Escola Secundária de Estarreja (Estarreja)
Parceiros:
Câmara Municipal de Estarreja: preparou o muro, escolhido pela escola, mediante parecer favorável do Diretor do Agrupamento (limpeza e correção), aplicou o primário e pintou todo o muro de branco. Intervenções realizadas durante a interrupção letiva da Páscoa, possibilitando assim o início da pintura do mural na Semana Eco-Escolas, de 24 a 28 de abril. Acresce referir que o município de Estarreja disponibilizou todo o material necessário à execução do projeto (ex. tintas, pincéis, etc).
Parceria fantástica!
Memória descritiva
Identificação do ecossistema e elementos do ecossistema presentes na pintura:
O mural procura valorizar a representação de ecossistemas nacionais, nas representações laterais, e um ecossistema local, na parte central do mural, caraterístico do território onde se insere a escola: a BioRia.
A secção lateral direita do mural, intitulada “Entre o Caos e a Serenidade”, retrata um lince ibérico (Lynx pardinus), assim como uma floresta portuguesa, caraterística da serra, e um meio urbano nacional.
A secção central do mural, intitulada “Casa Comum”, representa um ecossistema natural e Património Natural de Estarreja: a Bioria. A representação inclui diversas espécies deste ecossistema: caniço (Phragmites australis); tabua-larga (Thypha domingensis) e Garça Vermelha (Ardea purpurea), entre outras.
A secção esquerda do mural, cujo tema é “Não há Planeta B”, simboliza as espécies em vias de extinção em Portugal, representando assim o lobo-marinho, também conhecido como foca-monge (Monachus monachus), sendo este originário do Mar Mediterrâneo. Esta espécie é considerada a foca mais rara do mundo, segundo dados do IFCN. Ocorre em Portugal, mais concretamente no Arquipélago da Madeira, onde está confirmada uma pequena colónia com pouco mais de 20 indivíduos.
Qual a razão da escolha desta imagem?
O projeto consiste num tríptico desenvolvido por três grupos de trabalho da turma do 11.º P, da Escola Secundária de Estarreja (ano letivo 2022/2023).
Respeitando o regulamento, e como atrás referido, procurou-se valorizar a representação de ecossistemas nacionais, nas representações laterais, e um ecossistema local na parte central do mural.
Cada uma das imagens que compõe o tríptico, possui o seu próprio tema. A imagem lateral direita do mural intitula-se “Entre o Caos e a Serenidade” e retrata um lince ibérico (Lynx pardinus) a fugir de uma cidade em direção a uma floresta portuguesa.
O lince ibérico é o elemento principal do mural desenhado a partir de traços detalhados que transmitem o movimento e fuga. Procurou-se representar a cidade de forma generalizada, através de edifícios em tons de preto/cinza escuro, que simbolizam o urbanismo e a falta do “verde”, caraterísticos do meio urbano.
A floresta portuguesa é retratada com árvores caraterísticas das serras de Portugal, representando a flora nacional. O lince-ibérico está a fugir do meio urbano para o um habitat natural. Metaforicamente foge do “caos” e da “morte”, para a “serenidade” e “vida”.
A imagem central intitula-se “Casa Comum”. Nesta secção do mural podemos observar duas mãos que seguram uns binóculos.
Nas lentes dos binóculos podemos ver a projeção de duas paisagens típicas do Património Natural de Estarreja, mais especificamente da BioRia.
Este ecosistema inclui espécies como: caniço (Phragmites australis); tabua-larga (Thypha domingensis); Garça Vermelha (Ardea purpurea), entre outras. Nesta imagem estão representados dois momentos do dia: o amanhecer e o entardecer. O objetivo com a representação destes dois momentos do dia é transparecer a beleza da natureza, que é transversal e independente do momento em que a observamos.
A secção esquerda do mural (lado direito do observador), intitula-se “Não há Planeta B” e simboliza espécies em vias de extinção em Portugal. O animal escolhido foi o lobo-marinho também conhecido como foca-monge (Monachus monachus). Este animal, originário do Mar Mediterrâneo, está em vias de extinção, sendo que na Região Autónoma da Madeira está confirmada existência de uma pequena colónia.
Qual o processo de trabalho/dinâmica/metodologia que conduziu à elaboração do mural:
O trabalho teve início com a divisão da turma em grupos de trabalho, para elaboração dos primeiros esboços do projeto. Com a criação destes grupos, no entanto, não se pretendia selecionar um único projeto vencedor, porque isso iria desmotivar os restantes grupos, mas antes criar três motivos que se pudessem mais tarde unir, de forma a envolver toda a turma no projeto. Desta forma ficou decidido que a turma iria criar um tríptico, já que o trabalho final, dividido em três secções, iria formar uma única imagem final.
A elaboração do projeto desenvolveu-se em diferentes etapas, tendo havido várias aulas dedicadas a cada uma dessas fases. Começou pela elaboração dos primeiros esboços, em três grupos de quatro elementos. Os grupos estiveram sempre em contacto, trocando opiniões e decidindo quais os elementos que poderiam unir a imagem final, tais como a cor ou a linha do horizonte.
Após a finalização dos esboços, e identificando-se alguns problemas na união da imagem, enquanto um todo, mantiveram-se os três grupos mas os elementos do grupo foram trocados aleatoriamente, de forma a tentarem encontrar diferentes soluções para o projeto.
Qual a idade e forma como foram envolvidos os alunos?
O projeto foi desenvolvido no âmbito do projeto do Eco-Escolas, o programa internacional desenvolvido em Portugal pela ABAE, e envolveu a turma do 11.º ano do Curso de Artes Visuais, concretamente na disciplina de Desenho A, do ano letivo 2022/2023. Com este projeto, e de acordo com os objetivos propostos, pretendeu-se sensibilizar os alunos para as questões ambientais, para a proteção da natureza e da preservação dos ecossistemas. As idades dos alunos estão compreendidas entre os 16 e os 19 anos de idade.