Muros Com Vida – Trabalhos 2022/2023

Identificação do ecossistema e elementos do ecossistema presentes na pintura:
Zona Costeira do Ecossistema Marinho da Ilha da Madeira com 25 elementos

Qual a razão da escolha desta imagem?
No 1º Conselho de Eco-Escola, o coordenador da Eco-Escola da nossa escola apresentou os resultados da auditoria interna e constatou-se que a temática do Mar era das menos conhecidas pelos membros da comunidade educativa que responderam ao questionário. Encontrando-nos num meio insular, consideramos que deveríamos promover o aumento da literacia do meio marinho.

Qual o processo de trabalho/dinâmica/metodologia que conduziu à elaboração do mural:
Os professores da componente técnica do curso técnico de gestão de ambiente tipo 6 e os alunos da turma CEF61 manifestaram o interesse em participar no Projeto Muros com Vida e que obviamente o ecossistema marinho seria o escolhido para representar.
A planificação das ações a desenvolver esteve a cargo dos referidos professores que solicitaram ao coordenador que estabelecesse a parceria com o Município do Funchal, no sentido de solicitar a colaboração na preparação da parede e agilizar as tintas e outros materiais para a realização do mural.
Houve a fase de identificação dos muros/paredes que potencialmente pudessem ser atuados, para facilitar a seleção.
Na turma CEF 61, há 3 grupos de alunos que se encontravam a trabalhar as temáticas: “O lixo e as aves marinhas da Madeira”, “O lobo-marinho” e “Enguia Europeia” na sua Prova de Avaliação Final do curso e manifestaram interesse em incluir as suas espécies no muro e que ficariam devidamente enquadradas.
A fase seguinte foi o agendamento de uma reunião dos alunos e professores com o diretor do Museu de História Natural (MHN), Dr. Ricardo Araújo, no sentido de solicitar orientação técnica e científica sobre o ecossistema marinho que pretendiam representar. Nessa reunião esteve também presente uma das biólogas marinha da instituição, Dra. Sara Ferreira. Nesta reunião foi possível debater as características específicas do ecossistema a representar (zona costeira do ecossistema marinho da ilha da Madeira) e o modo como poderiam ser enquadradas as espécies que os alunos pretendiam ver representados no Muro. Foi ainda feito o levantamento dos seres vivos característicos da fauna e flora deste ecossistema. Os técnicos superiores do MHN disponibilizaram-se em fazer a seleção de boas imagens/fotos que facilitassem a ilustração das mesmas.
Contamos também com a ajuda na cedência de imagens das aves marinhas características da ilha da Madeira por parte do Dr. Tiago Dias, da Sociedade de Estudo das Aves (SPEA) da Madeira, que foi convidado para ir à escola proferir a ação de sensibilização sobre “O lixo e as aves marinhas”. Outra investigadora que contribuiu para o enriquecimento da informação relativa às enguias europeias, foi a Doutora Inês Órfão, da Agência Regional de Desenvolvimento da Investigação Tecnologia e Inovação (ARDITI), que já tinha ido à escola falar sobre a temática e nos facultou a possibilidade de acompanharmos uma saída de campo para estudar/ determinar os valores paramétricos de alguns indivíduos da referida espécie, na ribeira de São Vicente, no norte da ilha da Madeira.
A bióloga Marta Araújo, do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) foi também importante no esclarecimento de informação sobre o Lobo-marinho, aquando da sua ida à escola a apresentar o projeto de conservação do lobo-marinho onde trabalha como investigadora, - o projeto VECLAM - “Vigilância do estado de conservação do lobo-marinho no arquipélago da Madeira”.
Naturalmente que com tudo isto, a parte científica estava assegurada, mas faltava uma parceria muito importante, o trabalho colaborativo com os nossos colegas das artes da escola. Tivemos uma primeira reunião para apresentar o projeto e ver a disponibilidade e prontamente tivemos uma resposta positiva.
Depois foram feitas todas as diligências para assegurar uma correta coordenação de informação, para ser apresentado um esboço-projeto digital por parte dos colegas das artes. Este foi enviado para uma revisão científica final por parte dos técnicos superiores do MHN e depois de tudo devidamente acertado, passou-se do digital para a parede.
A não conclusão do mural deveu-se, essencialmente, às condições meteorológicas adversas, não previstas inicialmente pela equipa de trabalho, que se fizeram sentir no Arquipélago da Madeira, em especial na costa sul da ilha da Madeira,conhecida pela "Depressão Óscar", depois do dia 31 de maio, que fez com que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tivesse emitido um alerta vermelho e que a Secretaria Regional de Educação (SRE) tivesse fechado as escolas no dia 05 de junho de 2023, no entanto a chuva fez-se sentir antes e depois do dia 05 o que não possibilitou trabalhar no mural que se localiza no exterior do edifício da escola, apesar de estar dentro do recinto escolar, pátio da escola.

Qual a idade e forma como foram envolvidos os alunos?
Foram envolvidos, na parte teórica, 21 alunos do curso técnico de gestão de ambiente com idades entre os 18 e 20 anos que contaram com a colaboração dos alunos de artes.
Na turma CEF 61, há 3 grupos de alunos que se encontravam a trabalhar as temáticas: “O lixo e as aves marinhas da Madeira”, “O lobo-marinho” e “Enguia Europeia” na sua Prova de Avaliação Final do curso e manifestaram interesse em incluir as suas espécies no muro e que ficariam devidamente enquadradas.