Escola Profi. de Desenv. Rural de Abrantes (Abrantes)
Fotografias
Fotografias do processo/pintura:
Totalidade da pintura:
Fotografias de detalhes:
Parceiros:
Câmara Municipal de Abrantes; Biblioteca Escolar; professores da Componente sociocultural e cientifica e da Componente técnica
Memória descritiva
Identificação do ecossistema e elementos do ecossistema presentes na pintura:
Cevada (Hordeum vulgare) - Tipo: Planta cultivada (cereal) - Ecossistema típico: Agroecossistemas temperados - Campos agrícolas (sobretudo em zonas de clima mediterrânico e temperado)
Associações: É frequentemente cultivada em rotação com trigo ou leguminosa
Milho (Zea mays) - Tipo: Planta cultivada (cereal) - Ecossistema típico:
Agroecossistemas intensivos, especialmente em zonas de clima temperado e tropical. Necessita de solos férteis e boa irrigação
Associações: É comum em paisagens agrícolas diversificadas, e por vezes é intercalado com soja ou girassol.
Perdiz (Alectoris rufa ou Perdix perdix) - Tipo: Ave (fauna silvestre) - Ecossistema típico: Zonas agrícolas de sequeiro com mosaico de culturas - Matagais, estepes cerealíferas, charnecas e zonas semiabertas
Associações: Vive em paisagens agrícolas tradicionais, com presença de trigo, cevada, matos e sebes. Sofre com a agricultura intensiva.
Papoilas (Papaver rhoeas) - Tipo: Planta silvestre - Ecossistema típico: Campos agrícolas, especialmente em culturas de trigo e cevada- Terrenos perturbados e margens de estradas
Associações: Indicadora de agricultura extensiva tradicional — desaparece com o uso intensivo de herbicidas.
Trigo (Triticum spp.) - Tipo: Planta cultivada (cereal) - Ecossistema típico: - Agroecossistemas de sequeiro - Cultivado em regiões de clima temperado a mediterrânico
Associações: Muitas vezes coexiste com papoilas, ervas daninhas e aves como a perdiz.
Qual a razão da escolha desta imagem?
A escolha dos elementos – cevada, milho, perdiz, papoilas e trigo – foi baseada na sua presença típica nos agroecossistemas da região de Mouriscas (Abrantes), onde o clima mediterrânico, os solos férteis e as práticas agrícolas tradicionais criam condições favoráveis à coexistência destas espécies, representando de forma equilibrada a biodiversidade agrícola e natural do território.
Qual o processo de trabalho/dinâmica/metodologia que conduziu à elaboração do mural:
A elaboração do mural seguiu uma metodologia colaborativa e orientada por etapas bem definidas, envolvendo os alunos de forma ativa e criativa. O processo desenvolveu-se da seguinte forma:
Planeamento Inicial
A atividade foi planificada na Biblioteca Escolar, em articulação com professores e alunos.
Nesta fase foram definidos os objetivos, temas a representar (como cevada, milho, papoilas, trigo e perdiz) e a abordagem visual do mural.
Pesquisa e seleção de elementos
Os alunos realizaram pesquisas orientadas sobre os elementos a incluir no mural, explorando as suas características ecológicas e a sua ligação ao ecossistema agrícola local (Mouriscas, Abrantes).
Com base nessa investigação, foram selecionados os elementos representativos a integrar na composição.
Criação de um protótipo
Foi construído um protótipo inicial do mural, onde todos os elementos foram organizados de forma experimental.
Este protótipo permitiu testar a disposição visual, o equilíbrio entre imagens e texto, e a harmonia do conjunto.
Trabalho colaborativo
A execução do mural envolveu todos os alunos, promovendo o trabalho em equipa.
Cada grupo ou aluno ficou responsável por ilustrar, pintar ou montar diferentes partes do mural (plantas, animais, fundo, paisagem, etc.).
A atividade foi orientada pelos docentes, promovendo a criatividade, o pensamento crítico e a valorização do trabalho coletivo.
Finalização e exposição
Após a montagem definitiva, o mural foi revisto e finalizado com atenção ao detalhe e à clareza visual.
Foi posteriormente exposto em espaço escolar, funcionando como recurso educativo e forma de divulgar o trabalho interdisciplinar desenvolvido.
Qual a idade e forma como foram envolvidos os alunos?
Os alunos envolvidos no projeto pertencem ao 10.º ano do Curso Profissional de Técnico de Produção Agropecuária, com idades compreendidas entre os 15 e os 17 anos.
A participação foi promovida de forma ativa e motivadora, com o apoio e orientação dos professores da área técnica e da Biblioteca Escolar.
Desde o início, os alunos foram incentivados a pesquisar, planear, desenhar e construir o mural, aplicando os conhecimentos adquiridos no curso em contexto prático e criativo.
Este envolvimento permitiu:
Articular saberes teóricos e práticos da área da agropecuária;
Estimular o trabalho em equipa e a responsabilidade individual;
Desenvolver competências como a expressão visual, a observação da natureza e o pensamento ecológico;
Valorizar o património agrícola e natural da região de Mouriscas.