Muros Com Vida – Trabalhos 2024/2025

Escola da APEL (Funchal)

Fotografias

Fotografias do processo/pintura:

Totalidade da pintura:

Totalidade da pintura- Mural

Fotografias de detalhes:

Parceiros:
Escola da APEL e Câmara Municipal do Funchal

Memória descritiva

Identificação do ecossistema e elementos do ecossistema presentes na pintura:
O ecossistema escolhido para este projeto foi a Fauna e Flora Marítima da Ilha da Madeira,
inserida no ecossistema da Macaronésia.
Os elementos selecionados para estar na pintura, são no total de dezanove exemplares de
espécies da fauna e flora do respetivo ecossistema que incluem espécies de peixes,
invertebrados e plantas, desde: caranguejo-vermelho (Grapsus grapsos), sargo (Diplodus
sargus), as castanhetas (Chromis limbata) e  (Abudefduf luridus), o bodião (Sparisoma
cretense), o mero (Epinephelus marginatus), tartaruga (Dermochelydae Dermochelys coriácea),
o golfinho-comum  (Delphinus delphis), cachalote pigmeu (Kogia breviceps), foca-monge do
Mediterrâneo.

Qual a razão da escolha desta imagem?
A conceção deste trabalho insere-se na 4.ª edição do concurso Eco-Escolas 2024/25 intitulado
“Muros com Vida”, (projeto lançado na Década das Nações Unidas da Restauração de
Ecossistemas (2021-2030)). Este projeto estabelece da importância do entendimento do tema
agregador, valorizando a “Arte” de rua como espaço de partilha e de transmissão de ideias,
sentimentos e preocupações aos olhos de adolescentes e como forma de sensibilizar para o
tema da preservação e valorização dos ecossistemas. O Arquipélago da Madeira tem um
grande património natural que é a Vida Marinha (que também contribui para o património
cultural e identidade madeirense) além de uma grande riqueza de espécies endémicas,
encontrados num ecossistema específico . A importância da sensibilização da comunidade
escolar para a importância de valorizar e preservar este ecossistema, que está classificado
como Património Mundial Natural da UNESCO, advém das alterações climáticas podem ser
uma ameaça, e a extinção de espécies endémicas uma realidade.

Qual o processo de trabalho/dinâmica/metodologia que conduziu à elaboração do mural:
Os professores dinamizadores deste projeto foram os professores de Artes Visuais: Filipe
António e Sofia Alves. O processo de trabalho teve início com um pequeno debate
(brainstorming), e depois cada aluno apresentou a sua seleção (peixe (vertebrado ou
invertebrado) ou planta) justificando a partir das especificidades, a razão pela qual achou que
aquela espécie estivesse em possível via de extinção. Seguidamente iniciaram-se várias
pesquisas e estudos relativamente às características físicas e formais de cada elemento. E dos
vários esboços, foram selecionados aqueles que formassem no conjunto uma harmonia quase
que levando o observador a estar no centro da vida marinha. No seu conjunto, formam um
painel de 195 centímetros por 600 centímetros, composto por dezassete elementos pintados.
Este painel (metálico) foi escolhido, tendo em conta a proposta da Direção da Escola da APEL
de reutilizar o material que outrora fez parte do edifício da Escola. Com a construção dos
novos edifícios foi sugerido aos professores que fosse dado “uma nova vida” a este painel
metálico, mantendo desta forma o cunho da história, dos primórdios deste estabelecimento
de ensino. E assim, os alunos curiosamente contribuíram para manter uma recordação e ao
mesmo tempo reutilizaram os materiais, evitando o desperdício.
Posto a reutilização do suporte, passou-se ao reconhecimento do enquadramento paisagístico
dos painéis nos espaços exteriores da escola, e de seguida os alunos procederam à passagem
dos projetos para os painéis com recurso à técnica de ampliação, desvalorizando a proporção entre cada elemento, dando destaque às espécies que estavam em maior risco de extinção,
para assim chamar à atenção do observador.
A técnica utilizada foi tinta plástica sobre metal, tinta esta gentilmente cedida pela Câmara
Municipal do Funchal. Ainda foi utilizada a técnica de colagem em alguns pormenores para
criar textura e profundidade.
Este painel está patente no espaço exterior da escola, perfeitamente enquadrado com o
Jardim de Plantas Endémicas, visível a qualquer transeunte.

Qual a idade e forma como foram envolvidos os alunos?
Esteve envolvida neste trabalho do Projeto “Muros com Vida”, uma turma do ensino
secundário (11º ano) do Curso Científico Humanístico de Artes Visuais, constituída por 19
alunos, com idades entre os 16 e 18 anos.