso Produto Interno Bruto. Os edifícios de uso público, como as escolas, têm um papel significativo neste âmbito.
Na apresentação é demonstrada a importância do uso de dispositivos eficientes, descrevendo-se o sistema ANQIP de certificação e rotulagem da eficiência hídrica de produtos e são referidas outras soluções que podem ser implementadas em âmbito escolar, como as auditorias de eficiência hídrica em edifícios existentes.
Mostra de Ambiente e Sustentabilidade.
Entidades convidadas: AFN; AMI; ASPEA; Biofuturehouse; Camelo Artesanato - produtos regionais; CERVAS; CIBIO; Doar tinteiros; DRAmb Madeira; EMAM; FAPAS; Fernanda Botelho; Formato Verde; Ideias Ambientais; Parque Natural da Serra da Estrela; Quinta da Maunça; Weduc; Zóia.
Exposições:
“Escola da Energia 2010”; “ Posteres Eco-Código”. (ABAE). {localização: Piso 1 e escadas - TMG}
“Biodiversidade”. ICNB; “Floresta”. AFN. {localização: Sala de Ensaias - TMG (Espaço E)}
Os participantes poderão realizar o Jogo "Olho-Código" associado à Exposição Eco-Códigos, através do preenchimento e entrega da ficha de jogo incluída nas pastas. Bons resultados: prenda-surpresa.
Toda a informação sobre a acção estará disponível na página da ABAE: www.abae.pt/programa/EE
Nota: Os inscritos nesta acção deverão assinar presença 2 vezes/dia.
Foto-reportagem Eco-escolas. Serão premiadas as 3 melhores fotografias sobre a visita, enviadas para ecoescolas@abae.pt até 15 de Fevereiro. A constituição do Júri é da responsabilidade da ABAE.
*a confirmar