ECOLABIRINTO | Desafio Faber-Castell | Trabalhos 2024-25

Escola EB 2,3 Dr. Horácio Bento de Gouveia (Funchal)

Escalão: Escalão 2 - Escolas do 2º e 3º Ciclo

Idade do(s) autor(es):
10 anos

Digitalização da Ilustração:

Memória Descritiva:
A participação, da Escola Básica dos 2.º e 3.º ciclos Dr. Horácio Bento de Gouveia, no Concurso Ecolápis foi desenvolvida com base na metodologia de projeto, a partir do desafio lançado na oficina de ilustração "Ecolabirinto", dinamizada pela formadora Carla Cardoso. A proposta foi integrada na disciplina de Educação Visual com três turmas do 5.º ano, tendo como principal objetivo sensibilizar os alunos para a importância da sustentabilidade e do ciclo de vida dos lápis ecológicos, promovendo, em simultâneo, a expressão plástica, o pensamento visual estruturado e a criatividade.
A atividade teve início com uma sessão de sensibilização em formato PowerPoint, onde foram apresentados os objetivos do concurso e os elementos obrigatórios a incluir nas ilustrações: a personagem “Ecolápis”, uma ou mais árvores e a pedra de grafite. Incentivou-se ainda a inclusão de elementos criativos, desde que coerentes com o tema da sustentabilidade.
No âmbito do trabalho, duas das turmas envolvidas participaram também numa visita ao Parque Ecológico do Funchal, no contexto dos Projetos Eco-Escolas e SOS Morcegos. Esta saída de campo permitiu o contacto direto com a natureza, proporcionando momentos de observação e recolha de registos fotográficos que enriqueceram o processo criativo em sala de aula. Nada melhor do que a natureza como fonte de inspiração!
Ao longo das aulas, os alunos exploraram diferentes ideias nos seus diários gráficos, planificando composições e testando formas de representar visualmente o tema proposto. Utilizaram materiais variados como lápis de grafite, lápis de cor aguareláveis, canetas de ponta fina preta e cores de feltro, tendo como suporte final folhas de papel de desenho A3.
A partir dos esboços desenvolvidos, foram selecionados dois trabalhos finais que se destacaram pela originalidade, criatividade e clareza na representação do conceito. Foi também realizado o registo fotográfico do processo de trabalho e dos resultados mais relevantes, com vista à divulgação no site da escola no final do ano letivo, valorizando a prática artística e o envolvimento dos alunos.
O trabalho apresentado a concurso representa uma abordagem poética e simbólica ao tema. Em primeiro plano, destaca-se uma árvore de grandes raízes, situada à frente de uma fábrica que surge em plano de fundo. A partir das raízes desta árvore desenvolve-se o labirinto subterrâneo, onde se desenrola toda a ação. A árvore está a ser regada por uma criança, num gesto que simboliza o cuidado pela natureza e o princípio da reciprocidade — cuidar para poder receber.
A aluna criou vários percursos no labirinto, mas apenas um conduz à mina de carvão, destacando o verdadeiro caminho para a origem do lápis. Os restantes percursos conduzem a um diamante e a um ecoponto de separação de resíduos, convidando à reflexão sobre o verdadeiro valor das coisas e o impacto das escolhas que fazemos. Esta dimensão simbólica promove a consciência crítica sobre os conceitos de consumismo, sustentabilidade e valor.
Como não poderia faltar, a mascote “Ecolápis” surge em grande destaque a acenar ao observador, reforçando a ligação entre o público e a mensagem visual transmitida.
Esta atividade revelou-se uma oportunidade de aprendizagem interdisciplinar extremamente significativa, permitindo articular conteúdos de Educação Visual com temáticas ambientais e valores essenciais ao desenvolvimento de uma consciência ecológica e criativa nos nossos alunos.