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Educação Científica para a Sustentabilidade: uma reflexão sobre a escola do século XXI
Orlando Figueiredo
Em 2006, publiquei um artigo na revista Interações intitulado “A controvérsia na educação para a sustentabilidade: uma reflexão sobre a escola do século XXI”. Foi este artigo que levou à minha presença neste encontro; assim, irei sintetizar as principais ideias patentes nesse artigo e mais algumas provenientes de aprendizagens e reflexões posteriores.
A escola atual está organizada sobre uma estrutura disciplinar. Com fundações no século XIX, altura em que o ensino das ciências foi contemplado nos currículos das escolas portuguesas, esta disciplinarização não faz mais sentido. Os problemas tornaram-se holísticos e holísticas são também as soluções. A escola têm de responder a esta necessidade cada vez mais atual e pertinente. Se o objetivo é formar cidadãos capazes de ponderar o impacte que a sua ação tem no equilíbrio global e de decidir e intervir na construção social, de forma consciente, então a escola tem de mudar de estratégia e adotar abordagens sistémicas dos saberes, sobretudo no que respeita aos saberes científicos.
Para que a escola se transforme é necessário reconverter a construção social do seu papel. Tradicionalmente a escola é vista, numa perspetiva pessoal, como um local onde o aluno vai adquirir saberes (previamente estabelecidos) que lhe permitirão atingir sucesso social; numa perspetiva social é tida como a instituição responsável por transmitir um cânone epistémico socialmente valorizado a uma nova geração. Esse cânone epistémico é considerado fundamental para o crescimento e desenvolvimento económico da sociedade onde a escola está inserida. Raramente a escola é perspetivada como o local onde se constroem saberes.
Contudo, a degradação ambiental e social não é um problema isolado; resulta de um complexo sistema de relações, interesses e ações que têm por protagonista a espécie humana. David Orr (2004) refere no seu livro Earth in Mind que “toda a educação é educação ambiental [...] ensinar economia sem referência às leis da termodinâmica ou à ecologia é ensinar uma lição ecológica importantíssima: que a física e a ecologia não têm nada a ver com a economia” (p. 12) o que, como os nossos tempos testemunham, é absolutamente falso.
Precisamos, desesperadamente, de soluções criativas. Educamos alunos hoje que vão lidar com tecnologia que nem sequer conseguimos imaginar. Mais do que a reprodução de saberes exteriores, estanques e definitivos, os nossos alunos precisam aprender a partilha de ideias, a resolver problemas, e a construir soluções criativas e inovadoras. É importante percebermos que não está em causa a importância dos saberes científicos; o que está em causa é a forma como eles são ensinados, que molda e baliza o que os alunos conseguem fazer com eles. Não é legitimo, como frequentemente acontece, fazer da educação para a Sustentabilidade uma lista de problemas diagnosticados e de falsas soluções. O aluno tem de refletir sobre a complexidade global e compreender que se ele é parte do problema, é, também, parte da solução.
Não tenho dúvidas em afirmar que, partindo de aqui e agora, precisamos de repensar a forma como ensinamos. Mesmo mantendo esta estrutura disciplinar, é possível ensinar de forma holística e sistémica os diferentes saberes. A resposta, mais imediata, está na mudança das práticas dos professores. A adoção de uma prática de ensino generalizada centrada no aluno; uma prática que permita ao aluno envolver-se na conceção de soluções a nível local e global; uma prática que permita e incentive o aluno a aprender exercendo a sua cidadania. É sendo cidadão que o aluno pode tomar consciência da realidade que o envolve e pensar e refletir sobre ela tendo por pano de fundo o conhecimento das ciências físicas e naturais, mas também da história da geografia e de outras áreas do conhecimento que naturalmente se integrarão nas atividades discentes. Esta é uma solução que na minha opinião é possível implementar aqui e agora, ainda que reconheça a necessidade de formar professores. Não é a resposta derradeira, mas é um começo porque é também necessário começar a consciencializar os professores.
A escola mudará somente quando os professores se tornarem em agentes de mudança e inovação. Não é fácil. Todos nós, professores, fomos socializados num processo educativo que valoriza os saberes magistrais válidos e imutáveis e a tendência é a reproduzi-los; mas é importante quebrar este ciclo antes que seja tarde de mais. Só com a adoção de metodologias ativas que promovam a discussão, o confronto com as preconceções, a reflexão sobre a sua adequação face às questões em causa e a, eventual, tomada de posições, poderemos ter uma abordagem eficaz dos assuntos relacionados com a sustentabilidade e começar a construir uma nova escola. Precisamos pois, como afirma Henry Giroux (1988) de professores que sejam transformadores intelectuais da Educação. Precisamos de Professores de Excelência.
Referências bibliográficas
Giroux, H. A. (1988). Teachers as intellectuals: Toward a critical pedagogy of learning. Westport, CT: Greenwood Publishing Group.
Orr, D. (2004). Earth in mind: On education, environment, and the human prospect. Washington: Island Press.
A BIODIVERSIDADE A FLORESTA E A HUMANIDADE
Jorge Paiva
Centro de Ecologia Funcional. Universidade de Coimbra
Qualquer pessoa sabe que precisa de comer para viver e crescer e que a comida é constituída por material biológico (vegetal, animal ou de outros organismos).
Também toda a gente sabe que qualquer motor para trabalhar precisa de um combustível que, através de reacções químicas exotérmicas (combustão) liberta calor (energia) suficiente para que o motor funcione. Os carburantes (gasolina, gasóleo, álcool, gás, etc.) são compostos orgânicos com Carbono (C), Hidrogénio (H2) e Oxigénio (O2). O combustível que não é consumido, por não ter utilidade na produção de energia (calor), é expelido pelos tubos de escape, sendo até poluente.
Todos sabemos que o nosso corpo que tem vários “motores”. O coração é um desses “motores” que está sempre a “bater” (trabalhar) e que não pode parar. Quando pára, morre-se. Se o coração é um motor, tem de haver um combustível para que este motor funcione. Esse combustível é a comida, que não é de plástico, nem são pedras, mas sim produtos vegetais e animais. Essa comida que ingerimos é transformada no nosso organismo em energia (calor), através de reacções exotérmicas (digestão) semelhantes à referida combustão, que vai fazer com que os vários motores do nosso corpo, entre os quais o coração e os pulmões, trabalhem e nos mantenham vivos.
Na comida estão as substâncias combustíveis com Carbono (C), Hidrogénio (H2) e Oxigénio (O2), como são os hidratos de carbono (açucares, farinhas, etc.), lípidos (gorduras, como o azeite, a manteiga, etc.) e proteínas (na carne, no peixe, nas leguminosas, como o feijão, a fava, a ervilha, etc.). Estas últimas têm mais um elemento, o Azoto (N2), que, apesar de nos ser muito útil em reduzida quantidade, é muito tóxico. Assim, tal como acontece com os veículos automóveis, da comida que ingerimos, o que não é transformado em energia é expelido do nosso corpo sob a forma de fezes. Mas nós temos de ter outro escape para o azoto, que é a urina.
Assim, qualquer pessoa entende que os outros seres vivos são a nossa “gasolina” (combustível) e que se não os protegermos e eles desaparecerem do Globo Terrestre, também nós vamos desaparecer, por ficarmos sem carburante.
Todos os seres vivos necessitam dessas substâncias orgânicas como nutrientes (“combustíveis”). As plantas, porém, não precisam de comer, porque são os únicos seres vivos que são capazes de as sintetizarem (produzirem), “acumulando” no seu corpo o calor (energia) do Sol (a fonte de energia que aquece o Planeta Terra) com a ajuda de substâncias (CO2 e H2O) existentes na atmosfera e reacções químicas endotérmicas (fotossíntese). Como os animais não são capazes de fazer isso, têm que comer plantas (animais herbívoros) para terem produtos energéticos ou, então, comerem animais que já tenham comido plantas (animais carnívoros). Nós, espécie humana, tanto comemos plantas como animais, por isso, dizemos que somos omnívoros.
Entre as plantas, há enormes diferenças na quantidade de biomassa que produzem e no volume de gás carbónico (CO2) que retiram da atmosfera e o de oxigénio (O2) que libertam, como, por exemplo entre o que produz uma pequena erva anual e uma árvore que está todo o ano ao sol. Por isso, as florestas são ecossistemas de biodiversidade elevada. Mas. entre as árvores, as maiores produtoras são as da floresta tropical de chuva (pluvisilva), pois, por se encontrarem nas zonas equatoriais, têm o Sol não só praticamente na vertical, como tiram proveito de maior luminosidade, por os dias serem praticamente iguais durante todo ano (12 horas de luminosidade diária). É, por isso, que é nestas florestas que não só se encontram os maiores seres vivos terrestres (árvores com 6000 toneladas), como também são as florestas de maior biomassa vegetal. Portanto, são essas florestas que podem alimentar não só os maiores herbívoros terrestres (elefantes), como a maior quantidade de outros herbívoros e uma enorme diversidade de organismos. As florestas tropicais são, pois, os ecossistemas terrestres de maior biodiversidade, são o “pulmão” do Globo por ser aí que se produz o maior volume de oxigénio (O2) e são a região com maior ação “purificadora” do ar, por ser aí que as plantas absorvem o maior volume de gás carbónico (CO2).
Mas os outros seres vivos não são apenas as nossas fontes alimentares, fornecem-nos muito mais do que isso, como, por exemplo, substâncias medicinais (mais de 80% dos medicamentos são extraídos de plantas e cerca de 90% são de origem biológica), vestuário (praticamente tudo que vestimos é de origem animal ou vegetal), energia (lenha, petróleo, ceras, resinas, etc.), materiais de construção e mobiliário (madeiras), etc. Até grande parte da energia eléctrica que consumimos não seria possível sem a contribuição dos outros seres vivos pois, embora a energia eléctrica possa estar a ser produzida pela água de uma albufeira, esta tem de passar pelas turbinas da barragem e as turbinas precisam de óleos lubrificantes. Estes óleos são extraídos do “crude” (petróleo bruto), que é de origem biológica.
Enfim, sem o Património Biológico (Biodiversidade) não comíamos, não nos vestíamos, não tínhamos medicamentos, luz eléctrica, energia, etc.
Projeto Conhecer o Oceano
Margarida Suárez
Ciência Viva
Conhecer o Oceano (oceano.cienciaviva.pt) visa estimular o envolvimento dos cidadãos nos temas do Mar e surge como resposta ao destaque e importância que o Mar tem tido na agenda política e científica.
Conhecer o Oceano tem como base a iniciativa norte-americana Ocean Literacy desenvolvida por dezenas de entidades científicas e educativas, que identificou os Princípios Essenciais para uma cultura científica do Oceano e os integrou nos vários níveis de ensino do currículo escolar. Dando continuidade à parceria de vários anos estabelecida com entidades norte-americanas na temática do Oceano, a Ciência Viva coordenou a contextualização deste projeto à realidade portuguesa com o apoio de uma equipa de investigadores das Ciências do Mar e das Ciências da Educação.
Transmitindo ao público a interdependência que existe entre o Oceano e a vida na Terra o projeto disponibiliza:
- Conhecimento essencial sobre as ciências do mar adaptado ao currículo escolar;
- Recursos educativos sobre o Oceano adequados a cada nível de escolaridade;
- Enquadramento sobre as políticas públicas do mar;
- Informação sobre a investigação relacionada com o mar que se está a fazer em Portugal.
Tendo a comunidade escolar como um dos principais focos desta campanha, durante os anos letivos de 2011/2012 e 2012/2013 serão promovidas atividades experimentais e tecnológicas relacionadas com a temática do Oceano em escolas básicas, secundárias e profissionais.
Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica
A Ciência Viva foi criada em 1996 com o objetivo de promover a cultura científica e tecnológica, baseando a sua ação em três instrumentos fundamentais:
1. Um programa - Ciência Viva na Escola - de apoio ao ensino experimental das ciências e à promoção da educação científica na escola
2. A organização de campanhas nacionais de divulgação científica, estimulando o associativismo científico e proporcionando à população oportunidades de observação de índole científica e de contacto direto e pessoal com especialistas em diferentes áreas do saber
3. Uma rede nacional de Centros Ciência Viva, concebidos como espaços interativos de divulgação científica para a população em geral, mas também como plataformas de desenvolvimento regional - científico, cultural e económico - através da dinamização dos atores regionais mais ativos nestas áreas.
A importância da Alimentação Biológica
Jaime Ferreira
Agrobio
Esta comunicação procurará evidenciar o contributo de 27 anos da AGROBIO – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica para o desenvolvimento da Agricultura Biológica em Portugal. O seu papel inovador e pioneirismo na formação de agricultores e técnicos em Agricultura Biológica. As acções de sensibilização para a produção e consumo de produtos biológicos. A promoção da alimentação biológica como um contributo para a saúde pública, alimentação saudável e adopção de um estilo de vida responsável. Conceito de Alimentação Saudável. Alimentos Biológicos produzidos localmente. Alimentos da Época. Dieta Equilibrada. Consumo responsável.
Extensão da Plataforma Continental Portuguesa: no Território, na Ciência, na Tecnologia, na Sociedade
Raquel Costa
EMAM
Faça aqui o download do resumo deste workshop.
O pescoço de Lamarck e o ovo da galinha - um caminho para uma nova ortodoxia didática?
João Neves
Departamento Educacional do Zoomarine (educacional@zoomarine.pt)
O Zoomarine, desde a sua origem, desempenha um papel importante na sensibilização da sociedade civil, procurando transmitir, de forma eficaz, conceitos de Ciência e Conservação da Natureza. Representa, ainda, um veículo único de disseminação de importantes avanços e desafios científicos em temas atuais e de particular interesse para os cidadãos, com particular destaque para o Mar. Mas uma das suas funções passa por contribuir, objectiva e incontornavelmente, na implementação de novas e originais ortodoxias pedagógicas.
Ensinar a pescar, já diz o ditado... Esta atividade pretende desafiar algumas das “verdades” dos participantes aquando da planificação e implementação de uma qualquer dinâmica escolar. Através da correta idealização, planificação e realização de atividades escolares, o educador tem a possibilidade de envolver os seus educandos para temáticas relacionadas com a conservação da natureza e/ou responsabilidade individual, contribuindo para uma, cada vez mais necessária, mudança no paradigma da Educação Ambiental.
O repto será lançado com base numa perspectiva construtivista, onde o contributo individual é fundamental para um desfecho coletivo original.
WORKSHOP MAR DE OPORTUNIDADES
O Mar ocupa mais de 70% do planeta, detém quase 98% do seu volume de água e é essencial à manutenção da vida na Terra. Desempenha um papel fundamental na regulação do clima, atuando como um acumulador e distribuidor de energia solar e amenizando oscilações térmicas. É também uma fonte do oxigénio que respiramos e um imenso sumidouro de dióxido de carbono que produzimos; constitui uma fonte muito importante de recursos alimentares e a biodiversidade é riquíssima. Ao mar estão ainda associadas um conjunto grande de atividades, económicas, sociais, culturais e recreativas, que constituem fonte de emprego, de diversão e de riqueza.
Desde sempre que o mar influenciou as tradições, a literatura, a arte e até a gastronomia de muitos países. Em Portugal, desde o século XVI, o mar foi largamente “cantado” por historiadores e poetas, desde Camões a Fernando Pessoa e Sophia de Mello Breyner Andresen. Muitos outros autores tiveram no mar a fonte de inspiração para obras marcantes da literatura internacional, nomeadamente Hernest Hemingway, John Steinbeck ou Herman Melville. A representação do mar na pintura foi, também, artisticamente conseguida pela mão de variados pintores, que o retrataram em perspetivas muito diferentes. Em Portugal, a vasta obra do rei D. Carlos de Bragança conta com inúmeras pinturas onde ficou registada a sua paixão pelo mar. A ligação histórica de Portugal ao mar ficou marcada com os Descobrimentos. Grandes e corajosos navegadores cruzaram oceanos em busca de outros mundos por descobrir.
Apesar da sua relevância inequívoca, Portugal passou as últimas décadas de costas voltadas para o mar. Por razões pouco compreensíveis, o mar tornou-se para os portugueses, algo que os ligava ao passado. Perdendo-se, ao longo destes anos, uma cultura de “mar”. No entanto, o mar continua a ser a imagem de marca de Portugal, associada a uma posição geográfica estratégica e a uma história marítima muito rica. Numa época marcada por uma conjuntura mundial incerta e difícil, a exploração de atividades associadas com o mar aparece, para Portugal, como uma oportunidade para desenvolver diversos setores importantes para gerar valor e riqueza, como por exemplo: Transportes marítimos e portos; Náutica de recreio e turismo náutico; Pesca, aquacultura e indústria do pescado e Energias, minerais e biotecnologia. O “mar português” deve ser visto como um recurso natural com uma variedade de oportunidades a desenvolver, ainda mais quando o território marítimo é 19 vezes superior ao território continental, ou seja, é possível desenvolver no mar 19 vezes aquilo que se pode desenvolver em terra.
Neste contexto, o Oceanário de Lisboa, promove o workshop “Mar de oportunidades” que pretende redescobrir e potenciar a importância, cultural, ambiental, histórica, científica, recreativa, económica e social do mar. Serão apresentados conteúdos e atividades pedagógicas originais, que poderão ser aplicadas e adaptadas ao contexto escolar, criando em simultâneo um espaço de debate sobre o tema.
SABEMOS HOJE, QUE É IMPERATIVO ACEITAR O DESAFIO E VOLTAR A OLHAR O MAR, COMPREENDENDO COMO PODE, AINDA, CONTRIBUIR PARA O NOSSO FUTURO!
Workshop “Que morcego é este?
Cristina Vieira1 e Luísa Rodrigues2
1 – Depart. de Comunicação e Gestão de Operações
2 - Depart. de Conservação e Gestão da Biodiversidade - Unidade de Espécies e Habitats
R. de Sta. Marta, 55 – 1169 – 230 Lisboa, Tel. 21 350 79 00, fax 21 350 79 84, E-mail: icnb@icnb.pt; Site: www.icnb.pt
Esquema do workshop:
- breve apresentação acerca dos Morcegos e do seu Ano (cerca de 10 minutos);
- em grupos de 3, e utilizando morcegos embalsamados, realizar-se-á um exercício de identificação (até ao género) onde os participantes ficarão ainda a conhecer algumas curiosidades e características acerca de espécies existentes em Portugal (cerca de 15 minutos);
- em grupo, os participantes delinearão e colocarão em prática uma apresentação para descrever uma das espécies e divulgar aspectos da sua conservação (25-30 minutos para delinear a actividade e 5 minutos para apresentação).
No workshop os participantes terão uma oportunidade única de observar algumas das características morfológicas de espécies de morcegos existentes em Portugal.
Porquê um workshop sobre morcegos?
A Ordem Chiroptera inclui mais de 1000 espécies e tem uma ampla distribuição a nível mundial. Em Portugal são actualmente conhecidas 27 espécies de morcegos, 25 das quais no continente. O estatuto global de ameaça de parte relevante das espécies de morcegos da Europa levou a que fossem protegidos por legislação diversa. Para além de legislação nacional os morcegos portugueses estão protegidos pela Directiva Habitats da União Europeia, pela Convenção de Berna do Conselho da Europa e pela Convenção de Bona sobre as Espécies Migradoras. No âmbito desta foi adoptado um Acordo: o EUROBATS – Acordo sobre a Conservação das Populações de Morcegos Europeus. A Convenção de Bona e o EUROBATS declararam os anos de 2011 e 2012 como Ano do Morcego.
No workshop será divulgado o site nacional dedicado ao Ano do Morcego www.wix.com\anodomorcego\icnb, que disponibiliza materiais de divulgação e notícias dos eventos organizados e onde os professores poderão divulgar as actividades e projectos que venham a fazer sobre este tema. Inclui ainda apresentações PowerPoint com texto de apoio, para os níveis: pré-escolar e 1º ciclo; 2º e 3º CEB; e divulgação geral.
Serão também apresentadas sugestões de actividades como palestras, oficinas de construção de p. ex. máscaras, morcegos, insectos, abrigos, camisolas, adereços, carimbos, mobiles, cartazes, livros, caixas-abrigo em vários materiais, pinturas faciais, jogos e histórias, dramatizações, desfiles de Carnaval e saídas ao anoitecer com detector de ultra-sons.
Algumas particularidades dos morcegos
Sendo os únicos mamíferos com capacidade de voo e estando activos sobretudo de noite, os morcegos apresentam características biológicas muito peculiares e variadas:
- apesar de serem “mor-cegos”, não são cegos, mas na maior parte das espécies a visão não é suficiente para conseguirem voar no escuro a grande velocidade. Por isso, recorrem à ecolocalização, i.e. à emissão de ultrassons que são reflectidos quando encontram um obstáculo, permitindo –lhes localizar objectos pela interpretação do eco.
- têm uma grande diversidade morfológica, apresentando uma grande variedade de cores, forma e tamanho das orelhas, forma dos focinhos e tamanho do corpo.
- podem ocupar abrigos de muitos tipos, como árvores, grutas e minas, edifícios e cavidades de falésias e pontes. É frequente mudarem de local de abrigo ao longo do ciclo anual, fazendo migrações sazonais que em Portugal podem chegar às centenas de quilómetros.
- têm uma dieta muito variável: apesar da maior parte das espécies europeias se alimentarem exclusivamente de insectos e outros artrópodes, um dos nossos morcegos também caça pequenas aves. Noutras regiões do Mundo há espécies que se alimentam de frutos, néctar, pequenos vertebrados e mesmo de sangue.
- são um elo fundamental no funcionamento de diversos ecossistemas: são presa para alguns vertebrados; importantes predadores de insectos e de outros pequenos artrópodes; e os principais portadores de matéria orgânica para sistemas subterrâneos. Nos trópicos as espécies frugívoras e nectarívoras são fundamentais na regeneração de florestas ao dispersarem as sementes e polinizarem diversas espécies de plantas.
- algumas particularidades biológicas têm vindo a ser utilizadas na investigação médica e farmacêutica, como no estudo de mecanismos de orientação em invisuais com base na ecolocalização e no desenvolvimento de anticoagulantes baseados em proteínas da saliva dos morcegos hematófagos.
Algumas espécies de morcegos são consideradas como ameaçadas tanto à escala nacional como em toda a sua área de distribuição global. Das 25 espécies que ocorrem em Portugal continental, três estão consideradas criticamente em perigo, uma em perigo e cinco vulneráveis.
De entre os factores que afectam negativamente as populações de morcegos, destacam-se:
- perturbação de abrigos, em particular no caso de subterrâneos (a perturbação é particularmente nefasta nos períodos de maternidade e hibernação)
- destruição de abrigos
- alteração dos habitats nas áreas de alimentação
- uso indiscriminado de pesticidas (não só diminui a diversidade e abundância de presas como pode contaminar os morcegos através da ingestão de insectos contaminados)
- atropelamento, em particular no caso das espécies de voo baixo (morcego-de-ferradura-grande, morcego-de-ferradura-pequeno, morcego-de-ferradura-mediterrânico, morcego-de-ferradura-mourisco, morcego-negro, morcego-orelhudo-castanho, morcego-orelhudo-cinzento)
- mortalidade causada por aerogeradores, em particular no caso das espécies de voo alto (morcego-arborícola-pequeno, morcego-arborícola-grande, morcego-arborícola-gigante, morcego-rabudo, morcego de Savi)
Por todas estas razões, os morcegos existentes em Portugal precisam que as pessoas os conheçam, sem os perturbar, e que os mais novos entendam que, mesmo que não os considerem bonitos, têm um importante papel nos ecossistemas e na defesa da saúde humana enquanto eficazes predadores de insectos.
Esperamos cativar os participantes a participar no Ano do Morcego e ficamos à espera de receber informações sobre as actividades que irão desenrolar no âmbito do Ano do Morcego. Envie os dados e fotografias para rainhoa@icnb.pt e rainhoa@gmail.com.
Os interessados em receber a newsletter podem pedi-la para morcegosicnb@gmail.com
Porque... Os morcegos precisam que as eco-escolas sejam suas aliadas!
“Charcos com Vida” – como escolher ou fazer um bom charco?
Jael Palhas
Os charcos podem suportar uma elevada biodiversidade, e ser um recurso pedagógico extraordinariamente útil para os professores e marcante para os alunos, pelo que a campanha Charcos com Vida, desenvolvida pelo CIBIO, promove a adopção de charcos pelas escolas.
Infelizmente, nem todos os charcos têm a biodiversidade que seria desejável e, por vezes, pequenos aspectos poderão fazer toda a diferença. Como escolher um bom charco para adoptar? Como criar um bom charco? Como melhorar um charco para que ele possa ter mais vida selvagem? São estas e outras perguntas que se pretende esclarecer com este workshop, através de uma apresentação sobre o tema e de alguns exercícios práticos.
“Anilhagem e Liberdade”
Texto adaptado da informação disponibilizada pela página da Associação Portuguesa de Anilhadores: http://www.apaa.pt
A anilhagem de aves é um método de investigação que se baseia na marcação individual destes animais. Qualquer registo de uma ave anilhada obtido através da sua recaptura e posterior libertação poderá fornecer-nos muita informação sobre a sua vida e sobre os seus movimentos.
A análise das deslocações das aves anilhadas permite definir as suas rotas migratórias e as áreas de repouso e paragem, disponibilizando deste modo informação para o planeamento de sistemas integrados de gestão de áreas importantes para a fauna. Paralelamente, com base na informação recolhida através da recaptura de aves anilhadas, pode obter-se um conjunto de parâmetros populacionais essenciais para determinar as causas das variações numéricas das populações de aves.
Durante os seus longos voos, as aves migradoras deslocam-se livremente através de territórios ignorando as fronteiras políticas dos Estados, devendo por isso ser encaradas como património colectivo. A criação em 1963 de uma rede internacional de estações de anilhagem conhecida por EURING (www.euring.org), foi indispensável para uma gestão correcta e eficaz da anilhagem na Europa.
A anilhagem de aves com objectivos científicos iniciou-se em 1889 na Dinamarca, quando H. Mortensen libertou estorninhos portadores de anilhas metálicas numeradas, com seu endereço gravado. Desde então a anilhagem foi-se transformando numa técnica de investigação normalizada. Atualmente é usada uma grande variedade de tamanhos e tipos de anilhas para marcar diferentes espécies, de acordo com o diâmetro e estrutura das patas e com os habitats que as aves frequentam. Podem ainda utilizar-se anilhas especiais e outros tipos de marca para identificação das aves à distância sem que seja necessário capturá-las.
Muitas aves são anilhadas no ninho enquanto juvenis, sendo porém necessário utilizar diversos tipos de redes ou armadilhas para capturar a maior parte das aves adultas. Contudo, e independentemente do método de captura usado, é fundamental que os anilhadores garantam a segurança das aves que anilham. As aves muito pequenas são quase sempre capturadas em redes de nylon muito finas, sendo essencial uma selecção cuidadosa da dimensão da malha e do tipo de material utilizado na confecção da rede, a fim de reduzir o risco de danificar as penas das aves. Após serem retiradas das redes, as aves são geralmente colocadas em sacos macios de algodão, onde permanecem sossegadas e secas até serem anilhadas e libertadas.
Por toda a Europa, mais de 10 mil pessoas entusiastas anilham regularmente. A anilhagem é pois uma técnica de investigação científica na qual os amadores desempenham um papel primordial. A maior parte dos anilhadores são entusiastas não profissionalizados que contribuem com a sua experiência e tempo livre para o estudo das aves enquanto os anilhadores profissionais pertencem geralmente a universidades e/ou institutos de investigação.
Em muitos países a anilhagem de espécies sensíveis ou em perigo encontra-se estritamente controlada. Nestes casos, a autorização para anilhar aves destas espécies apenas é concedida a anilhadores muito experientes e desde que integrada em projectos de conservação. No decurso de uma operação de anilhagem podem ser registados diferentes tipos de informação como: a idade, o sexo, diversos tipos de medições morfológicas, a quantidade de gordura acumulada, o estado da muda e o habitat em que a ave foi capturada.
No caso de uma ave ser recapturada por outro anilhador (controlada), o registo sucessivo das biometrias permite estudar diferentes aspectos do seu ciclo de vida, tais como as variações da massa corporal que antecedem a migração ou o desenvolvimento da muda. Quando uma anilha é recuperada por um elemento do público ou por outro anilhador, esse facto é comunicado à Central Nacional de Anilhagem. O número dessa anilha é verificado nos registos de aves anilhadas, o captor e o anilhador são depois informados sobre os locais, datas e circunstâncias de anilhagem e recuperação da ave. Quando uma anilha é recuperada fora do país onde foi colocada é necessário que as centrais de anilhagem troquem a informação necessária.
Anualmente cada central nacional de anilhagem publica resumos dos números de aves anilhadas e recuperadas. Anualmente, são anilhadas na Europa cerca de 3,8 milhões de aves, sendo recapturadas cerca de 90 mil. A proporção de aves anilhadas que é posteriormente recapturada apresenta, consoante as espécies, grandes diferenças, podendo variar entre 1% nos pequenos Passeriformes a mais de 50% na Cegonha-branca. A anilhagem tem vindo a ser efectuada por toda a Europa ao longo deste século, o que torna os dados de recuperação de anilhas no mais valioso conjunto de informação jamais armazenado e disponível para qualquer grupo animal.
Para a captura e anilhagem de aves, é necessário possuir autorizações fornecidas pelas autoridades nacionais. A responsabilidade da coordenação da atividade da anilhagem em Portugal está cometida ao ICNF através da Central Nacional de Anilhagem.
Horta Prática Biológica em Permacultura
Isabel Castanheira
Quinta dos 7 nomes
Síntese: A Permacultura é um sistema que pretende produzir alimentos restaurando eco-sistemas mantendo-os de forma permanente, e com o mínimo de intervenção humana posterior. A Permacultura tenta compreender e respeitar os padrões da natureza, mimetizando-os nos trabalhos realizados. Neste workshop iremos aprender a implementar uma pequena horta biológica com recurso a algumas técnicas básicas da Permacultura.
“Seleção, recolha e conservação de sementes”
Graça Ribeiro
Variedades tradicionais, porquê recolher e conservar sementes?
Os diferentes métodos de limpeza e conservação de sementes, para as especies hortícolas.
Selecção, recolha e limpeza de sementes de tomate, alho pôrro, pimento, alface e muitas outras plantas que crescem nas hortas.
A importância de preservar variedades nas escolas, e recolher as suas sementes com os alunos.
REDE DECOJovem
Rede de Escolas Promotoras da Educação do Consumidor
Fernanda Santos
DECO
www.deco.proteste.pt/associacao
Ser consumidor, ao contrário do que possa parecer, não é nada fácil! Saber escolher bens e serviços na abundância e diversidade do mercado, assumir uma atitude crítica e saber dizer não às pressões comerciais, ser responsável e criterioso para contribuir para a sustentabilidade do ambiente e da sociedade, exige-nos competências específicas e atualizadas que nos capacitem como consumidores esclarecidos para agir dentro da sociedade (e economia) do conhecimento.
As crianças também já são consumidoras e um relevante segmento de mercado e os jovens, os potenciais clientes que importa fidelizar para o futuro. A estes, colocam-se desafios ainda mais exigentes dos que os atuais, assumirão maiores responsabilidades com os seus comportamentos de consumo e enfrentarão maiores riscos com as suas escolhas. As crianças e os jovens têm que ser preparados para agir, no futuro, como consumidores informados e críticos num mercado inovador e competitivo do qual podem tirar vantagens, em compromisso com um desenvolvimento sustentável.
A comunidade educativa em parceria com a DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor podem assumir conjuntamente o compromisso de promover a educação do consumidor e capacitar os mais novos para estes desafios no consumo. A DECOJovem é a nossa estratégia para apoiar a escola na concretização deste objectivo. Quem somos? O que fazemos? Que experiências já desenvolvemos? O que podemos construir juntos? São perguntas com resposta neste espaço de trabalho e discussão.
ÁGUEDA 21 – BOAS PRÁTICAS NA CONSTRUÇÃO DA SUSTENTABILIDADE LOCAL
A subscrição dos Compromissos de Aalborg e a implementação da Agenda 21 Local da Águeda surgiu da necessidade sentida de desenvolver uma comunidade local mais sustentável, promovendo a participação pública alargada e integrando políticas e iniciativas num processo designado como Águeda 21.
Apesar do esforço desenvolvido pela Autarquia de modo a estimular a participação dos cidadãos e promover a sustentabilidade ambiental, social e económica, com o Águeda 21 procurou-se ir mais além: garantindo aos munícipes informação sobre desenvolvimento sustentável, bem como oportunidades para a partilha de responsabilidades, aumentando a transparência, a cooperação e a consciência de que cada cidadão pode fazer algo mais para que Águeda se aproxime de alguns patamares europeus de sustentabilidade e qualidade de vida. Tratando-se de um profundo processo de desenvolvimento local com estímulo à participação das raízes da sociedade civil. Onde se procurou trabalhar sempre com este princípio em mente, daí a associação à Agenda 21 Local da frase “Dez coisas pelo Planeta” (as das duas mãos abertas...).
Uma das inovações do Águeda 21 é o facto de não ter um Plano de Ação, isto é, não foi preparado um só plano centralizado pela autarquia. Alternativamente estabeleceram-se os “10 Compromissos de Águeda pela Sustentabilidade” que foram definidos pelos cidadãos em Fóruns Participativos (sessões presenciais e na Internet) e, a partir dos quais, cada cidadão e entidade cria e criará o seu plano de acção individual. Simples metas e ações, podem dar espaço para que as empresas locais apoiem as diversas iniciativas, as escolas envolver-se-ão em diversas atividades com os seus alunos, etc.. Os planos de ação serão mais flexíveis, realistas, participados, mesmo que sejam modestos, mas terão um quadro de referência que os orienta – o Compromisso de Águeda pela Sustentabilidade.
O processo de Agenda 21 Local foi desenvolvido ao nível do município de Águeda, nas suas 20 freguesias sem excepção, tendo-se trabalhado ainda com todas as escolas, desenvolvido ações para as IPSS, para o setor empresarial, entre outros. Ao todo, em apenas dois anos, foram envolvidos direta e indiretamente cerca de 30.000 cidadãos, 200 associações locais e regionais, registaram-se mais de 49.000 visitas ao blog do projeto e são mais de 2.000 os subscritores do Boletim Águeda 21. Foi ainda criado o Prémio Águeda 21, um prémio monetário (5.000,00€) que visa destacar a sustentabilidade e premiar a excelência.
OS IMAGINHEIROS DO SÉCULO XXI
Luís Rabaça
Tendo as Nações Unidas designado a presente década como a da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, é justo reconhecer que tal facto reavivou as forças de todos nós na regeneração e/ou construção de uma Cidadania mais Amiga do Ambiente, mas também sempre e cada vez mais Viva! É que proteger o Ambiente é antes de mais Educar e Conhecer.
Educar para aprender a olhar para dentro de nós, e ter um, dois, ou muitos motivos para sorrir. Conhecer para poder amar e preservar aquilo que nos rodeia. Indissociável alerta a todos nós foi levantado em 2007 com a atribuição do Prémio Nobel da Paz ao Sr. Al Gore e ao Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas. Foi a segunda vez que este prémio foi associado ao tema ambiente (o primeiro foi a Wangari Maathai em 2004), o que não deixa de refletir também a cada vez maior influência deste tema na manutenção da paz nas sociedades atuais.
É também por isso que, com muito gosto, trabalhamos cada vez mais com e para aquele que consideramos um dos nossos mais valiosos patrimónios (porventura o mais valioso de todos): as Crianças e Jovens. É para e com eles que queremos, desde já, desenhar o futuro do nosso Concelho, utilizando o lápis mágico da sua criatividade: cheio de vida, funcionando, dessa forma, como regenerador e catalisador de vontades e motivações para se «fazer sempre mais e melhor».
Vital, porém, no desenvolvimento harmonioso de qualquer Rua, Freguesia, País ou Planeta resulta a participação ativa dos verdadeiros PAIS NATUREZA, preocupados mas, mais do que isso, participativos nesta inovadora e criativa forma de EDUCAR.
Coastwatch
Guilhermina Mesquita
GEOTA
Com vinte e dois anos de vida podemos afirmar que o Coastwatch é um Projecto geracional já que, para além de ter encontrado colegas que enquanto alunos participaram no projecto e o retomaram agora como docentes, é um projecto que por realizar campanhas nacionais de monitorização, estas têm uma forte componente de instrução e informação pedagógicas, as quais acabam por valorizar a preservação do ambiente litoral, alterar padrões de comportamento e em simultâneo proporcionarem o fácil envolvimento voluntário de alunos e professores estimulando à participação da comunidade, nomeadamente as autarquias.
Este Projecto pretende consciencializar as pessoas do declínio generalizado dos ecossistemas bem como para a degradação do ambiente litoral em geral. Alterar este estado de coisas pressupõe uma mudança de comportamentos de todos nós, e uma melhoria qualitativa do exercício da cidadania, formando “adultos” mais preocupados e conscientes.
Objectivos:
A organização do Projecto: O Projecto foi organizado em quatro fases, que se complementam entre si. A primeira fase coincide com a preparação e divulgação da campanha; a segunda com o acompanhamento da monitorização, formação de professores, alunos e outros participantes; a terceira com a introdução de parte dos dados (outra parte esteve a cargo dos coordenadores regionais), recepção dos relatórios regionais e análise estatística; a quarta fase com a elaboração do relatório, apresentação do Seminário e divulgação dos resultados da campanha.
A metodologia do projecto é simples. O levantamento da informação obtém-se a partir do preenchimento de um questionário in loco, por todo o litoral. Como base de trabalho é utilizado um mapa à escala 1/25.000, correspondente a um bloco de 5km; este é dividido em 10 unidades de 500m. A área total para análise está delimitada no mapa.
A divisão dos blocos está organizada segundo as NUT III (Nomenclatura de Unidades Territorial para fins estatísticos), estipuladas pelo INE, sendo que esta segmentação em blocos foi definida, primeiramente de Este para Oeste, na costa meridional e de Sul para Norte, na costa ocidental.
Poderão ser considerados pontos fortes ou mais-valias deste Projecto o facto de o mesmo “funcionar em rede”, promover e desenvolver o trabalho de campo, o que poderá vir a funcionar como elemento motivador na leccionação de conteúdos; a sua flexibilidade relativamente aos prazos em que decorre a Campanha podendo ser adaptados consoante cada escola e ainda o facto de promover parcerias com diversas instituições (GEOTA e escolas).
As reformas no sistema de ensino, o desaparecimento da área escola, principalmente no ensino secundário e ainda a diminuição do tempo dos docentes dedicados aos projectos (Escolas), poderão ser encaradas como situações de que o projecto está também dependente.
Voluntariado Ambiental para a Água
Paula Vaz
ARH Algarve
O Voluntariado Ambiental para a Água desenvolvido desde 2009 pela ARH do Algarve, em parceria com entidades regionais e o apoio de escolas e autarquias, tem como principal objectivo contribuir para a implementação da Directiva Quadro da Água e para a gestão participada dos recursos hídricos na Região do Algarve.
Através da monitorização voluntária dos ecossistemas de água doce (2010) e costeiros (2011) com recurso a bioindicadores, envolveram-se nas campanhas de monitorização voluntária em 2010, cerca de 700 alunos e 89 Professores de 28 Escolas e, em 2011, mais de 1000 alunos e 121 professores de 40 Escolas. De referir que, estas campanhas foram enquadradas por duas acções de formação (75h) para professores, ministradas a nível regional nos seis Centros de Formação de Associações de Escolas do Algarve.
O projecto está aberto a toda a sociedade e tem um Portal/Geoportal (www.voluntariadoambientalagua.com) que permite, entre outros aspectos, o registo on-line do voluntário, a localização georeferenciada do local monitorizado e a introdução on-line dos resultados.
SÍNTESE DA PRELEÇÃO:
Em 2010, muitos Voluntários portugueses, inspirados numa ação de limpeza de despejos ilegais de resíduos que aconteceu na Estónia no ano de 2008, decidiu também Limpar Portugal num só dia, o “Dia L”, 20 de março.
Os Estónios lançaram agora o desafio "Let's do It! World Cleanup 2012" (http://www.letsdoitworld.org/worldcleanup2012) tendo como principal objetivo erradicar as lixeiras ilegais das florestas dos países aderentes: esperam-se mais de 100 países, 300 milhões de pessoas e mais de 100 milhões de toneladas de lixo recolhidas.
Este evento pretende, essencialmente, promover a SENSIBILIZAÇÃO e EDUCAÇÃO AMBIENTAL e refletir sobre a problemática do lixo, do desperdício, do ciclo dos materiais, da valorização de resíduos e do crescimento sustentável, fomentando a remoção de lixo depositado indevidamente nos espaços verdes, nas cidades e nas praias.
Contamos com a ajuda de todos os Voluntários, Associações, Instituições, Empresas, Grupos formais e informais, para participarem nas ações de limpeza dos resíduos depositados ilegalmente: ponhamos todos juntos Mãos à Obra, vamos limpar Portugal a 24 de março de 2012.
Página oficial do Projecto Limpar Portugal 2012 – PLP’12 a 24 de Março.
http://www.amoportugal.org/
Local de inscrição de voluntários no PLP’12
http://www.amoportugal.org/pt/local
Manuais e outras informações para o PLP’12
http://www.amoportugal.org/pt/limparportugal2012
Portugal destaca-se pelo facto de termos sido um dos primeiros países a aderir a este evento Global, a 24 de março de 2012, e principalmente, pelo faço se sermos o único país a fazê-lo sem envolvimento direto de dinheiro.
Naturlink – a ligação à Natureza
Rui Borralho
Fundador e Administrador da Naturlink
rui.borralho@naturlink.pt
A Naturlink pretende constituir uma referência na comunicação em Português na Área do Ambiente e Gestão de Recursos Naturais, contribuindo decisivamente para a informação e sensibilização ambiental da sua crescente comunidade de utilizadores e para a Conservação da Natureza no terreno. Tem como principais áreas de actividade a (i) divulgação e promoção online, (ii) organização e promoção de eventos técnicos e lúdicos, (iii) implementação de campanhas de cidadania ambiental e (iv) a produção e gestão de sites e de conteúdos.
O alcance das suas iniciativas e conteúdos resulta em larga medida da visibilidade atingida pelo portal Naturlink http://naturlink.sapo.pt . O Naturlink é hoje em dia o principal site Português sobre ambiente e gestão de recursos naturais, disponibilizando um vasto conjunto de serviços e informação direccionados para temas e problemas ambientais. Criado em Março de 2000, tornou-se a partir de Maio de 2009 também no canal ambiental do portal Sapo.pt, com uma nova imagem e novas funcionalidades e ganhando uma visibilidade adicional, de tal forma que na Primavera de 2011 verificou-se que o Naturlink foi o portal ambiental de maior tráfego da Europa (http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Noticias/content/O-portal-Naturlink-e-o-portal-de-Ambiente-e-Conservacao-da-Natureza-de-maior-trafego-da-Europa?bl=1 )
Desde o seu lançamento que o portal Naturlink tem vindo a crescer contínua e sustentadamente em conteúdo e número de visitantes, tendo neste momento cerca de 50.000 artigos e notícias on-line, tendo já atingido as 1.600.000 visualizações mensais (page views).
O portal possui diferentes canais temáticos, dirigidos para diferentes públicos-alvo. Globalmente, tem uma componente de actualidade ambiental, uma componente de lazer, uma componente didáctica e técnica, uma faceta de intervenção ambiental e comunidade, e ainda outra de serviços. Deste modo, é visitado por um leque bastante variado de pessoas, desde estudantes que estão a preparar trabalhos escolares, até cibernautas que simplesmente apreciam escutar o canto do rouxinol ou visualizar vídeos inesperados, passando por técnicos e investigadores que pretendem estar actualizados sobre que tipo de projectos que estão a ser desenvolvidos nesta área e por aqueles que procuram novas oportunidades de emprego no sector.
Neste contexto, gostaríamos que professores, técnicos e educadores encarassem o portal Naturlink não só como uma fonte de informação e de conteúdos mas também como veículo de comunicação das suas iniciativas na área ambiental, de modo a dar visibilidade às suas actividades, a contribuir para a motivação dos seus intervenientes e a poder constituir uma mais valia em eventuais processos de angariação de apoios e parcerias.
“Pensar utopicamente o futuro: PAN-utopia 2100 e a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável”
Fátima Vieira
Universidade do Porto
ILC – Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa
CETAPS – Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies
PAN-utopia 2100 é um projeto de extensão universitária promovido pelo Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e pelo CETAPS – Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies, com o apoio da Reitoria da Universidade do Porto e da Utopian Studies Society / Europe. O projeto tem como base a experiência muito positiva do programa Eurotopia 2100 – uma utopia interativa, que envolveu, de 2009 a 2011, mais de 4.000 alunos de diferentes níveis de ensino: ensino básico (desde o 4.º ano), ensino secundário, ensino superior, ensino profissional, C.E.F. e Programa de Estudos Avançados (Univ. Sénior). O projeto opera a partir de um site disponível em 6 línguas, e aspira a envolver jovens de todo o mundo, convidando-os a apresentar as suas projeções otimistas de um futuro resultante de um desenvolvimento sustentável.
Considerando que a organização, no Rio de Janeiro, da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável é uma oportunidade única para a consciencialização, por parte dos jovens, da sua responsabilidade na construção do futuro do planeta, os investigadores da U.P., através do projeto PAN-utopia 2100, apoiam e organizam um conjunto de atividades para as quais gostariam de contar com a colaboração das ECO-ESCOLAS: Rio+20, Rio+40 e Rio+100.
“Geração Depositrão”
Filipa Moita
ERP Portugal
Eco – Percurso
Luísa Fadista
Eco-escola EB1/JI de Vila Nova da Baronia
A EB1/JI de vila Nova da Baronia inscreveu-se pela primeira vez no programa ECO-ESCOLAS no ano lectivo de 2009/2010.
Foi o ano de adaptação e conhecimento mais pormenorizado do programa propriamente dito. Pela 1.º vez fizemos a auditoria ambiental e conjuntamente com os nossos parceiros (autarquia, famílias) e demais comunidade tomámos consciência das nossas fragilidades e dos nossos potenciais. Já existiam algumas práticas com preocupações relativas à Educação Ambiental. O JI já tinha pertencido à Rede Nacional de Educação Ambiental: fazia-se a recolha selectiva dos lixos, tínhamos conseguido os Ecopontos para a escola, tínhamos a Horta, fazia-se compostagem, etc..
No ano lectivo, de 2010-2011 alargámos o leque de parceiros.
A Escola Superior Agrária, do Instituto Politécnico de Beja juntou-se anos e iniciámos o trabalho com a actividade no dia do Ambiente com a colaboração da Prof. Albertina Amarante, (publicado em http://www.350.org no dia 12 de Outubro de 2010); no dia da Eco-Escola (6 de Junho) alunos do 3.º ano da ESAgrária do Instituto Politécnico de Beja dinamizaram a tarde com actividades sobre a biodiversidade e Educação Ambiental;
Os produtos da horta servem de moeda de trocas com a população, para poemas e quadras populares na praça da vila.
O projecto A Vida no Montado Alentejano, com que participamos nas brigadas verdes foi galardoado com a menção honrosa; com o trabalho desenvolvido as crianças e adultos ficaram a saber mais acerca da biodiversidade deste Ecossistema e da realidade em que a escola se insere.
O interesse pelo programa Eco-escolas e actividades a ele inerentes foi crescendo à medida que crianças e adultos viam os resultados do seu trabalho.
Há horta na Escola | Um instrumento pedagógico. Um instrumento comunitário. Uma ferramenta inclusiva
“Há Horta na escola” é uma recente iniciativa promovida pelo projeto MUSEpe | Associação Menuhin Portugal em parceria com a Câmara Municipal de Évora e o Agrupamento de Escolas nº1 de Évora que visa a criação de uma Horta Social Comunitária em meio escolar.
Localizada no espaço de recreio da EB1/JI da Cruz da Picada, a Horta Social apresenta um enorme potencial enquanto instrumento pedagógico que se assume claramente comunitário, inclusivo e intergeracional, possibilitando um “novo olhar” da comunidade sobre a Escola e o espaço escolar. A Horta Social constitui-se também como um laboratório vivo e elemento nuclear no trabalho em torno das questões da educação para a sustentabilidade centrais na intervenção do projeto MUSEpe.
A presente comunicação pretende dar a conhecer os objetivos e o processo de implementação de uma horta aberta à comunidade em espaço escolar e as expetativas dos diversos intervenientes envolvidos neste processo , visando ainda uma reflexão em torno do que poderá ser uma metodologia de avaliação que permita compreeender os diferentes níveis de impacto de um projeto desta natureza.
Do empowerment ao Movimento das Cidades Educadoras
Eduardo CUNHA
Professor Coordenador do Programa Eco-Escolas na EBIS "Jean Piaget" (Viseu), desde o ano 2000.
Cláudia GARCIA
Técnica de Política Social na Nuclisol Jean Piaget
Porquê o Programa Eco-Escolas?
Que estratégias usar para aumentar o envolvimento dos alunos e dos docentes?
A EBIS Jean Piaget e o Movimento das Cidades Educadoras.
O “projecto EBIS Jean Piaget uma Eco Escola” surge no ano 2000. A escola, até então, não privilegiava no seu Projecto Educativo a educação ambiental, surgindo, de forma isolada, diversas atividades de cariz ambiental, muitas vezes descontextualizadas face às necessidades da escola e a orientações nacionais e internacionais. O Programa Eco-Escolas surgiu como solução evidente, uma vez que se tratava de um programa internacional que encorajava ações e reconhecia o trabalho de qualidade desenvolvido pela escola, no âmbito da Educação Ambiental/EDS, e implicava a adoção de uma metodologia inspirada na Agenda 21, que de forma simplificada se enunciava em sete passos.
No seguimento da primeira auditoria ambiental externa à escola, no âmbito do Programa Eco-escolas, destacou-se como principal oportunidade de melhoria a participação dos alunos no Programa. De facto, um dos principais desafios que se vinha sentindo era como aumentar o envolvimento dos alunos nas ações ambientais que a escola organizava e, simultaneamente, envolver todas as turmas (e não apenas as mais interessadas que, muitas vezes, são as menos necessitadas). Por outro lado, a participação dos alunos é, muitas vezes, condicionada pelo envolvimento dos seus professores, logo era essencial envolver todos os docentes, principalmente os Diretores de Turma.
A experiência demonstrava que um dos desafios mais motivantes colocado aos alunos, em matéria de educação ambiental, era a melhoria dos parâmetros ambientais da própria escola, principalmente quando eles assumiam um papel ativo e interventivo.
A estratégia seguida, desde 2009, passou pela adoção de princípios do empowerment, através da criação da figura de Delegado Ambiental de Turma e da de Coordenador dos Delegados Ambientais, assim como, pela realização de Conselhos de Delegados Ambientais. Habituar os alunos a participar nos processos de decisão, aumentar o seu envolvimento no Programa Eco-Escolas e levá-los a tomarem consciência da importância do Ambiente, foram alguns dos objetivos alcançados.
Simultaneamente, passou a incluir-se, em todos os projetos curriculares de turma, diversos dados relativos ao seu desempenho ambiental e a realizar-se planos de ação ambiental por turma, de forma a colmatar os principais problemas diagnosticados. Esses dados são provenientes das “auditorias ambientais eco-turma”, feitas a partir do “guia de auditoria ambiental eco-turma” elaborado na escola, das provas de aferição ambiental, feitas com base na Olimpíadas do Ambiente, e nas avaliações de cada docente do conselho de turma. Esta medida revelou-se eficaz no envolvimento dos docentes da escola e obteve resultados muito positivos na participação dos alunos.
Outras ações concretas para a promoção de simples gestos individuais a pensar no Ambiente Global, dado o seu sucesso, têm-se repetido na escola:
- Os Eco-Acampamentos, o “Projecto Recicl'Arte”, o Clube do Ambiente (ECO-Link), o desfile Eco'Fashion, o “Super-Concurso Eco-Turma”...
A NucliSol Jean Piaget, entidade a que pertence a EBIS Jean Piaget, desde 2004 que acompanha o Movimento das Cidades Educadoras, tendo presente na sua dinâmica de trabalho os princípios da Carta das Cidades Educadoras. Em 2011e 2012 a temática central do congresso nacional e do internacional das Cidades Educadoras assenta nos temas educação e ambiente, pelo que a NucliSol propôs à nossa escola divulgar as boas práticas ambientais que promovemos, uma vez que a EBIS Jean Piaget se tem destacado nesta área, nomeadamente através da implementação do Programa Eco-Escolas.
Em maio passado, participámos no IV Congresso Nacional das Cidades Educadoras, num dos painéis alusivos à educação ambiental com a apresentação “EBIS Jean Piaget uma Eco-Escola”. Dada a boa experiência dessa participação surgiu o interesse em participarmos no XII Congresso Internacional da Associação Internacional das Cidades Educadoras, que se realizará em Changwon (Coreia do Sul), em Abril de 2012, sobre o tema central “Ambiente Verde, Educação Criativa”.
Consideramos esta participação internacional como uma ótima oportunidade de diálogo, partilha e reflexão de experiências, desafios e questões comuns, assim como, também, de divulgação da nossa escola e do Programa Eco-Escolas.
Eco-Escolas na Escola Secundária Dom Manuel Martins – 10 anos de muito trabalho “verde”
Carlos Cunha
Escola Secundária Dom Manuel Martins cjcunha@sapo.pt
A Escola Secundária Dom Manuel Martins está situada numa zona limítrofe da cidade de Setúbal, possuindo uma população escola de cercar de 100 professores, 1000 alunos e 30 assistentes operacionais. Os alunos distribuem-se por 30 turmas de Ensino Secundário e 14 turmas de 3º ciclo, sendo essencialmente provenientes das localidades situadas a Nascente da cidade, bem como de Azeitão e Sesimbra. O clube de ambiente Viva a Terra teve início em 1998 mas a sua Coordenação só passou a ser fixa a partir do ano letivo 2001/2002, altura em que foi assumida pelo professor de Física e Química Carlos Cunha.
Nesse mesmo ano, e na sequência de um encontro organizado pela Câmara Municipal de Setúbal, sobre Educação Ambiental, o Coordenador conhece o projeto Eco-Escolas, inscreve-se em Março e consegue ainda a conquista do Galardão para esse ano letivo.
Desde essa altura que a preocupação com o ambiente e com a sustentabilidade passaram a fazer parte da vida da escola, tendo integrado os seus Projetos Educativos e os seus Planos Anuais de Atividades. Entretanto, fruto de um trabalho constante e muito rigoroso, a escola passa a ser uma referência para a Autarquia, sendo convidada a representar a cidade em diversos projetos nacionais. Assume ainda um papel de referência no que diz respeito a cativar outras escolas para o projeto.
Na escola é instalado o primeiro sistema de recolha seletiva da cidade, começando a recolherse vidros, papel de escrita e latas, uma vez que ainda não havia sistema de recolha de embalagens. As latas eram recolhidas pela empresa que fazia a compostagem dos resíduos urbanos de Setúbal, que conduziram um estudo chegando à conclusão que a contaminação das latas, recolhidas na escola, apresentava contaminações de apenas 5%! Neste momento, a escola faz a recolha seletiva de embalagens, papel de escrita, vidros, tinteiros, tampinhas, rolhas de cortiça, telemóveis, pequenos eletrodomésticos, óleo alimentar usado, lâmpadas fluorescentes, radiografias e pilhas, estando inscrita em diversos projetos associados à recolha destes resíduos.
Fruto do trabalho desenvolvido ao longo dos anos, a escola conseguiu um forte apoio da parte de diversas empresas da região, destacando-se a Secil, a Portucel, a Central Termoelétrica de Setúbal e a Lisnave. Estas empresas têm dado apoio financeiros aos diversos projetos implementados pela escola, ou financiando diretamente os projetos propostos, caso do lago e do furo de água, aberto para regar os jardins da escola. Está neste momento a ser instalada uma cisterna para recolha de águas pluviais que vão permitir poupar a água retirada do furo, aumentando a vida útil deste bem como o lençol freático da região.
O Centro de Interpretação das Manteigadas é o maior projeto que está neste momento em implementação. Trata-se de uma zona da escola de mato que não era utilizada pela Comunidade Educativa e que está a ser tratada para constituir um centro de interpretação para as crianças desde o pré-escolar até ao final do 2º ciclo das escolas da cidade e arredores. Este projeto já foi premiado pela ABAE, no âmbito do concurso Brigadas Verdes. Em 2011 recebeu uma menção honrosa no Prémio Ilídio Pinho.
ECO-CONECTANDO MUNDOS
Rosa Beliz
Agrupamento de Escolas de Estremoz
Eco-Escola EB Sebastião da Gama
rbeliz@gmail.com
Conectando Mundos é uma proposta educativa interativa que junta atividades dentro da sala de aula ao trabalho numa rede composta por alunos e alunas dos 6 aos 17 anos de várias realidades culturais, económicas e sociais, na qual participam várias escolas do mundo inteiro.
Todos os anos é apresentada às escolas uma temática ligada à Educação para a Cidadania Global – alterações climáticas, direitos laborais, a pobreza …- com propostas didáticas apropriadas para cada uma das cinco faixas etárias (6-8 anos, 8-10 anos, 10-12 anos, 12-14 anos e 14-17 anos).
O trabalho é desenvolvido através de uma plataforma interativa multilingue com 7 línguas (italiano, castelhano, português, inglês, galego, catalão e basco), através da qual as diferentes turmas interagem e trabalham de uma maneira cooperativa, organizadas em equipas de trabalho de acordo com cada uma das faixas etárias.
Contributos do Conectando Mundos para uma Eco-Escola
Com o desenvolvimento das atividades do Conectando Mundos promove-se o diálogo intercultural entre crianças e jovens de diferentes ambientes sociais e geográficos; é criado um espaço de trabalho cooperativo baseado no lema “pensar globalmente, agir localmente”, as Tecnologias Informação Comunicação são as ferramentas que possibilitam o conhecimento mútuo e promovem a partilha de realidades diferentes e problemas comuns; a partir da reflexão sobre a sua realidade e as realidades dos/as outros/as participantes, os/as alunos/as tornam-se conscientes dos problemas tratados, evidenciam espírito crítico, demonstram capacidades diversas quer ao nível da realização de trabalhos colaborativos na procura de soluções quer na dinamização de ações que visam a mudança de atitudes e a adoção de comportamentos sustentáveis, tornando-se cidadãos e cidadãs participativos na construção de uma sociedade mais justa, equitativa e solidária, ou seja, a metodologia privilegiada no trabalho que é desenvolvido e os objectivos que se pretendem alcançar transparecem também do programa Eco-Escolas.
A Eco-Escola Sebastião da Gama de Estremoz inscreveu-se, pela primeira vez, no Conectando Mundos, em 2007-2008. Nesse ano, o tema abordava as alterações climáticas. Participaram alunos/as de duas turmas do 9º ano e uma professora. A forma como o projeto foi desenvolvido ultrapassou a sala de aula e a rede …o trabalho foi partilhado com a escola e a comunidade... na presente edição temos doze turmas, do Agrupamento de Escolas de Estremoz, inscritas no Conectando Mundos!
O tema proposto para este ano “Sementes para um mundo mais justo”, aborda o problema da injustiça alimentar que afeta milhões de pessoas no mundo, que sofrem de fome, vivendo a maioria delas nos países em desenvolvimento. Ainda hoje a fome é um problema não resolvido que não vem da falta de alimentos, mas de um sistema alimentar injusto e de um sistema de produção que esgota e destrói os recursos naturais de que somos dependentes.
Sustentabilidade Ambiental e Cidadania
Cidália Guia
Uma aplicação racional dos recursos naturais a partir da consciencialização e responsabilidade ambiental é um dos maiores desafios da humanidade nos nossos dias. Estamos certamente perante um novo paradigma, o de encontrar alternativas de produção/exploração que minimizem os danos causados ao ambiente e permitam a renovação dos seus recursos.
O quadro socioeconómico e ambiental que caracteriza as sociedades contemporâneas revela que o impacto dos humanos sobre o ambiente tem tido consequências desastrosas.
A sustentabilidade ambiental deve passar pela tomada de consciência e compromisso entre gerações para com o ambiente. É necessário educar para a cidadania através da motivação e sensibilização de todos. Esta conjuntura deve ser vista como um processo de permanente aprendizagem. Assim, a escola pode e deve constituir um local por excelência para o estudante, na análise, reflexão e mudança de práticas no ambiente e cidadania.
Fruto de algum trabalho já desenvolvido e muito ainda por desenvolver, a escola superior de saúde com empenho e dedicação da sua comunidade académica, tem dado o seu contributo no que concerne à educação e sustentabilidade ambiental através de diversas acções em prol do crescimento de um espaço mais saudável. Desde 2007 que desenvolve projectos de intervenção comunitária em saúde ambiental, que têm envolvido a população do distrito de Beja e em particular a comunidade da cidade Beja.
Pensamos que a consciência individual é o ponto de partida para alteração de comportamentos e atitudes, e que num futuro próximo, irão gerar ambientes mais equilibrados e harmoniosos para o individuo.
Um novo homem precisa ressurgir, mais ético, mais solidário e consequentemente melhor cidadão.
Nascido no Porto, reside e trabalha em Lisboa;
Licenciado em Direito pela Universidade Católica de Lisboa (1982).
Advogado e senior partner da sociedade de advogados Correia Afonso Archer & Associados RL.;
Administrador da Companhia das Quintas SGPS, SA., e Promendo SGPS, SA.; Presidente do Conselho Fiscal do Banco Finantia, e Ginásio Clube Português; Presidente do Conselho Jurídico e Disciplina Desportiva da Associação Naval de Lisboa; Vice-Presidente do Conselho Geral da Fundação Arcelina Vítor dos Santos (IPSS);
Presidente da Associação Bandeira Azul desde 1995; Membro do Executive Board da FEE - Foundation for Environmental Education (1997-2001 e 2007-2008) mentor e responsável de programas e membro de diversos steering committees no âmbito da FEE;
Promotor e responsável pelo lançamento de diversos projectos de Educação Ambiental em Portugal (ECO-Escolas; JRA; Chave Verde; LEAF; ECOXXI) e de diversas iniciativas de cooperação internacional (Espanha, Marrocos, Brasil) no âmbito da educação ambiental para o desenvolvimento sustentável.
Maria Margarida de Carvalho Gomes. Residente em Sintra.
Desde 2000 que coordena programas de Educação Ambiental/EDS na Associação Bandeira Azul da Europa, dirigidos a diversos públicos alvo : Eco-Escolas; Jovens Repórteres para o Ambiente; ECOXXI (projecto de que é autora).
Licenciatura em Geografia , pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. 1983.
Diploma de Estudos Avançados em Território, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Faculdade de Ciência e Tecnologia. Universidade Nova de Lisboa. 2008.
Certificada como formadora , pelo Conselho Científico- Pedagógico da Formação Contínua e pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Exerceu funções docentes no ensino secundário até 2000, tendo dinamizado na escola diversos projectos e núcleos de ambiente. Durante esse período foi também autora de Programas e de Livros Didácticos para o ensino secundário.
Retomou o exercício de funções docentes em parte de horário em Setembro de 2010.
Exerceu funções na Agência Portuguesa de Ambiente- Departamento de Promoção e Cidadania Ambiental em 2009/2010.
Recentemente premiada com o projecto "ECO-freguesias XXI" no Concurso Ideias Verdes 2009 do Jornal Expresso.
Director do Departamento de Promoção e Cidadania Ambiental da AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE, desde Outubro de 2009.
Integra o Grupo de Trabalho para Educação Ambiental para a Sustentabilidade criado pelo Despacho conjunto MAOTDR/ME.
Foi Chefe da Divisão de Formação Ambiental do Instituto de Promoção Ambiental/Instituto do Ambiente entre 1996 e 2003.
Foi Subdirector dos Cadernos de Educação Ambiental e tem obra diversa publicada nos domínios da Sensibilização, Educação, Formação e Ética Ambiental.
Integra a Equipa Coordenadora da Pós - Graduação em Educação-Ação para o Desenvolvimento Sustentável promovida pela Universidade Católica do Porto.
Desempenhou cargos de chefia na área da sensibilização, informação e comunicação na Autoridade Nacional de Protecção Civil - Ministério da Administração Interna (2003-2009).
Desempenhou funções técnico-pedagógicas nos Serviços Centrais do Instituto Português da Juventude.
Foi docente em escolas do ensino básico na área de Lisboa.
Cumpriu a componente lectiva do Mestrado em Filosofia da Natureza e do Ambiente (Universidade de Lisboa), a licenciatura em Filosofia (Faculdade de Letras da UL) e o curso do Magistério Primário (EMP da Guarda/I Politécnico da Guarda).
Detém o Curso de Alta Direcção em Administração Pública e o Diploma de Especialização em Comunicação e Marketing Públicos (INA).
Integra a Direcção e foi co-fundador da Sociedade de Ética Ambiental.
Integrou a Direcção Nacional da Liga para a Protecção da Natureza (2000-2003).
Nascido em Angola, licenciado em Ciências Biológicas e doutorado em Recursos Naturais e Meio Ambiente, aposentado, tendo sido investigador principal no Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra, onde leccionou algumas disciplinas, tendo também leccionado, como professor convidado, na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, na Universidade de Aveiro, da Madeira, Vasco da Gama de Coimbra, de Vigo (Espanha) e no Instituto Superior de Tecnologia de Viseu. A sua actividade científica e em defesa do Meio Ambiente foi já distinguida com vários prémios. Publicou trabalhos sobre fitotaxonomia, palinologia, biodiversidade e ambiente. Apresentou variadas comunicações e proferiu diversas conferências em reuniões científicas, congressos, simpósios ou acções pedagógicas.
Licenciei-me em Engenharia Química (1993) pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. No mesmo ano iniciei a minha atividade profissional numa multinacional farmacêutica.
Em 1997, cansado do paradigma competitivo da ciência industrial, decidi voltar ao ensino - atividade com que já tinha contactado no decurso da licenciatura - na busca de uma atividade profissional que privilegiasse a colaboração e a cooperação.
Em 1999, integrei o meu primeiro projeto de investigação no âmbito da educação. Em 2002, concluí a profissionalização em serviço na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa e em 2006 o Mestrado em Educação – especialidade Didática das Ciências – na Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa.
Atualmente sou bolseiro da FCT e professor do quadro da Escola Secundária de Peniche estando a desenvolver um projeto de doutoramento, sobre manuais escolares e educação científica para a sustentabilidade.
Sou membro da Comissão Editorial dos e-working papers do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e representante dos alunos no Conselho Pedagógico da mesma instituição; tenho colaborado com diversos professores do Instituto de Educação, Universidade de Lisboa na lecionação de disciplinas de didática das ciências do mestrado em Ensino. Sou membro da European Science Education Research Association (ESERA), vogal na Direção Nacional do Partido pelos Animais e pela Natureza e membro do MIL: Movimento Internacional Lusófono. Nutro interesse em áreas diversas das quais destaco a História e Filosofia da Ciência, a Filosofia da Ecologia — no âmbito do Movimento Ecologia Profunda — e em Estudos Orientais — no âmbito da filosofia budista.
Com preocupações no domínio da sustentabilidade, numa perspetiva holística da ciência e fundamentado numa ética mediada pelos princípios do Movimento Ecologia Profunda e por uma perspetiva ecológica da Terra, estou envolvido em diversos projetos que vão desde a investigação no âmbito do ensino das ciências, à política e ao ativismo social. Tenho participado em debates, animado conferências e publicado artigos na minha área de especialização.
Licenciada em Geologia e Mestre em Geologia marinha pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Doutoranda em didáctica das ciências no Instituto de educação da Universidade de Lisboa.
Assessora da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental. Participou na elaboração da componente científica da proposta de extensão e atualmente é coordenadora dos projetos educativos de sensibilização e divulgação do mar, nomeadamente o projeto “kit do mar” e “Professores a bordo”.
Técnica do ICNB desde 1987, tem trabalhado em ecologia e conservação de morcegos.
Licenciatura em Biologia/Recursos Faunísticos e Ambiente (1988), Mestrado em Conservação da Diversidade Animal (1996) e Doutoramento em Ecologia (2008).
Representante portuguesa no EUROBATS, participação em vários projectos de investigação, consultora científica de vários projectos de educação ambiental, membra do Conselho Científico da Federação Portuguesa de Espeleologia, Conselho Técnico da Liga para a Conservação da Natureza e da Direcção da Sociedade Portuguesa de Mamalogia.
39 publicações científicas, 23 publicações de divulgação, 52 aulas, 20 palestras, 92 congressos, 67 comunicacões em congressos.
Licenciada em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e pós-graduada em Educação Ambiental pela Universidade Católica de Lisboa.
Desde 2002 é técnica do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF) onde trabalha em Educação Ambiental. De 1988 a 2002, foi técnica do organismo estatal responsável pela promoção da Educação Ambiental em Portugal. Autora de livros, jogos e artigos de divulgação.
Representante do ICNB no Grupo de Trabalho de Educação Ambiental para a Sustentabilidade criado pelo Despacho n.º 19191/2009, dos Secretário de Estado Adjunto e da Educação e Secretário de Estado do Ambiente.
Representante do ICNB nas Comissões Nacionais de vários projectos como o Eco-escolas e os Jovens Repórteres para o Ambiente.
Nasceu em Lisboa em 1984, e cresceu na Figueira da Foz onde, aos 2 anos, começou a brincar em charcos e com anfíbios. Licenciou-se em Ecoturismo pela Escola Superior Agrária de Coimbra e fez Mestrado em Ecologia Aplicada na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra, tendo-se dedicado em ambos os cursos ao estudo dos locais de reprodução de anfíbios nas Dunas entre a Quiaios e Mira. Trabalhou no planeamento e implementação de actividades de interpretação ambiental e turismo responsável/ecoturismo Actualmente é investigador do CIBIO-Div e coordena a implementação da campanha Charcos com Vida e da Exposição “Anfíbios – uma pata na água, outra na terra”.
Nasceu a 19 de Agosto de 1959 na Tojeira, inspirada pela lua-cheia a brilhar sobre a Serra de Sintra.
Da infância no campo guarda muitas memórias, sobretudo cheiros de vindimas, alfazemas, manhãs de orvalho e orégãos...Com estes cheiros de campo agarrados à pele e à alma rumaram a Londres que lhe reabriu as portas do fantástico mundo das plantas. Estudou plantas medicinais, pedagogia Waldorf e Montessori, yoga e aí viveu 15 anos salpicados por muitas outras viagens, Índia, Indonésia, América do Norte e Sul, Caraíbas, Itália, Grécia etc.
Desde 1995 que é membro da Herb Society UK.
Em Portugal, continua a viajar partilhando com humildade e entusiasmo o seu conhecimento das plantas, escreve em revistas de jardinagem, tem o curso de guia de jardim botânico, tendo orientado visitas às plantas medicinais dos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian.
Participou em 2010 e 2011 no “Herbfest UK” publicou uma agenda 2010, 2011 e 2012 de plantas medicinais, aromáticas e condimentares, dois livros infantis “Salada de flores” e “Sementes à solta”, um guia prático de primeiros socorros “ As plantas e a saúde”, teve um programa semanal na RCS (rádio clube de Sintra) sobre estes temas. Tem vários projectos de escrita em mãos, em pés, cabeça e coração. Gosta de comunicar, jardinar, viajar, escrever e fotografar.
Começou por estudar Filosofia na Faculdade, e ensiná-la em escolas secundárias por alguns anos. Passou então algum tempo no negócio da publicidade, e fazer parte desse mundo frenético foi talvez o que a fez mudar para uma forma de vida mais simples de uma maneira tão definitiva.
Há vinte anos começou a aprender mais sobre a agricultura biológica com David Rilhas, um dos primeiros produtores biológicos em Portugal. Desde então trabalhar a favor de uma vida mais sustentável para as pessoas e para o planeta tem sido um dos seus principais objectivos.
Para além de ser um dos membros da direção e fundadora da Quinta dos 7 Nomes, cooperativa ecológica C.R.L., é ainda professora de Cursos de Agricultura Biológica.
Estabelecida em Sintra em 2007, a Quinta dos 7 Nomes nasceu sem dinheiro, mas contando com a generosidade e a vontade da comunidade de criar uma forma de vida mais sustentável.
Tudo começou com uma pequena produção biológica, mas a terra foi imediatamente convertida para a Permacultura, segundo um desenho do nosso professor de Permacultura, durante o primeiro curso de Introdução dado na Quinta.
Hoje em dia a Quinta dos 7 Nomes é mais que uma quinta, uma mercearia ecológica ou um \centro de formação: é um lugar para os membros da comunidade se encontrarem e trocarem ideias para um mundo melhor, para uma vida mais sustentável, para uma vida mais feliz.
Engenheiro do Ambiente na Câmara Municipal de Ílhavo, desde Junho de 2002. Integra a Divisão de Obras, Investimentos e Ambiente/Sector de Ambiente e RSU, com responsabilidades directas em 4 áreas: Educação e Sensibilização Ambiental; Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos/Valorização Material (Reciclagem); Comunicação e Informação Ambiental e Gestão Integrada das Zonas Costeiras.
Natural de Angola. Licenciada em Engenharia Química. Técnica superior da Administração da Região Hidrográfica do Algarve, IP (ARH do Algarve), no Departamento de Planeamento Informação e Comunicação onde, entre outros trabalhos, coordena o projecto Voluntariado Ambiental para a Água.
Coordenadora do Programa Eco-escolas desde Setembro de 2009.
Concluiu o bacharelato na Escola Normal de Educadores de Infância no Magistério Primário de Évora em 1981.
Concluiu a licenciatura com o CESE em Supervisão Pedagógica na Universidade de Évora no ano 2000.
Concluiu a Pós Licenciatura (Curso de Formação Especializada em Comunicação Educacional e Gestão da Informação – Bibliotecas Escolares) –na Escola Superior de Educação; Instituto Politécnico de Beja em Junho de 2011.
Trabalha na EB1/JI de Vila Nova da Baronia, concelho de Alvito, desde Outubro de 2004.
Em Maio de 2005 começou as parcerias eTwinning, tendo obtido vários selos de qualidade eTwinning Nacionais e Europeus. Em 2008 o projecto que coordenava ficou em terceiro lugar nos prémios eTwinning Europeus.
É coordenadora de projectos do Agrupamento de Escolas do Concelho de Alvito e está desde Setembro de 2009 a exercer funções (entre outras), de professora Bibliotecária.
Desde muito cedo se interessou pela Ecologia e pela Educação Ambiental vivendo e motivando todos quantos com ela se cruzam a estarem na de vida de forma sustentável.
Gestora de projetos educativos na Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, trabalhando com a comunidade científica, escolar, familiar e empresarial, e órgãos estatais. Participa no desenvolvimento de programas educativos há 10 anos e tem sido responsável pelos projetos Ciência Viva na área do Oceano desde 2008.
Nascida em 1969, em Moçambique, na cidade de Lourenço Marques, actual Maputo.
Iniciou os estudos aos cinco anos de idade e em 1976 veio para Lisboa onde continuou a estudar até ao 12º ano.
Ingressou no mercado de trabalho em 1995 e em 1996 dedicou-se ao ramo imobiliário ao qual esteve ligada durante 10 anos, a maior parte dos quais à frente dos destinos da sua própria agência de mediação imobiliária.
Em 2004, em sociedade com Ana Lopes, criou a Inktarget que se dedica ao comércio de consumíveis informáticos e em 2006 nasce o projecto Doartinteiros, projecto de cariz social de recolha de tinteiros e toners de impressora vazios em benefício de diversas IPSS.
Em 2008 ingressou no Ensino Superior e durante os 3 anos da Licenciatura trabalhou na empresa da família em Lisboa.
Em 2011 nasce o projecto Tinteiros com Valor, programa de recolha de tinteiros e toners vazios nas Eco-Escolas em parceria com a ABAE. No mesmo ano termina a licenciatura em Artes Decorativas no ramo de Design de Interiores e volta a dedicar-se a tempo inteiro à Inktarget.
Sou biólogo, mestre em Biologia da Conservação e mestre em Didáctica e Inovação no Ensino das Ciências. Desde 2005, chefio o departamento educacional do Zoomarine, onde coordena programas, equipas e conteúdos dirigidos a diferentes público-alvo (do pré-escolar ao ensino universitário). Entre 2002 e 2005, fui técnico de investigação na área da biologia em vários projectos geridos pela Universidade de Évora. Coordeno, desde 2008, o Grupo Educação da Associação Ibérica de Zoos e Aquários (AIZA) e participo activamente no Education Committee da Alliance for Marine Mammals Parks and Aquariums (AMMPA).
Nasceu em 1967, em Luanda, Angola, tendo ainda vivido em Moçambique. Licenciado em Engenharia Química, no Instituto Superior Técnico, mestrado em Física Laboratorial, História e Ensino da Física, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Responsável pelo Ambiente e Segurança Industrial da Companhia Petroquímica do Barreiro, entre 1995 e 1997. É professor desde o ano letivo 1990/91, lecionando Física e Química na Escola Secundária Dom Manuel Martins, em Setúbal, desde o ano letivo 2001/2002, ano em que assume a Coordenação do clube de ambiente Viva a Terra. Nesse mesmo ano conquista a primeira Bandeira Eco-Escolas. Desde então tem sido o Coordenador do Viva a Terra e o responsável pelo projeto Eco-Escolas na sua escola. Tem influenciado outras escolas a inscreverem-se no programa, dando assistência, conselhos e apoio às respetivas candidaturas.
José Manuel Vieira Silva. Natural de São Vicente, Madeira.
Licenciado em Ensino da Biologia pela Universidade da Madeira.
Coordenador do Programa Eco – Escolas, na Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco desde o ano lectivo 2002/ 2003 até ao ano lectivo 2009/2010.
Coordenador do Departamento Eco – Escola, na escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco desde o ano lectivo 2010/2011.
Representou a escola com a apresentação das boas práticas ambientais adoptadas, em diversos seminários nacionais eco – escolas, através da dinamização de fóruns de professores coordenadores do programa eco – escolas e através da dinamização de workshops. Representou também a escola no encontro eco – escolas em Madrid com uma palestra sobre as boas práticas ambientais na escola e a dinamização de um workshop sobre o biodiesel.
Responsável pela dinamização de diversos projectos de educação ambiental e de conservação da natureza, no seio escolar, a destacar o projecto “Jardins do Mundo”, do qual é autor.
Professor do Quadro de Zona Pedagógica A - afecto à Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, Funchal. Exerce funções docentes no 3º ciclo, onde desempenha também o cargo de Coordenador de Área de Projeto. Formador Acreditado pelo Conselho Científico – Pedagógico da Formação Contínua de Braga sob o registo CCPFC/RFO-25444/09 nas áreas e domínios da Biologia/Geologia e Educação Ambiental.
Autor do livro "Geologia da Madeira para Crianças e Jovens. ISBN: 978 - 989 - 686 - 112 - 4; Código de Barras: 9789896861124
Produtor e locutor do programa de rádio – Manhãs FM – na rádio jornal da Madeira – frequência: 88. 8 FM.
Professor do 1º Ciclo
Formação em Animação Socio-Cultural,
Administração Escolar e Ensino Precoce de Línguas Estrangeiras
Vereador da Câmara Municipal do Cartaxo
Secretário da Direção da Associação Mãos à Obra Portugal
Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Eco-Cartaxo – Movimento Ecologista e Alternativo
Coordenador Distrital de Santarém do Projeto Limpar Portugal
Coordenador Concelhio do Cartaxo do Projeto Limpar Portugal
Mestrada em Arquitectura no Porto é também assessora do “Lider A” – Liderar pelo Ambiente, sistema voluntário Português que tem em vista efectuar de forma eficiente e integrada de apoio, avaliação e certificação do ambiente construído que procure a sustentabilidade. Com formação específica em requalificação urbana, eficiência energética e construção sustentável é responsável pela monitorização e acompanhamento do Pacto dos Autarcas, bem como pelo acompanhamento das medidas da acção “Beja Eco Pólis”, ambos do Município de Beja e ainda pelo desenvolvimento e instalação de sistemas de microgeração em equipamentos municipais pela cidade de Beja.
Todo este trabalho é desenvolvido pela empresa municipal Inovobeja onde também elabora candidaturas aos fundos comunitários de diversas entidades e faz o seu acompanhamento físico. É autora da rubrica “Segundas Sustentáveis” que pode ser acompanhada todas as semanas, quer no site da Câmara Municipal, quer no site da empresa.
Bióloga, é educadora marinha no Oceanário de Lisboa desde 2002. Participa ativamente no Programa de Educação, quer desenvolvendo conteúdos programáticos, quer dinamizando ações de educação ambiental com públicos de todas idades.
Engenheiro Biofísico, é responsável e dinamizador do projeto Vaivém Oceanário – Educação Ambiental em Movimento do Oceanário de Lisboa, desde 2009.
Licenciatura em Biologia pela Universidade do Porto em 1978
Coordenadora Eco Escola na EB 2,3 da Galiza em S. João do Estoril onde lecciona.
Pertence à actual Direcção da Agrobio
Dinamizou worshops e accões sobre Agricultura Biológica em vários Seminários Eco Escola.
Em 2000 Frequentou o curso de Agricultura Biológica para Agricultores em Évora.
Em 2002 - Frequentou o curso de Pecuária Biológica para técnicos e profissionais pelo formador Jean Claude Rodet
Em 2009 Frequentou o curso de enxertia na Quinta do Vale Pequeno na Lamarrosa
De 3 a 6 de Outubro em 2001 Dinamizou um workshop sobre Agricultura Biológica no XII Encontro Nacional de Educação Ambiental “ Viver a Cidade” em Lisboa.
2009/2010 membro da Direcção da Agrobio
2004/2005 Responsável pela organização do Dia das Escolas na Feira Nacional de Agricultura Biológica “Terra SÔ no Centro de Congressos de Lisboa promovido pela Agrobio Em 1999 ganhou o primeiro prémio com um projecto de Educação Ambiental do IPAMB “ A minha Escola é o meu jardim e a minha horta”
Em 2000 mensão honrosa do prémio Fernando Pereira promovido pela CPADA(Confederação Portuguesa das Associações de Ambiente)
Licenciada em Sociologia pela Universidade de Évora (1993), frequenta o mestrado em Educação e Sociedade no ISCTE (2010-2012);
Coordena o Departamento de Formação e Novas iniciativas da DECO, desde 1998 e tem desenvolvido o seu trabalho na área da formação e educação do consumidor; Coordenadora de várias campanhas informativas ao consumidor; Coordenadora e autora de vários materiais para a promoção da educação do consumidor na escola; Responsável pela DECOJovem (rede de escolas promotoras da educação do consumidor).
licenciada em Psicologia ramo Educação e Orientação vocacional, pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
Estagiou no Núcleo de Psicologia e Intervenção Comunitária, como psicóloga educacional e colaborou no desenvolvimento e avaliação de projetos de Educação Ambiental, na empresa Ambiência Lda.
Colaborou como formadora e desenvolveu atividades de educação ambiental e artístico-pedagógicas em instituições como: ADPM, Comoiprel, Freixo do Meio, Marca ADL, Associação Thuringian Dye Village Neckeroda, Associação de Paralísia Cerebral de Évora.
Trabalhou como coordenadora de atividades de enriquecimento curricular na empresa Landtime Unipessoal, Lda.
É sócia gerente da marca Alana - futons e almofadas ecológicas.
Desde Janeiro de 2007 colabora com a Associação Menuhin Portugal no projeto MUSEpe, sendo responsável pela formação de adultos, pelo projeto de Educação para a Sustentabilidade e integra a equipa de atividades artísticas na área da expressão plástica.
2006 – Doutoramento em Gestão, na especialidade de Marketing, no ISCTE - Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa, em Lisboa, com o resultado final de “Aprovado com Distinção e Louvor por Unanimidade”.
2002 - Licenciatura em Gestão de Marketing, no IPAM - Instituto Português de Administração de Marketing, Escola Superior de Matosinhos, com a média final de 17 valores, em Fevereiro de 2002.
Desde Novembro/2006 - Directora Comercial & Marketing – empresa DOCAPESCA - Portos e Lotas S. A.
E-mail académico: asantos@ipam.pt E-mail empresa: apaula.santos@docapesca.pt
Licenciada em Geografia pela Faculdade de Letras de Lisboa, professora do Quadro de Nomeação Definitiva da Escola E.B. 2,3 António Bento Franco Ericeira, com 30 anos de serviço. Co-autora do Manual de Geografia “Coordenadas 7º ano”, actualmente em mobilidade (APA / GEOTA) para o desenvolvimento de Projectos de Educação Ambiental para a Sustentabilidade nomeadamente o Projecto Coastwatch Europe.
CONTACTOS
E-mail: cidalia.guia@ipbeja.pt
ÁREAS DE INTERESSE
Segurança Alimentar
Urbanismo e Saúde
Gestão de Resíduos
Enologia
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Iniciou a sua carreira profissional em 1996, como Técnica de Saúde Ambiental, no Serviço de Saúde Pública do Centro de Saúde do Barreiro. Com competências delgadas pela Autoridade de Saúde do Concelho do Barreiro
Professora no Instituto Superior de Educação e Ciências do Curso de Higiene e Saúde Ambiental (ano: 1999, 2000 e 2001)
No ano 2001/2002 exerceu funções de Co-direcção no Centro de Saúde Lombo-Lombo em Cabinda, Angola
Professora Adjunta da Escola Superior de Saúde de Beja desde 2008.
Membro da Comissão Técnico-científica e Pedagógica do Curso de Saúde Ambiental
Prémio da melhor experiência luso-americana “Intervenção Comunitária no Ensino Superior de Saúde Ambiental” (Rodrigues dos Santos, R.; Nunes, R.) emitido pela Sociedade Espanhola de Saúde Ambiental (2009).
Habilitações Académicas
Pós-graduação em Segurança Alimentar, pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa
Pós-graduação em Gestão e Administração em Saúde, pelo Instituto Politécnico da Maia
Licenciada em Saúde Ambiental, pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa
Fátima Vieira é Professora Associada com Agregação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde leciona desde 1986. Tendo defendido a sua dissertação de doutoramento em 1998 sobre a obra de William Morris e a tradição de literatura utópica inglesa, especializou-se na área dos estudos sobre a utopia. É atualmente coordenadora de dois projetos de investigação na área do utopismo financiados pela FCT e diretora da coleção “Nova Biblioteca das Utopias”, publicada pela editora Afrontamento, bem como de dois periódicos eletrónicos: E-topia: Revista Eletrónica de Estudos sobre a Utopia e Spaces of Utopia (publicados pela Biblioteca Digital da FLUP). É Presidente da Utopian Studies Society / Europe desde 2006 e Book Review Editor do periódico norte-americano Utopian Studies. Como docente, tem trabalhado essencialmente na área dos Estudos Culturais e da Tradução Literária, tanto a nível do ensino pré-graduado como pós-graduado.
Fátima Vieira é membro do ILC – Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa e também do CETAPS – Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies, integrando, desde a fundação deste último centro, a equipa de investigadores que se tem vindo a dedicar à tradução e estudo da obra de Shakespeare. No âmbito deste projeto de investigação publicou A Tempestade (Campo das Letras, 2001), e Como vos Aprouver (Campo das Letras, 2008), estando agora a trabalhar na tradução de Júlio César.
Fátima Vieira tem trabalhado igualmente na área da pedagogia no Ensino Superior, integrando, desde 2004, o GIIPUP (Grupo de Investigação e de Intervenção Pedagógicas da Universidade do Porto, sediado no CIEE – Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da U.Porto) e assumido a coordenação da linha de Investigação sobre “B-learning”.
Nos últimos dez anos da sua carreira académica, Fátima Vieira tem-se empenhado particularmente em projetos de extensão universitária. Em 2004 e 2005 foi Diretora da Universidade Júnior, um projeto da Universidade do Porto que acolhe todos os anos, no mês de Julho, 5.000 estudantes dos 5.º ao 12.º anos, envolvendo-os em atividades realizadas nas faculdades da U.P. Entre 2005 e 2008 promoveu o concurso literário “Uma utopia para o século XX”, com o apoio da Reitoria da Universidade do Porto. Criou, em 2009, no âmbito do ILC, o projeto “Eurotopia 2100 – uma utopia interativa” (http://web2.letras.up.pt/eurotopia/index.php), que envolveu até ao momento cerca de 4.000 alunos de todos os níveis de ensino.
Fátima Vieira tem organizado e participado em muitos colóquios nacionais e internacionais, sendo autora de múltiplos ensaios na área dos estudos sobre a utopia, dos estudos culturais e dos estudos shakespeareanos. Tem assumido igualmente a responsabilidade da organização de vários volumes de ensaios nestas áreas de estudo e participado ativamente em vários projetos de investigação internacionais.
Fundado em 1875, o Ginásio Clube Português é uma Instituição de Utilidade Pública que, ao longo dos seus 136 anos de existência, tem desempenhado um papel determinante no desenvolvimento e promoção do Desporto, Saúde e Educação.
Nele nasceram a maior parte das modalidades desportivas que se praticam hoje em Portugal, nele nasceu também o movimento olímpico Português.
O Comité Olímpico Internacional, em reconhecimento do seu trabalho ímpar em prol do desporto, já por duas vezes agraciou o Ginásio Clube Português com a atribuição da Taça Olímpica “Fearley” (1951) e da Taça Olímpica (1981), troféus estes destinados a galardoar clubes amadores de reconhecido mérito mundial.
O Ginásio Clube Português é o único clube do mundo a deter esta dupla distinção.
A nível nacional detém inúmeras condecorações, sendo as mais relevantes:
Na sua área de intervenção é o maior Clube de Portugal, contando hoje com cerca de 8.500 associados de todas as idades, com mais de 7.000 praticantes de actividade desportiva, dos quais 2.300 são crianças e adolescentes.
Gerindo duas instalações desportivas, um complexo desportivo na sua Sede e uma piscina em Campo de Ourique, com uma oferta de actividade desportiva de aproximadamente 600 horas semanais, conta com uma qualificada estrutura profissional de 130 professores e 80 funcionários.
Afirmando-se como Pai do Desporto em Portugal, tem a Família e o bem-estar do indivíduo como os seus mais altos valores de referência.
16 anos de prática de horticultura biológica, sócia fundadora e e membro da Direcção da Associação Colher para Semear - Rede Portuguesa de Variedades Tradicionais, professora de horticultura em duas escolas internacionais (uma Eco-Escola), assessora na Câmara Municipal de Lisboa para as Hortas Urbanas, orientadora de Sessões de horticultura no Museu Nacional do Traje e orientadora na recuperação das hortas da Quinta da Pena, no Parque da Pena, em Sintra.
Nasceu em 1980 na Horta, ilha do Faial, Arquipélago dos Açores. É Licenciada em Política Social pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Pós Graduada em Administração Social pelo Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa e em Sociologia e Planeamento pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa e tem Mestrado Executivo em Gestão de Projectos pelo Indeg – ISCTE.
Iniciou as suas funções na Nuclisol Jean Piaget em 2004, com responsabilidades de gestão de projectos, incidindo principalmente em projectos de intervenção social na área da prevenção de comportamentos de risco, de desenvolvimento e de responsabilidade social, com uma experiência profissional alicerçada no acompanhamento à coordenação das 15 unidades da Nuclisol Jean Piaget, dispersas pelo país.
Em 2004, em Génova, Itália, participou pela primeira vez num Congresso Internacional das Cidades Educadoras, data a partir da qual se torna simpatizante do movimento, dando o contributo para que a Nuclisol passasse a integrar princípios da Carta das Cidades Educadoras na sua dinâmica de trabalho e funcionamento. Repetiu a participação nos eventos em 2006, em Lyon, França e 2010, em Guadalajara, México, estando actualmente a acompanhar a candidatura ao congresso de 2012.
Cláudia Garcia é hoje, um quadro técnico da Nuclisol Jean Piaget, que acompanha as suas diversas unidades e presta apoio directo ao Conselho de Administração, contribuindo para a prossecução da missão da Nuclisol Jean Piaget “Desenvolver respostas que promovam a integração e a inclusão social, com rigor, integridade, confidencialidade e privacidade, utilizando politicas e estratégias de proximidade e envolvendo a comunidade”.
Nasceu em 1976 em Viseu.
Frequentou a Università Degli Studi di Bari e licenciou-se em Geografia pela Universidade de Coimbra. Frequentou mestrado, na mesma universidade, em Geografia Física, desenvolvendo tese subordinada à temática “influência dos sistemas cársicos subterrâneos no ordenamento do território”. Assumiu funções na área do associativismo juvenil antes da sua profissionalização.
Coordenador do Programa Eco-Escolas, na Escola Básica Integrada e Secundária Jean Piaget, desde o ano letivo 2000/ 2001.
Representou a escola em diversos seminários nacionais eco-escolas, com a apresentação das boas práticas ambientais adoptadas (2003/2004 - “Introdução de um Sistema de Gestão Ambiental na EBIS Jean Piaget”; 2005/2006 - “O Sistema de Gestão Ambiental na EBIS Jean Piaget”) e desempenhou funções de moderador de fóruns de professores em vários seminários. Representou também o Programa Eco-Escolas, em 2004/2005, na Exponor, com uma palestra sobre o Programa e a sua implementação na EBIS Jean Piaget. Em 2011 participou no Congresso Nacional das Cidades Educadoras, em Lisboa, com a palestra “EBIS Jean Piaget uma Eco-Escola”.
Exerce funções docentes no 3º ciclo, onde também tem desempenhado os cargos de coordenador de departamento, coordenador do ECO-Link, coordenador do desporto-escolar e professor de apoio à modalidade multiatividades de aventura.
Licenciada em Biologia pela Universidade de Coimbra, pós-graduação e mestrado em Ambiente e Desenvolvimento Sustentável pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Investigadora na Universidade de Coimbra até 2006, exercendo funções na Câmara Municipal de Águeda desde esta data. Entre outros projetos, está responsável pela gestão de áreas classificadas – lagoa da Pateira de Fermentelos, coordenadora técnica da Agenda 21 Local de Águeda e Pacto de Autarcas. É ainda responsável pela implementação e desenvolvimento de outras ações e projetos nas áreas do Ambiente, Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável.
Licenciatura em Engenharia Florestal da Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro, com Relatório Final de Estágio: Contribuição para o Macrozonamento e Aptidão Cinegética do Parque Natural de Sintra-Cascais, com relevo para a Perdiz-Vermelha (Alectoris rufa L.).
Pós-gradução em Produção Agrícola Tropical, da Universidade Técnica de Lisboa/ Instituto Superior de Agronomia, 1998-1999.
Dirigente da Quercus – Associação Nacional da Conservação da Natureza (1992-1996)
Membro da Comissão de Certificação de Agricultura Biológica promovida pela SOCERT, Certificação Ecológica, Lda. (Organismo Privado de Controlo e Certificação em Agricultura Biológica). (1999 – 2003)
Técnico Superior do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (1992 – )
Coordenador do Projecto “Património Gera Inclusão” – Projecto de Reinserção Social de reclusos (2007-2011)
Director Técnico da empresa Parques de Sintra – Monte da Lua, S.A. (2006 – 2011)
Membro da Direcção da Liga dos Amigos do Jardim Botânico Tropical (2011 - )
Presidente da direcção da AGROBIO - Associação Portuguesa Agricultura Biológica. (2009 – )
Voluntário no Banco Alimentar contra a Fome e um dos responsáveis pela Campanha.
Nascido e residente em Sintra.
Engenheiro Silvicultor, licenciado pelo Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade Técnica de Lisboa, doutorou-se em Engenharia Florestal - Ecologia e Gestão Faunística pela mesma instituição.
Leccionou Zoologia Florestal no ISA, foi investigador do Centro de Ecologia Aplicada “Prof. Baeta Neves” do ISA e exerceu a função de Director do Departamento de Investigação Aplicada da ERENA – Ordenamento e Gestão de Recursos Naturais, S.A.
Fundou a Naturlink, Informação Ambiental, S.A., em 2000, exercendo as funções de Director do portal Naturlink http://www.naturlink.pt/ http://naturlink.sapo.pt e de Administrador Delegado da empresa desde 2000 até hoje.
Promotor e responsável por diversos projectos de investigação e de comunicação, de campanhas de cidadania ambiental, de eventos técnicos e lúdicos da área do Ambiente e de iniciativas associativas. Foi fundador e membro da primeira direcção da SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.
Licenciada em Biologia Aplicada aos Recursos Animais pela Faculdade de Ciências de Lisboa. Com uma pós-graduação em Território, Desenvolvimento Sustentável e Agenda Local XXI.
Trabalha na Câmara Municipal do Barreiro desde 2003, na área do ambiente, tendo sido uma das técnicas responsáveis pela criação do Centro de Educação Ambiental da Mata Nacional da Machada e Sapal do Rio Coina.
Desde 2011 é Chefe da Divisão de Sustentabilidade Ambiental com competências nas seguintes áreas: gestão ambiental estratégica, planeamento ambiental e educação e sensibilização ambiental.
Licenciado em Relações Internacionais e Mestre em Ciência Política pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade Técnica de Lisboa (UTL). É investigador colaborador do Centro de Administração e Políticas Públicas do ISCSP. Bolseiro Santander Totta em 2007, tendo efectuado um semestre na Universidade de Brasília. Premiado com uma Bolsa de Estudo por Mérito no ano lectivo 2007/2008. 1.º Prémio dos Prémios aos Melhores Estudantes da UTL 2011. Foi Presidente da Associação da Juventude Portuguesa do Atlântico e da Youth Atlantic Treaty Association. Trabalha na Associação Bandeira Azul da Europa, onde começou por efectuar um estágio profissional em 2004, após ter participado no programa Jovens Repórteres para o Ambiente (onde ganhou o 1.º Prémio do Concurso Nacional, na categoria de artigo, em 2003). Posteriormente veio a apoiar a coordenação dos programas Eco-Escolas e Jovens Repórteres para o Ambiente (de 2004 a 2005 e desde 2009) e desde Janeiro de 2012 que apoia também a coordenação do projecto ECOXXI, sendo responsável, em particular, pela implementação e manutenção das plataformas on-line dos três projectos.
Fundador e Presidente da Associação Colher para Semear
Há mais de duas décadas, recolhe e preserva variedades regionais, em Portugal.
Reprodutor das variedades recolhidas pela Colher Para Semear, na sede da Associação, em Figueiró dos Vinhos
Autor dos levantamentos anuais feitos pela associação, em diferentes regiões do país, desde 2004.
Rosa Maria Correia Varandas Beliz. Residente em Estremoz
Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde se licenciou em ensino da Geografia.
Desde de 1980 que se dedica ao ensino da Geografia. Pertence ao quadro do Agrupamento de Escolas de Estremoz onde exerce funções docentes, no 3º ciclo, em acumulação com o exercício do cargo de Adjunta de Diretora.
Colabora ativamente com o CIDAC dinamizando atividades e projectos que promovem a ECG. Responsável pela dinamização de diversos projetos e clubes destaca o projeto Conectando Mundos como uma oportunidade facilitadora do trabalho que tem desenvolvido na promoção de uma educação para a cidadania global, na sala de aula, escola, agrupamento, comunidade local, nacional e internacional.
Tem participado em seminários e encontros nacionais e internacionais de Educação para a Cidadania Global onde tem partilhado práticas educativas, que espelham o trabalho desenvolvido no Agrupamento de Escolas de Estremoz.
Apresentou, nas II Jornadas de Educação para o Desenvolvimento, no dia 21 de Janeiro 2012, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, a comunicação “Criação de condições para a afirmação das escolas e agrupamentos como organizações de educação para a cidadania que inclua a dimensão do desenvolvimento”; Participou no IV Encontro " A Escola no Mundo e o mundo na Escola“, 30 e 31 de Janeiro de 2010, Colares, onde apresentou “Possibilidades de incorporação do Conectando Mundos nas práticas escolares, impacto na vida da escola e envolvimento da comunidade”;
No IV Seminario "Educar para una ciudadanía global", que se realizou entre 30 de outubro e 1 de novembro de 2010, El Escorial (Madrid); apresentou a prática educativa “Juntos na Diversidade”;
No XXIII Encontro Nacional de Professores de Geografia, Abril de 2009, em Estremoz - dinamizou, com a professora Isabel Fernandes, o workshop "Conectando Mundos: rumo a uma Educação para a Cidadania Global"; Participou no I Encontro Internacional sobre a Educação para uma Cidadania Global, que se realizou em Cortona, de 19 a 21 de Julho de 2008, onde apresentou prática educativa “A minha escola contra a discriminação”. O manifesto Internacional "Educação para a Cidadania Global" aprovado nesse Encontro impulsiona qualquer educador/a para a mudança que urge no ensino.
Faz parte de uma “rede de educadores e educadoras que “acreditam que é necessário mudar a escola para mudar o mundo” e partilham as suas práticas educativas em http://www.kaidara.org/ e http://www.educiglo.net/.
Integra o grupo de trabalho de análise de experiências de ECG, no âmbito do projeto “Entre Educadores – reflexão, ação e partilha no âmbito da Educação para a Cidadania Global” - CIDAC, que tem como objetivo colocar a prática de ECG no centro de uma reflexão sistemática e coletiva. A partir da análise de cinco iniciativas inovadoras desenvolvidas nas escolas onde os/as professores/as lecionavam foi feita a seleção das experiências tendo em conta os critérios estabelecidos pelo grupo. Cada experiência foi analisada por quem a desenvolveu e por quem a analisou exteriormente em termos de estratégias, atividades, metodologias, obstáculos, possibilidades e resultados. No decorrer do processo foram feitas visitas de estudo às escolas envolvidas na atividade e foram utilizados instrumentos da metodologia sistematização de experiências. Deste processo coletivo resultou um caderno intitulado “Histórias numa história: caminhos para uma educação transformadora, Aprendizagens 2 – CIDAC – ISBN: 978 - 972 -98158- 6 – 7.