Ano de Escolaridade:
8º

N.º de Participantes:
86

Apresentação do trabalho:
No âmbito do projeto de exploração do jardim da escola, foram desenvolvidas diversas atividades com o objetivo de conhecer e caracterizar este ecossistema que nos é tão familiar.
Na primeira aula, o projeto foi apresentado através de uma apresentação em diapositivos, na qual foram clarificados os seus principais objetivos: observar, investigar, analisar e explorar o jardim da escola enquanto ecossistema. Entre os objetivos específicos, destacaram-se a caracterização do ecossistema envolvente, a recolha e organização de dados em contexto de campo, a elaboração de um relatório de saída de campo e a comunicação dos resultados obtidos.
Ainda nesta sessão inicial, foi realizado um brainstorming colaborativo utilizando a plataforma Padlet (https://padlet.com/martasousa520/exploradores-da-natureza-que-materiais-e-regras-s-o-essencia-vrfthd65wnvhls5f ), onde os alunos registaram as regras a cumprir durante as saídas de campo, bem como o material necessário. Paralelamente, foram formados grupos de trabalho e instaladas aplicações digitais em smartphones, com o intuito de auxiliar na identificação de espécies e na participação em projetos de ciência cidadã, nomeadamente: iNaturalist, Invasoras.pt, Merlin Bird ID e Google Lens.
Durante as saídas de campo ao jardim da escola, os alunos, organizados em pequenos grupos, procederam ao registo dos principais dados que caracterizam o ecossistema, recorrendo a diversos formatos — fotografias, desenhos, esquemas e descrições. Sempre que indicado pela docente, foram recolhidas amostras (solo, água, entre outras), respeitando as orientações para minimizar o impacto no ecossistema e não perturbar o normal funcionamento das aulas na escola.
Posteriormente, numa aula laboratorial, foi realizada a análise de amostras de solo recolhidas em diferentes locais, nomeadamente através da determinação do pH. (Ex: https://drive.google.com/file/d/1NVS45F94WvNXuNsl7bxPmmcDbU3kTwgQ/view )
Nas aulas seguintes, os alunos compilaram e organizaram toda a informação recolhida, com vista à elaboração de um relatório completo, que incluiu a caracterização do biótopo e outras observações relevantes.
De forma individual, cada aluno elaborou uma ficha de identificação de uma espécie observada, incluindo o nome comum, nome científico, principais características, curiosidades, fotografias, bem como a data e o local de observação na escola. (Ex: https://www.canva.com/design/DAGjBBuGo5k/W4J0MWsu82jzShRDO-UsgQ/view?utm_content=DAGjBBuGo5k&utm_campaign=designshare&utm_medium=link2&utm_source=uniquelinks&utlId=h02a6c61ca1 )
Por fim, em pequenos grupos, os alunos procederam à consolidação de todo o trabalho desenvolvido num caderno de campo digital, utilizando a plataforma Canva, onde integraram os diversos elementos recolhidos: observações, registos gráficos e fotográficos, esquemas, e as respetivas fichas de identificação de espécies. (Ex: https://www.canva.com/design/DAGn4TQJ-j8/L_Pl_Vo8Qnve2q65RFRVAg/view?utm_content=DAGn4TQJ-j8&utm_campaign=designshare&utm_medium=link2&utm_source=uniquelinks&utlId=h79d2dc3deb )

Envolvimento dos alunos:
Foram envolvidos todos os alunos que frequentam o 8.º ano de escolaridade, no âmbito da disciplina de Ciências Naturais. A participação foi assegurada através da realização de um conjunto de atividades práticas, de investigação e de exploração no terreno, integradas na planificação curricular da disciplina, uma vez que o projeto se articula plenamente com os conteúdos programáticos em estudo.
A totalidade dos alunos participou ativamente nas diversas fases do projeto: preparação e planificação das saídas de campo, observação e recolha de dados no jardim da escola, análise de amostras em ambiente laboratorial, elaboração de relatórios e fichas de identificação de espécies, e, por fim, na produção de um caderno de campo digital em pequeno grupo.
Os alunos participaram também na elaboração de placas identificativas das espécies observadas, utilizando madeira reutilizada. Esta atividade foi desenvolvida em articulação com a disciplina de Educação Tecnológica, beneficiando do facto de a escola se encontrar inserida numa região com forte presença da indústria do mobiliário. As placas, produzidas com materiais reaproveitados, serão colocadas no jardim da escola no Dia Eco-Escolas, promovendo a valorização do espaço e a partilha do conhecimento com toda a comunidade escolar.

Enquadramento curricular e extracurricular:
O projeto enquadra-se de forma plena no currículo da disciplina de Ciências Naturais do 8.º ano de escolaridade, nomeadamente no domínio "Terra – um planeta com vida", que contempla a exploração dos ecossistemas e a análise das interações entre os seres vivos e o meio. A abordagem prática e investigativa desenvolvida ao longo do projeto permite consolidar aprendizagens essenciais como a observação e caracterização de ecossistemas, a identificação de espécies, a recolha e tratamento de dados científicos e a interpretação de fenómenos naturais com base em evidências.
Simultaneamente, o projeto contribui para o desenvolvimento de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, promovendo uma aprendizagem ativa, colaborativa e interdisciplinar. Destacam-se, neste âmbito:
O pensamento crítico e criativo, ao incentivar a análise e interpretação de dados recolhidos no terreno;
A autonomia e responsabilidade, evidenciada na organização e realização das tarefas propostas em grupo e individualmente;
A comunicação eficaz, através da produção de relatórios, fichas de espécies e do caderno de campo digital;
A valorização da consciência ambiental e científica, ao fomentar o contacto direto com o meio natural e a participação em projetos de ciência cidadã.
O projeto teve uma dimensão interdisciplinar através da elaboração de placas identificativas das espécies, realizadas com madeira reutilizada em colaboração com a disciplina de Educação Tecnológica, aproveitando os recursos e saberes locais associados à indústria do mobiliário. Esta articulação entre disciplinas promove uma abordagem interdisciplinar e sustentável, sendo as placas expostas no jardim da escola no Dia Eco-Escolas, enriquecendo o espaço e tornando-o num recurso pedagógico vivo.
Adicionalmente, o projeto assume uma dimensão extracurricular significativa, ao envolver o uso de ferramentas digitais (como o Canva, iNaturalist, Google Lens, entre outras) e ao promover o desenvolvimento de competências digitais, bem como a articulação com programas de educação ambiental como o Eco-Escolas. A realização de saídas de campo no espaço escolar e a articulação com a comunidade reforçou ainda o sentido de pertença e de responsabilidade dos alunos relativamente ao seu ambiente próximo, incentivando a cidadania ativa.

Divulgação:
A divulgação do projeto junto da comunidade educativa foi realizada de forma contínua e em diferentes formatos. Inicialmente, o projeto foi apresentado em sala de aula através de uma apresentação em diapositivos (https://drive.google.com/file/d/1-FmsuiReC089z50kuxhWEbjpF5xMDk5E/view?usp=drive_link), onde foram partilhados os objetivos, a metodologia e as etapas a desenvolver, promovendo o envolvimento e a motivação dos alunos desde o início.
Ao longo da implementação do projeto, as diferentes atividades — desde as saídas de campo até à análise de amostras e à produção de conteúdos digitais — foram partilhadas com a comunidade educativa através de publicações nas redes sociais da escola e/ou plataformas associadas ao projeto Eco-Escolas(https://www.instagram.com/a.e.lordelo/). Esta estratégia permitiu não só acompanhar o desenvolvimento do trabalho como também valorizar a participação dos alunos e sensibilizar para a importância da educação ambiental e da ciência cidadã.
Tendo em conta preocupações de sustentabilidade ambiental, optou-se por não imprimir os cadernos de campo nem as fichas de identificação de espécies, promovendo, em alternativa, a divulgação digital desses materiais, através de suportes eletrónicos e partilhas online, facilitando o acesso a toda a comunidade escolar de forma ecológica e eficaz.
Paralelamente, e com forte impacto na comunidade escolar, a divulgação do projeto incluirá ainda a colocação de placas identificativas de espécies no jardim da escola, elaboradas pelos próprios alunos a partir de madeira reutilizada. Esta ação permitirá valorizar o trabalho interdisciplinar, reforçar a ligação ao contexto local — dado que a escola se insere numa zona de forte tradição na indústria do mobiliário — e contribuir para a educação ambiental e científica de forma visível e duradoura. As placas serão colocadas e apresentadas à comunidade no Dia Eco-Escolas da EBS Lordelo, como culminar simbólico e prático do projeto.