Escola EB Campinhos - Agrela (Santo Tirso)
Parceiros:
Câmara Municipal de Santo Tirso
Memória descritiva
Identificação do ecossistema e elementos do ecossistema presentes na pintura:
Rio Leça e suas margens: água, solo, aves (gaio, pica-pau-verde, chapim-real, chapim-azul, chapim-carvoeiro, melro, poupa), anfíbios(salamandra), pequenos mamíferos (lontra e ouriço- cacheiro), insetos (libelinha, alfaiates, bicho-de-conta), invertebrados(minhoca), vegetação (carvalho, hera, fetos, dedaleira, junco).
Qual a razão da escolha desta imagem?
Escolheu-se o carvalho como árvore autóctone que tem vindo a ser estudada e que promove a biodiversidade, rodeado de várias aves já identificadas e muito apreciadas pelas crianças. Na árvore, as crianças desenharam uma caixa ninho e um comedouro, representando assim, o que têm vindo a colocar nas árvores da escola, pois é desta maneira que têm observado melhor as referidas aves. Imaginaram uma cova com um ouriço-cacheiro, pois já o tinham observado e até já lhe fizeram uma caixa-ninho. A água, a rocha, o solo, surgem como elementos essenciais para o ecossistema,, bem como as herbáceas, arbustos e vários pequenos animais existentes no meio. A luz reflete-se no branco da parede.
Qual o processo de trabalho/dinâmica/metodologia que conduziu à elaboração do mural:
Em assembleia de turma, pediu-se aos alunos que relembrassem atividades desenvolvidas ao longo dos últimos anos que lhes tivessem promovido contacto direto com a natureza no meio local e que aprendizagens lhes tinham proporcionado. Recordaram as caminhadas ao rio Leça e a exposição que fizeram na escola para a comunidade sobre aves e pequenos animais com recolhas encontradas e pesquisas de diversos elementos da natureza (ninhos, esqueletos, penas, etc.). Fizeram uma lista de animais avistados e foi-lhes pedido que estabelecessem algumas cadeias tróficas. Foi-lhes feita ainda a questão se conheciam o termo ecossistema. Como era desconhecido, optou-se pela pesquisa, indicando várias sugestões de vídeos para os alunos verem e perceberem o seu significado, uma vez que seria necessário para se escolher o trabalho para participar no concurso “Muros com Vida”.
Posteriormente, a partir de uma reflexão sobre as pesquisas, discutiu-se que ecossistema queriam representar numa parede da cabine do espaço exterior da escola, pois foi esse o local que se escolheu para pintar em reunião do Conselho Eco-escola. Uma vez que muito se tem vindo a explorar sobre as aves do meio envolvente, decidiu-se que cada um desenharia uma ave observada na escola ou nas caminhadas pelo meio envolvente.
Seguidamente, expuseram-se os desenhos e discutiu-se as necessidades de sobrevivência de cada ave, o seu habitat, etc. As crianças perceberam que seria necessário desenharem outros seres vivos e elementos da natureza para representarem um ecossistema. Como estava muito viva a memória da última caminha junto ao rio Leça e as aves não conhecem fronteiras, pois observam-nas diariamente na escola, mostraram vontade de o representar. Na escola tinha sido feito um charco, no qual já se tinham vindo alojar vários “alfaiates”. Nas chuvas do início da primavera, também tinham observado crias de salamandra no jardim da escola. Assim, foram desenhando outros pequenos animais e plantas autóctones.
Qual a idade e forma como foram envolvidos os alunos?
Todas as crianças da escola, entre os 3 e os 10 anos, têm sido envolvidas há vários anos na exploração e promoção da biodiversidade da escola, nomeadamente, com a colocação nas árvores de caixas-ninhos, comedouros, horta escolar com muitas aromáticas, construção de um charco, visitas ao bosque junto da escola e ao rio Leça, exposição sobre vestígios de animais na natureza e respetivas pesquisas, projetos com o Cre-Porto, etc.. O desenho e pintura a concurso foi realizado apenas pelos alunos entre os 6 e 10 anos.