Link do percurso georreferenciado criado no Wikiloc ou Google Maps:

• https://pt.wikiloc.com/trilhas-caminhada/eco-escolas-eco-trilho-eb-soure-132650090

Nome do Trilho:
Eco-Escolas_Eco-TrilhoEBSoure

Extensão do percurso aproximada:
5,35Km

Duração aproximada:
120 minutos

N.º de postos/estações/paragens:
16/10/6

Tema do Trilho:
Água

Temas das Estações:
1 -Água
5 - Água
7 - Mitigação das Alterações Climáticas, Promoção da Saúde Física e Mental
10 - História e Património Cultural
16 - Paços do Conselho

Autores:
Anabela Oliveira, Maria Manuela Galamba, Susana Oliveira

Memória Descritiva:
O que nos motivou a participar neste projeto foi precisamente a riqueza natural na envolvência da escola; a importância histórica de Soure na Reconquista Cristã, sendo uma Vila Templária, e ainda pelo forte envolvimento de toda a comunidade escolar em torno do projeto Eco-Escolas.
Em Soure, a Escola Básica encontra-se inserida na proximidade de campos de cultivo e do rio Arunca, num ambiente rural às portas da Vila, onde encontramos um ambiente mais urbano. A própria vila está implantada nas margens dos dois rios que aqui se encontram.
Deste modo, considerámos que o tema dos eco-trilhos eco-escolas proposto para este ano, a água, era perfeito para a nossa escola até porque ao longo dos anos temos vindo a desenvolver várias atividades que envolvem os rios, nomeadamente investigação da qualidade da água, observação de seres vivos, atividades aquáticas como andar de barco, etc.
De uma forma geral, este projeto foi aberto à participação de todo o 1º e 2º CEB. Contudo, os anos que estiveram mais envolvidos foram os alunos do 1º A e 2º B, 4º G, 5º A e B, 6º A e B.
As disciplinas mais diretamente envolvidas foram: História e Geografia de Portugal, Biologia, Educação Visual, Estudo do Meio, Técnicas de Informática e Computadores.
Promovemos a envolvência da comunidade escolar, mas também das famílias, encarregados de educação, população no geral, Município de Soure, Junta de Freguesia de Soure, Biblioteca Municipal de Soure, Turismo de Soure e Santa Casa da Misericórdia de Soure:
Realizamos o trilho por diversas vezes, com várias turmas em diferentes momentos, com o objetivo de não perturbar a fauna e permitir uma melhor observação e identificação das espécies.
Pedimos colaboração de um militar do CEPNA e de um elemento do ICNF para nos ajudar na identificação das espécies de fauna e flora.
Um grupo de pais de alunos do 1ºCEB organizou uma caminhada pela primeira parte do eco-trilho (troço ambiental) para Plogging (recolha de lixo das margens do rio) e sessão de sensibilização para a reciclagem, que juntou a população geral e estudantil com a participação de mais de centena e meia de pessoas.
Entrevistámos uma habitante de Soure, autora de um trabalho académico publicado (Profª. Vera Lúcia Rodrigues) para saber mais acerca da tradição da festa da Rainha Santa e da divisão da Vila Medieval e da Vila Moderna.
Pedidos permissão de imagem a Vitor Melo para utilizar as fotografias que costuma tirar à vila e aos seus costumes.
A Dra Paula Gonçalves (bibliotecária) forneceu-nos muito material, sobretudo histórico.
O Sr. Provedor da Santa Casa da Misericórdia acompanhou-nos numa visita ao Centro de Memória da Santa Casa da Misericórdia para conhecermos melhor a sua missão e a ação na comunidade
Trabalhámos sempre em parceria com o gabinete da educação do município de Soure. Esteve presente um representante em todas as reuniões para o desenvolvimento deste projeto. Vão instalar toda a sinalética necessária ao longo do percurso, com 5 placas informativas, 1 mesa interpretativa e um painel informativo, e ainda tratar do layout das mesmas.
O turismo vai providenciar a organização da exposição de fotografias.
A Junta de Freguesia tratará da divulgação, quer nas redes sociais quer através dos folhetos turísticos.
Pretendemos que, mais do que uma simples caminhada, o praticante tenha uma experiência multi-sensorial, compreenda a riqueza do património natural e cultural de Soure e que desperte para a necessidade urgente de respeitar e proteger o meio ambiente.
Conta, por isso, com 6 estações e 10 pontos de interesse, distribuídos pelo melhor do património natural e cultural da vila de Soure.
Duas estações e três pontos de interesse têm o tema da água.
Cinco das estações contam com um Quiz digital e um QR Code que lhe dá acesso (ou link na aplicação wikiloc® e GoogleMaps®), que vão guiar o utilizador pelos desafios propostos, de forma interativa, digital e sustentável.
Ao longo do percurso encontram-se várias placas com informação acerca dos pontos de interesse bem como os QR Codes.
A primeira parte do trilho, ou o troço ambiental, acompanha o curso do rio Arunca ao longo da sua margem direita, passando por campos de cultivo num ambiente rural às portas da vila de Soure, rico em biodiversidade. Com vista a aprofundar o conhecimento nesta área, o utilizador do trilho é convidado a responder a um Quiz Ambiental, em formato digital, no qual poderá identificar as espécies de flora, autóctones e invasoras, bem como a fauna nomeadamente aves e, inclusive, identificá-las através do seu canto.
Ao chegar ao antigo porto fluvial, o trilho continua pelo Parque da Várzea, onde se pode ver ainda a última de várias azenhas que em tempos existiram ao longo da levada, cuja construção é tradicionalmente atribuída à Ordem de Cristo, tendo sido feita a partir do desvio das águas do rio Orão, afluente do rio Anços, no local da Serrada ou Quebrada.
Desenvolve-se, depois pelo Parque dos Bacelos, uma agradável zona recreativa e de lazer, onde os Rios Anços e Arunca se encontram.
A partir deste ponto inicia-se o troço histórico e cultural do trilho, onde o praticante terá a oportunidade de compreender a importância histórica de Soure na formação do Reino, sobretudo durante a Reconquista Cristã, e tomar consciência da riqueza do património cultural edificado.
Passando pelo Castelo e Ruínas da Capela de Nossa Sra de Finisterra, segue pela Travessa do Arco até à Praça Miguel Bombarda e percorre a Rua Alexandre Herculano até aos Paços do Concelho, passando pela Capela de S. Francisco e da Rainha Santa.
Acreditamos que, infelizmente, parte significativa da população de Soure desconhece a riqueza cultural e a importância histórica desta vila, o que gera desinteresse pelo legado arquitetónico. Por este motivo, achamos que este trilho terá um impacto muito significativo nesta tomada de consciência.
Neste contexto, pedimos ao município o agendamento de uma tertúlia no espaço CIEMS (Centro Interpretativo do Espaço Muralhado de Soure) aquando da exposição de fotografia, ideia que foi muito bem aceite.
Fomos já convidados pelo município para organizar uma caminhada por este trilho, no dia 17 de setembro de 2023, no âmbito do festival Pangeia, um evento anual dedicado à juventude, ambiente, desporto, cultura e paz.
Por tudo isto, cremos que o trilho será uma mais valia para esta terra e que uma saudável parceria começa a crescer entre Município, agrupamento de escolas e população no geral, em que todos saímos a ganhar, sobretudo, o ambiente, pois aprendemos a respeitar o que realmente apreciamos.