A Biodiversidade da Minha Escola 2024-25 | Trabalhos – Desafio Alunos

OFICINA – Escola Profissional do Instituto Nun’Alvres (Santo Tirso)

Escalão: Escalão 3 - Secundário, Profissional e Superior

Ano de Escolaridade:
10.º ano

N.º de Participantes:
20

Páginas do Caderno de Campo:

Registo Fotográfico do desenvolvimento do trabalho:

Apresentação do trabalho:
O trabalho foi desenvolvido no âmbito do concurso “A Biodiversidade da Minha Escola”, numa abordagem interdisciplinar entre as disciplinas de Matemática e Design, Comunicação e Audiovisuais (DCA), com a participação da turma do 1.º ano do Curso Técnico de Multimédia.
Planificação e Organização
A 30 de abril, foi feita a apresentação do concurso na aula de Matemática, onde foram explorados os objetivos, normas de participação, critérios de avaliação e os prazos definidos. Nessa sessão, os alunos realizaram uma tempestade de ideias e participaram ativamente na definição das etapas do projeto, decidindo:
Dividir-se em grupos de 2 a 3 elementos;
Atribuir a cada grupo a responsabilidade de estudar duas a três espécies;
Produzir, como produto final, uma revista digital, reunindo os trabalhos de todos os grupos.
Foi elaborado um plano de ação conjunto, com tarefas distribuídas ao longo das semanas e a articulação clara entre o trabalho de campo, a investigação e o desenvolvimento gráfico.
Implementação
8 e 19 de maio: Realizaram-se duas saídas de campo ao bosque da escola, onde os alunos fotografaram espécies e recolheram observações. A atividade foi enriquecedora e permitiu aos alunos compreender melhor a biodiversidade local e a forma como se classificam os seres vivos.
20 de maio a 6 de junho: O trabalho decorreu em sala de aula, articulando as duas disciplinas:
Em Matemática, com o professor Fernando Félix, os alunos usaram aplicações como iNaturalist e Biodiversity4All para identificar as espécies, recolheram dados científicos, e trataram as imagens recolhidas.
Em DCA, com a professora Natália Pereira, os alunos aprenderam a utilizar o Adobe Illustrator, planificaram o layout da revista, fizeram esboços e composições gráficas com base no conteúdo recolhido.
Durante esta fase, os alunos aplicaram conhecimentos técnicos do curso, como composição visual, seleção e edição de imagem, organização de texto e design editorial.
Organização Interna da Turma
A turma, de perfil muito heterogéneo, integrou alunos com interesses diversos — desde a programação à fotografia, ilustração ou vídeo — o que enriqueceu o projeto. Cada aluno foi incentivado a dar o seu contributo conforme os seus pontos fortes.
A ilustração revelou-se um desafio adicional: muitos alunos sentiam-se pouco à vontade com o desenho, especialmente ao compararem os seus trabalhos com os dos colegas mais experientes. Essa situação foi gerida com diálogo e apoio, reforçando o espírito de grupo e o respeito pelas diferentes formas de expressão criativa.
Produto Final
O resultado foi uma revista digital que integra 20 espécies diferentes, com fotografias, nomes científicos, descrições e composições visuais feitas pelos próprios alunos. Optou-se por incluir todos os trabalhos, valorizando a diversidade de estilos e promovendo a participação plena de todos os grupos.
Revista disponível em: https://online.fliphtml5.com/mmlpp/lmbp/#p=1

Envolvimento dos alunos:
O projeto envolveu a totalidade da turma do 1.º ano do Curso Técnico de Multimédia, num total de 20 alunos.
Desde o início, os alunos participaram ativamente na definição do plano de trabalho, tendo contribuído com ideias, sugestões e decisões em grupo. O projeto foi desenvolvido de forma colaborativa e interdisciplinar, e cada aluno teve a oportunidade de aplicar e desenvolver competências específicas ligadas aos seus interesses e talentos individuais.
A turma é bastante heterogénea, composta por alunos com perfis muito distintos — com interesses que vão desde o vídeo, fotografia, design, programação, ilustração, entre outros. Essa diversidade foi valorizada, permitindo que cada elemento contribuísse com as suas mais-valias técnicas e criativas.
Os alunos trabalharam em grupos de dois a três elementos, sendo responsáveis por identificar, fotografar, investigar e compor graficamente duas ou três espécies. Participaram ainda nas saídas de campo, na investigação científica, na edição de imagens, no uso de software profissional (como o Adobe Illustrator) e na construção das páginas da revista.
Ao longo do projeto, enfrentaram e ultrapassaram desafios, como a insegurança de alguns em relação à ilustração. Com apoio mútuo, foram capazes de contribuir com confiança, reforçando o espírito de equipa.
No final, todos os trabalhos realizados foram integrados na revista digital, o que reforçou o sentimento de pertença e o reconhecimento do contributo individual de cada aluno no resultado coletivo.

Enquadramento curricular e extracurricular:
Este projeto foi desenvolvido no âmbito curricular, no cruzamento entre as disciplinas de Matemática e Design, Comunicação e Audiovisuais (DCA), do Curso Técnico de Multimédia. Foi planeado de forma integrada, com objetivos pedagógicos bem definidos em ambas as disciplinas, e totalmente alinhado com o perfil dos alunos e as aprendizagens essenciais.
Curricular
Na disciplina de Matemática, o trabalho permitiu:
Desenvolver competências de observação, classificação e análise de dados;
Explorar o uso de aplicações digitais como o iNaturalist e o Biodiversity4All para identificação e interpretação de dados científicos;
Trabalhar a organização da informação de forma rigorosa e estruturada.
Na disciplina de DCA, os alunos aplicaram e aprofundaram:
Competências em design gráfico e composição visual;
Uso de software profissional (Adobe Illustrator) para criação de layouts e ilustração digital;
Planeamento e execução de um produto editorial (revista digital), o que vai ao encontro dos objetivos do curso profissional.
Esta abordagem permitiu desenvolver aprendizagens interdisciplinares, valorizando tanto os conteúdos técnicos como os científicos e ambientais.
Extracurricular
Embora o projeto tenha decorrido maioritariamente em contexto de sala de aula, integrou também atividades extracurriculares, nomeadamente:
Saídas de campo ao bosque da escola, realizadas fora do espaço tradicional da sala de aula;
Exploração autónoma de ferramentas digitais e investigação científica fora do horário letivo;
Estímulo à curiosidade e envolvimento pessoal dos alunos com o meio natural da escola e com o tema da biodiversidade.
Este cruzamento entre o curricular e o extracurricular tornou o projeto mais significativo, favorecendo uma aprendizagem ativa, participativa e orientada para a resolução de problemas reais, em consonância com os princípios do Programa Eco-Escolas.

Divulgação:
divulgação do projeto foi feita em vários momentos e formatos, de forma a envolver e dar visibilidade à comunidade educativa, valorizando o trabalho dos alunos e sensibilizando para a importância da biodiversidade no espaço escolar.
Na escola
Durante o processo, as atividades foram partilhadas com outras turmas e professores, especialmente nas aulas práticas, criando momentos informais de apresentação do trabalho em curso.
A revista final foi partilhada com os docentes do conselho de turma, com os encarregados de educação e com a direção da escola.
Planeia-se ainda a apresentação pública da revista no espaço escolar (como na biblioteca ou num monitor interativo), valorizando o resultado final e promovendo o projeto junto de outras turmas e áreas disciplinares.
Canais digitais
A revista digital será divulgada na página oficial da escola e nas redes sociais da instituição, com destaque para a importância do tema da biodiversidade e da interdisciplinaridade no ensino profissional.
O projeto poderá também ser apresentado em reuniões do Eco-Escolas ou em eventos escolares relacionados com o ambiente e a cidadania.
Impacto
A divulgação pretende não só valorizar o empenho dos alunos, mas também inspirar outras turmas e ciclos de ensino a observarem e cuidarem da biodiversidade do espaço escolar. Ao mostrar que é possível articular o currículo com causas relevantes, promove-se um modelo educativo mais participativo, criativo e consciente.