Muros Com Vida – Trabalhos 2023/2024

Escola da APEL (Funchal)

Fotografias

Fotografias do processo/pintura:

Totalidade da pintura:

Painel final colocado no muro do Jardim de Plantas Endémicas

Fotografias de detalhes:

Parceiros:
Este trabalho foi realizado com a parceria da Câmara Municipal do Funchal que cedeu os pincéis e tintas.

Memória descritiva

Identificação do ecossistema e elementos do ecossistema presentes na pintura:
A pintura representa elementos da biodiversidade terrestre do Arquipélago da Madeira, incidindo no ecossistema: Floresta Laurissilva da Madeira.
Os elementos selecionados para estar na pintura, são espécies da fauna e flora terrestre que incluem espécies de aves, invertebrados e plantas: Pombo Trocaz (Columba trocaz), Tentilhão (Fringilla coelebs), Bis-Bis (Regulus maderensis), Francelho (Falco tinnunculus), Tarântula das Ilhas Desertas, Almirante Vermelho da Macaronésia (Vanessa vulcania), Gerânio (Geranium maderense), Isoplexis (Isoplexis sceptrum), Barbusano (Apollonias barbujana) e Uveira-da-Serra (Vaccinium padifolium).

Qual a razão da escolha desta imagem?
A conceção deste trabalho insere-se na 3.ª edição do concurso Eco-Escolas 2023/24 intitulado “Muros com Vida”, (projeto lançado na Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas (2021-2030)). Este projeto estabelece da importância do entendimento do tema agregador, valorizando a “Arte” de rua como espaço de partilha e de transmissão de ideias, sentimentos e preocupações aos olhos de adolescentes e como forma de sensibilizar para o tema da preservação e valorização dos ecossistemas. O Arquipélago da Madeira tem uma importante riqueza a nível de biodiversidade e um grande património natural que é a Floresta Laurissilva (que também contribui para o património cultural e identidade madeirense), além de uma grande riqueza de espécies endémicas. A Laurissilva está classificada como Património Mundial Natural da UNESCO, mas as alterações climáticas podem ser uma ameaça, e a extinção de espécies endémicas uma realidade, e por isso é importante sensibilizar a comunidade para a importância de valorizar e preservar este ecossistema.

Qual o processo de trabalho/dinâmica/metodologia que conduziu à elaboração do mural:
Os professores dinamizadores deste projeto foram os professores de Artes Visuais: Filipe António e Sofia Alves. O processo de trabalho teve início com um pequeno debate (brainstorming), e depois cada aluno apresentou a sua seleção (animal (vertebrado ou invertebrado) ou planta) justificando a partir das especificidades, a razão pela qual achou que aquela espécie estivesse em possível via de extinção. Seguidamente iniciaram-se várias pesquisas e estudos relativamente às características físicas e formais de cada elemento. E dos vários esboços, foram selecionados aqueles que formassem no conjunto uma harmonia quase que levando o observador a estar no centro da Floresta Laurissilva. No seu conjunto, formam um painel de 195 centímetros por 600 centímetros, composto por dezassete elementos pintados. Este painel (metálico) foi escolhido, tendo em conta a proposta da Direção da Escola da APEL de reutilizar o material que outrora fez parte do edifício da Escola. Com a construção dos novos edifícios foi sugerido aos professores que fosse dado “uma nova vida” a este painel metálico, mantendo desta forma o cunho da história, dos primórdios deste estabelecimento de ensino. E assim, os alunos curiosamente contribuíram para manter uma recordação e ao mesmo tempo reutilizaram os materiais, evitando o desperdício.
Posto a reutilização do suporte, passou-se ao reconhecimento do enquadramento paisagístico dos painéis nos espaços exteriores da escola, e de seguida os alunos procederam à passagem dos projetos para os painéis com recurso à técnica de ampliação, desvalorizando a proporção entre cada elemento, dando destaque às espécies que estavam em maior risco de extinção, para assim chamar à atenção do observador.
A técnica utilizada foi tinta plástica sobre metal, tinta esta gentilmente cedida pela Câmara Municipal do Funchal. Ainda foi utilizada a técnica de colagem em alguns pormenores para criar textura e profundidade.
Este painel está patente no espaço exterior da escola, perfeitamente enquadrado com o Jardim de Plantas Endémicas, visível a qualquer transeunte.

Qual a idade e forma como foram envolvidos os alunos?
Os alunos envolvidos neste trabalho do Projeto “Muros com Vida”, são 17 alunos de uma turma do ensino secundário (11º ano) do Curso Científico Humanístico de Artes Visuais, com idades entre os 16 e 17 anos.